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Metodos e abordagens do ensino de lingua inglesa

Por:   •  10/4/2017  •  Dissertação  •  5.274 Palavras (22 Páginas)  •  1.600 Visualizações

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Bibliografia sugerida

HOLDEN, Susan. “O ensino de língua inglesa nos dias atuais” 0ª ed. São Paulo: SBS Especial, 2009

PAIVA, Vera L.M. (org) (org). “Ensino de língua inglesa: Reflexões e experiências” 4ª ed. Campinas: Pontes, 2010

PCNs Ensino Fundamental e Médio

LDB – Lei de Diretrizes e Bases 9394/96

Consultas: Livros didáticos em geral, materiais autênticos, músicas, livros literários e/ou paradidáticos, videos, filmes, internet.

Apresentação da disciplina

Ao pensar em ensino, é de suma importância que tenhamos em mente que ensinar náo é um trabalho simples. A palavra de ordem é PLANEJAMENTO, o que inclui: O que vou ensinar, como vou ensinar, de que materiais disponho, como vou envolver meu aluno, como vou me colocar diante da turma, postura, vocabulário adequado, como vou saber se meu aluno está aprendendo, avaliação, entre outros fatores importantes.

A primeira proposição é: O que pretendo ensinar?

inglês

A segunda proposição é: Como vou fazer isso?

Texto para reflexão

Quando Harold Palmer (1877 – 1949) Começou a ensinar inglês como uma língua estrangeira em 1902 em uma escola de línguas  na Bélgica, o que mais atraía no trabalho era que lhe permitiria morar no exterior em um país de língua francesa. De qualquer forma ele poderia voltar para casa em poucos anos e se assentar, como muitos outros antes e depois disso. Palmer, contudo, ficou, abriu sua própria escola, e começou a pensar seriamente no trabalho que ele estava fazendo e em como ele podia ser melhorado. Quando ele morreu, 47 anos depois, o ensino de língua inglesa estava a caminho de se tornar uma profissão que ele, mais que qualquer outro indivíduo, Havia ajudado a formar.

A. P. R. Howatt and H. G. Widdowson. A history of English language teaching. 2nd ed.

Oxford University Press, 2004, p. 264 (adaptado)

Desde Palmer, passou-se a pensar em metodologias para se ensinar uma língua estrangeira. Ele foi o primeiro a pensar que o ensino de línguas era diferente do ensino de qualquer outra matéria escolar, além de entender o aprendizado de uma segunda língua como algo que aprimoraria a educação pessoal da pessoa que aprendesse.

No Brasil o ensino de lingua inglesa passou a fazer parte dos curriculos escolares em 1809, por um decreto de D. João VI, ao determinar a criação de uma escola para ensinar francês e outra para ensinar inglês.

Mas foi no Colégio D.Pedro II, em 1837 – Rio de Janeiro, que a língua inglesa como currículo escolar começou a ser delineada como uma língua estrangeira moderna e um curriculo escolar obrigatório.

Nesse ponto voltamos nosso pensamento para a pergunta que aqui nos trouxe, “Como vou ensinar uma língua estrangeira?”

Surgem as famosas METODOLOGIAS

O que são Metodologias de ensino?

A metodologia de ensino é a aplicação de diferentes métodos no processo        ensino-aprendizagem.        Os        principais        métodos        de ensinousados no Brasil são: método Tradicional (ou Conteudista), o Construtivismo (de Piaget), o Sociointeracionismo (de Vygotsky) e o método Montessoriano (de Maria Montessori).

Metodologias de Ensino de LEM (Língua

Estrangeira Moderna)

Dentre outras definições Puren (1988) chama de método o próprio material de ensino; metodologia estaria num nível superior, englobando os objetivos gerais, os conteúdos lingüísticos, as teorias de referência, as situações de ensino e subentendem a elaboração de um método. Já o termo abordagem (“approach” do inglês) é definido por Leffa (Leffa apud Bohn e Vandersen,1988) como os pressupostos teóricos acerca da língua e da aprendizagem. Adotaremos, portanto, o termo metodologia ou abordagem para designar a forma como o ensino de língua estrangeira vem se processando ao longo dos anos.

