O modulor e home vitruviano

Nós herdamos o legado da obra De Architectura do arquiteto romano Vitrúvio (Sec. I A.C.) que é um conjunto de dez livros, falando sobre padrões e princípios formais para os projetos de edificações, destacando o corpo humano como exemplo de relações proporcionais entre partes que compõem um todo harmonioso. Com o Renascimento e a retomada do interesse pelas artes clássicas, as teorias de Vitrúvio ganharam novamente importância na Europa. Então, Leonardo da Vinci desenvolveu seu famoso trabalho O homem vitruviano por volta de 1490.

Já em 1936 as relações geométricas entre o homem e partes do seu corpo são levantadas pelo alemão Ernst Neufert em A arte de projetar que é um manual de construção de reconhecido valor universal onde são organizados inúmeros exemplos da relação do homem com os objetos, sobretudo com a edificação. Anos depois, 1948, o arquiteto Le Corbusier cria o Modulor, que é um aparato de medidas fundamentado em critérios do corpo humano e na matemática, onde ele busca contribuir para o conjunto de normatizações necessárias para uma produção em série racional e eficiente, foi de extrema importância nos períodos pós guerra, pois havia uma grande necessidade de abrigar um considerável número de pessoas no menor espaço possível, e a existência do Modulor tornou viável a construção de grandes blocos habitacionais. Tais blocos possuíam o mínimo de espaço em casa parte da habitação, variando as medidas de acordo com o recinto. O Modulor, inicialmente com 1,75 m e mais tarde com 1,83 m de altura, também serve a Le Corbusier como referência para as medidas em alguns de seus projetos arquitetônicos.

Proporções do corpo humano masculino do homem vitruviano:

 Um palmo é o comprimento de quatro dedos  Um pé é o comprimento de quatro palmos  Um côvado é o comprimento de seis palmos  Um passo são quatro côvados  A altura de um homem é quatro côvados  O comprimento dos braços abertos de um homem (envergadura dos braços) é igual à sua altura  A distância entre a linha de cabelo na testa e o fundo do queixo é um décimo da altura de um homem  A distância entre o topo da cabeça e o fundo do queixo é um oitavo da altura de um homem  A distância entre o fundo do pescoço e a linha de cabelo na testa é um sexto da altura de um homem  O comprimento máximo nos ombros é um quarto da altura de um homem  A distância entre a o meio do peito e o topo da cabeça é um quarto da altura de um homem  A distância entre o cotovelo e a ponta da mão é um quarto da altura de um homem  A distância entre o cotovelo e a axila é um oitavo da altura de um homem  O comprimento da mão é um décimo da altura de um homem  A distância entre o fundo do queixo e o nariz é um terço do comprimento do rosto  A distância entre a linha de cabelo na testa e as sobrancelhas é um terço do comprimento do rosto  O comprimento da orelha é um terço do da face  O comprimento do pé é um sexto da altura

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