A vida loca

Introdução

                É de grande importância a questão higiênico-sanitária dos alimentos, sendo assim desenvolveu-se um mercado especializado na produção de agentes higienizantes e sanitizantes, afim de atender a necessidade da indústria de alimentos.  A partir disso foram estudadas e testadas diversas maneiras de comprovar a eficácia destes agentes

A indústria de alimentos deve dispor de técnicas microbiológicas que avaliem os sanificantes usados nos procedimentos de higienização de equipamentos, utensílios, ambientes, paredes, pisos, tetos, manipuladores entre outros. A avaliação microbiológica das formulações de sanificantes é fundamental, uma vez que sua ação depende de vários fatores como, solubilidade, miscibilidade, tensão superficial (ANDRADE et al MACÊDO, 1996).

        Diversos métodos microbiológicos laboratoriais são disponíveis para a avaliação dos sanificantes usados na indústria de alimentos e, dentre eles o teste de suspensão. O teste de suspensão é recomendado pela AOAC (Association of Official Analitycal Chemists) para avaliar sanificantes usados em superfícies não porosas e previamente limpas que entram em contato com os alimentos (ANDRADE et al MACÊDO, 1996).

         A metodologia do teste de suspensão é simples, podendo simular situações que possam ocorrer na indústria de alimentos. Pode-se avaliar alterações de concentração e pH do sanificante, além da dureza e qualidade da água industrial. O teste avalia o sanificante em função da porcentagem de redução do número das bactérias de Escherichia coli ATCC 11229 ou de Staphylococcus aureus ATCC 6538 em suspensão ou em reduções decimais (RD) observada em placas de Petri. É considerada eficiente o sanitizante que apresenta um redução decimal de 99,999% ou 5 RD após 30 segundos de contato à 20 °C (ANDRADE et al MACÊDO, 1996).

Resultados e Discussões

A solução testada foi 100 mg/L de cloro residual total a partir do hipoclorito de sódio e, a solução neutralizante foi o tiossulfato de sódio e o polisorbato, que é um tensoativo não iônico. O uso de neutralizantes após o contato do microrganismo com o sanitizante é fundamental, uma vez que o mesmo inativa os sanitizantes.

A partir da determinação do número inicial de microrganismo em suspensão de Staphylococcus aureus se obteve uma contagem de 103 colônias na diluição 10-3. Já após a ação do sanitizante em 30 segundos, não foi registrada colônias sobreviventes, ou seja, houve uma eliminação total de microrganismos.

Para se mostrar eficiente é necessária a realização do cálculo de Redução Decimal: n° RD = log n° inicial – log n° sobreviventes.

Sendo assim, temos que:

n° RD = log 103e3 – log 0

n° RD = 5,01

O hipoclorito de sódio apresentou uma RD acima de 5,00, ou seja, se mostrou uma agente eficiente para se utilizar na redução de Staphylococcus aureus.