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Patologias do Concreto

Por:   •  21/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.257 Palavras (6 Páginas)  •  349 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O concreto armado está sujeito a sofrer alterações ao longo do tempo, seja em função dos elementos que o constituem (cimento, areia, brita, água e aço), ou pela ação de agentes externos, como ácidos, bases, sais, gases, vapores e micro-organismos. Dessas interações surgem anomalias na estrutura, comprometendo-a funcional e/ou esteticamente. Esses comprometimentos caracterizados como patologias do concreto, podem ter origem no momento da fabricação da estrutura, ou podem surgir com o tempo, devido ao uso e aos fênomenos físicos (choques, terremotos, incêndios, enchentes, explosões, recalques e variações de temperatura). Neste estudo veremos quais são as patologias que podemos encontrar nas estruturas e como devemos tratá-las.


  1. PATOLOGIAS: SINTOMAS E CAUSAS

O ideal é que as patologias do concreto sejam evitadas mas, quando aparecem, é necessário que sejam tratadas o quanto antes, para que se evitem perdas da estrutura. Existem hoje normas que visam garantir a durabilidade estrutural – que se fundamentam nos mecanismos de deterioração do concreto e do aço – seguindo-as corretamente, garantimos uma menor chance de problemas futuros.

É a partir dos sintomas que se avaliam as causas da patologia, passo fundamental para o correto tratamento da mesma. Portanto, a fase do diagnóstico é importantíssima, se realizado de forma adequada, evitará o gasto inútil de dinheiro e o reaparecimento da patologia.

Normalmente as patologias aparecem nas faces externas das estruturas, porém, existem aquelas que ficam total ou parcialmente enterradas (fundações, arrimos, piscinas, etc), nesses locais os danos só são detectados através de inspeções específicas.

As manifestações a seguir podem indicar a existência de patologias do concreto:

  • Fissuras e Trincas
  • Desagregação
  • Erosão e Desgaste
  • Segregação
  • Manchas
  • Eflorescência
  • Calcinação
  • Flechas Exageradas
  • Perda de Aderência Entre Concretos (nas juntas de concretagem)
  • Porosidade
  • Permeabilidade

A origem de uma patologia está relacionada com a etapa da vida da estrutura em que foi criada a predisposição para que agentes desencadeassem seu processo de formação. Conheça as origens das enfermidades do concreto:

  • Defeitos de projeto
  • Defeitos de execução
  • Erosão e Desgaste
  • Má qualidade dos materiais ou uso inadequado
  • Sinistros ou causas fortuitas (incêndios, inundações, acidentes etc.)
  • Uso inadequado da estrutura
  • Manutenção imprópria
  • Outras, incluindo origens desconhecidas

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[pic 2]

[pic 3]

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  1. REPAROS

Danos que não comprometem o desempenho estrutural do elemento de forma significativa podem receber reparos, desde que as superfícies de concreto e aço sejam convenientemente tratadas. Deve-se retirar todo material deteriorado ou contaminado e propiciar boas condições de aderência entre o substrato e o material de reparo. É possível fazer tal procedimento, utilizando-se os seguintes métodos:

  • Escarificação manual (talhadeira, ponteiro, marreta)
  • Escarificação mecânica (martelete, rompedor, fresa)
  • Escovamento manual (escova de aço)
  • Lixamento manual ou elétrico (lixas para concreto e aço, lixadeira elétrica)
  • Hidrodemolição (equipamento específico)
  • Jateamento de areia (equipamento específico)
  • Jateamento de água e areia (equipamento específico)
  • Queima controlada com chama (maçarico)
  • Corte de concreto (disco de corte)
  • Jateamento de ar comprimido (equipamento específico)
  • Jateamento de água fria ou quente (equipamento específico)
  • Jateamento de vapor (equipamento específico)
  • Lavagem com soluções ácidas
  • Lavagem com soluções alcalinas (solução de ‘soda cáustica’)
  • Aplicação de removedores de óleos e graxas
  • Aplicação de removedores de gordura e ácido úrico - suor (álcool isopropílico, acetona)
  • Umedecimento ou saturação da superfície do concreto com água (aspersão, pano ou areia molhados)

Na retirada do concreto deteriorado ou contaminado, o contorno das aberturas deve estar bem definido de forma que suas faces laterais apresentem ângulos que favoreçam a aderência, facilitando a aplicação do material de reparo. A superfície do concreto velho que entrará em contato com o material de reparo deverá ser apicoada para a retirada da nata de cimento superficial. Os reparos mais comuns são:

Tipo

Descrição

Reparos superficiais

São aqueles que não ultrapassam a espessura da camada de cobrimento das armaduras. São exigidos em função de disgregações, desagregações, segregações, porosidades ou contaminações que atingem o concreto de cobrimento das armaduras.

Reparos profundos

Referem-se àquelas cujas profundidades ultrapassam a camada de cobrimento das armaduras. Esse tipo de reparo geralmente surge devido à ocorrência de segregações, ninhos, ou presença de corpos estranhos ao concreto.

Reparos superficiais
de grandes áreas

São feitos em função de desagregações, segregações, erosões, desgastes, contaminações ou calcinações que atingem grandes áreas do concreto de cobrimento das armaduras.

Reparos devidos à
corrosão de armaduras

Exigem análise do funcionamento do sistema de proteção do aço dentro da massa de concreto. É necessário verificar as relações existentes entre o pH do concreto e o potencial de corrosão do aço.

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