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A CONTRIBUIÇÃO DAS FERRAMENTAS GERENCIAIS NA GESTÃO EM UMA INDÚSTRIA TEXTIL

Por:   •  31/3/2019  •  Artigo  •  5.793 Palavras (24 Páginas)  •  218 Visualizações

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A CONTRIBUIÇÃO DAS FERRAMENTAS GERENCIAIS NA GESTÃO EM UMA INDÚSTRIA TEXTIL

Área Temática: Contabilidade Gerencial e Controle em Organizações

Modalidade: relato técnico/casos de ensino

Ligia Fiedler (UNIOESTE) ligiafiedler@hotmail.com.br

Milena Bortoleti Ewerling (UNIOESTE) milena_ewerling@hotmail.com

Neiva Feuser Capponi (UNIOESTE) nfcapponi@hotmail.com

Raykar Nunes Marinho (UNIOESTE) raikar@outlook.com

Yuri Steffann Borges Golfetto (UNIOESTE) filhodovento7@live.com

Resumo

Esse relato técnico aborda a aplicação de ferramentas gerenciais em uma empresa têxtil, tendo como finalidade acompanhar seus resultados e contribuições dadas por essas ferramentas, considerando os cenários competitivos do mercado atual e a adaptação das empresas para se manterem e atingirem seu crescimento. As ferramentas aplicadas foram: Plano de negócios, Formação do Preço de Venda, Planejamento Estratégico e Orçamento, Planejamento Tributário e Análise Econômico financeira. A metodologia empregada foi o estudo de caso, a partir da análise descritiva e qualitativa, com os dados coletados através de entrevistas e documentos contábeis disponibilizados pela empresa, o que permitiu a elaboração de comentários gerenciais, relatando os resultados e percepções encontrados.

Palavras chave: Contabilidade gerencial, Ferramentas gerenciais, Ramo Têxtil

1 Introdução

O comportamento do setor industrial têxtil brasileiro nos últimos anos teve grandes oscilações, apresentando desempenho negativo nos quatro anos anteriores. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT, 2017), este ano em curso, sinaliza o início da recuperação do ramo, mostrando alta de 1% na produção de vestuário contra queda de 6,7% em 2016. Após um período de intensa recessão, a perspectiva do setor têxtil e de confecção para 2017 é a geração de 10 mil postos de trabalho, ante a perda de 125 mil empregos nos anos de 2016 e 2015, sendo 25 mil e 100 mil, respectivamente.

Uma das causas que geraram dificuldades na repartição há 10 anos está vinculada à crise do algodão. De acordo com a editora Ana Clara Costa (VEJA, 2010), desde 2006, a desaceleração da produção do algodão em países exportadores, como Índia, Rússia e Estados Unidos, provocou quedas nos estoques mundiais da matéria-prima e um crescimento da demanda internacional, resultando em uma expressiva alta nas cotações das commodities. Em quatro anos, o preço do algodão (em libra-peso) deu um salto de 144% no mercado à vista. Apenas em 2010, o incremento foi de 107%. Outras matérias-primas do setor têxtil também tiveram altas em seus preços, como por exemplo, os tecidos sintéticos, feitos a partir de fibras derivadas do petróleo e com boa parte da produção na Ásia, chegando a afetar até mesmo os preços no mercado brasileiro.

Segundo a repórter Pamela Mascarenhas (Jornal do Brasil, 2013), outro desafio da indústria têxtil é a forte competitividade com os produtos importados, que chegam mais baratos ao Brasil. Os empresários do setor estão insatisfeitos com a concorrência desleal com os produtos da China, onde grande parte das empresas possui a presença do governo, a mão de obra é extremamente barata e, por exemplo, não existe uma preocupação com questões ambientais. Enquanto no Brasil as empresas têm que lidar com altos custos de produção, como energia elétrica, infraestrutura logística e capital de giro, além de ter que suprir a alta carga tributária.

Enquanto muitas empresas enfrentaram a crise se adaptando às novas condições de mercado, outras fecharam as portas por problemas gerenciais. Para Atkinson et al (2000 p. 36) “contabilidade gerencial é o processo de identificar, mensurar, reportar e analisar informações sobre os eventos econômicos das empresas”. E de acordo com Iudícibus (2009) a contabilidade gerencial caracteriza-se, aparentemente, como um enfoque especial combinado a várias técnicas e procedimentos contábeis, que já são conhecidos e tratados nos vários tipos de contabilidade, sendo empregada numa perspectiva de grau mais analítico ou numa forma de apresentação que auxilie de uma maneira para tomada de decisões de gerentes das entidades.

Desta forma, se adaptando às novas exigências e mudanças ocorridas no cenário empresarial atual, a contabilidade deixou de atender exclusivamente o FISCO e passou a representar um instrumento gerencial dentro das empresas, podendo propiciar aos gestores controle do patrimônio e informações úteis ao planejamento estratégico e à tomada de decisão. A contabilidade gerencial deve se adaptar às características das organizações, utilizando as ferramentas mais a         dequadas para gerar informação útil em tempo hábil proporcionando seu desenvolvimento.

O estudo será realizado na TAG Indústria de Confecções Ltda. Empresa de pequeno porte localizada na cidade de Cascavel, no Estado do Paraná, atuante no setor de confecções, durante os meses de abril a dezembro de 2015, abrangendo atividades direcionadas a gestão do estabelecimento para aplicação e análise das seguintes ferramentas: plano de negócios, formação de preço de venda, fluxo de caixa e orçamento, planejamento tributário e análise econômico financeira.

Nesse contexto o objetivo geral do estudo é identificar como o uso de ferramentas gerenciais pode contribuir para a gestão e tomada de decisão em uma indústria de confecções.

2 Fundamentação teórica

2.1 Plano de Negócios

De acordo com Dornelas (2001), o plano de negócios é um documento utilizado para planejar um empreendimento ou unidade de transação, em estágio inicial ou não, com propósito de definir e delinear sua estratégia de atuação para o futuro. Pode-se definir como um guia para a gestão estratégica de uma unidade empresarial. O plano de negócios pode ser entendido como um guia para o planejamento de novos empreendimentos ou de novas unidades empresariais no caso de empresas já estabelecidas.

Segundo Dornelas (2011), um plano de negócios pode ser utilizado para atender os seguintes objetivos de uma empresa:

a)        testar a viabilidade de um conceito de comercialização: após concluir o plano de negócio, o empreendedor obterá uma análise de viabilidade econômica da unidade empresarial, podendo concluir se o negócio é viável ou não.

b)        orientar o desenvolvimento da estratégia e de operações: o conteúdo servirá de base para o desenvolvimento da estratégia da empresa. A partir do plano de negócios, o empreendedor poderá desenvolver planos táticos e operacionais.

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