As metodologias conhecidas

• Tradicional – Metodologia mais antiga, usada para ensinar grego e latim. Consiste no ensino da gramática normativa e no incentivo à tradução literal. É trabalhada através da tradução de palavras de um texto ou de todo corpo textual, da memorização das regras gramaticais e do vocabulário aprendido. O professor é enfatizado como o detentor do saber.

.• Direta – Em contraposição com a fase anterior, esta metodologia justificava que o aprendizado da nova língua era obtido por meio do contato direto com a mesma e com a exclusão da língua materna como ponto de apoio ou comparação. Usava-se imagens, gestos e simulações para que houvesse entendimento. O professor continua sendo a fonte de conhecimento.

• Audiolingual – Também chamado de áudio-oral, este método surgiu pela necessidade americana de comunicação durante o período da Segunda Guerra Mundial, quando os soldados que estavam a frente da batalha tiveram que aprender línguas europeias. Trazida para a sala de aula, esta metodologia dá enfoque na audição e fala, ou seja, no ouvir e falar e somente depois na leitura e escrita. Acredita-se que a língua é um hábito que se adquire através da fala, em um processo mecânico de estímulo e resposta, onde as respostas certas são reforçadas e as erradas simplesmente ignoradas. As regras aqui dão lugar aos exemplos e modelos corretos que deveriam ser seguidos. A aquisição da língua vinha por intermédio da repetição e memorização. Ou seja, as estruturas (modelos) apresentadas eram repetidas oralmente, a fim de serem totalmente memorizadas. O professor continua sendo o centro, pois é considerado o mediador do ensino e aprendizagem.

• Sociointeracionista – É a metodologia mais atual e pode surgir como sociocultural ou comunicativa. Esta abordagem, defendida pelos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) para o ensino de língua estrangeira, visa desenvolver a competência linguística através da comunicação, da troca de experiência, da relação construída por meio do convívio entre os seres. Enfatiza situações reais condicionadas ao uso da segunda língua e parte do princípio da reflexão ao utilizar diferentes gêneros textuais.

Dentro das novas tendências teremos o Método Comunicativo ou Communicative Approach

  • É um método focado no sentido, ou seja, no significado, na interação entre os falantes, sua intenção e funções língüísticas. O ensino de paradigmas gramaticais fica em segundo plano ou é inteiramente suprimido.
  •   Numa aula por este método, o professor age como coordenador e facilitador da aprendizagem, providenciando materiais e circunstâncias para que o aluno pense e interaja na língua-alvo. Normalmente são realizadas tarefas em pares ou grupos, colaborativas ou dramatizações. A sociointeração é um elemento fundamental nessa abordagem.
  • O objetivo do método comunicativo é criar condições que ajudem na aquisição de um desempenho real numa nova língua através da prática com atividades que simulam uma interação verdadeira sobre tópicos reais e preferencialmente conflituosos.
  •   Um ponto forte é que este método se foca na capacidade do aluno em transmitir as suas idéias na língua alvo.
  •   Um problema que pode ocorrer é que professores da mesma região ou origem que os alunos, entendem facilmente todos os erros que os estudantes cometem, porque estão acostumados com estes erros. Isso pode fazer o ensino da língua pouco eficiente.

Parâmetros curriculares Nacionais

  • Os Parâmetros Curriculares Nacionais — PCNs — são referências para os Ensinos Fundamental e Médio de todo o país. O objetivo dos PCN é garantir a todas as crianças e jovens brasileiros, mesmo em locais com condições socioeconômicas desfavoráveis, o direito de usufruir do conjunto de conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania. Não possuem caráter de obrigatoriedade e, portanto, pressupõe-se que serão adaptados às peculiaridades locais.
  • A própria comunidade escolar de todo o país já está ciente de que os PCN não são uma coleção de regras que pretendem ditar o que os professores devem ou não fazer. São, isso sim, uma referência para a transformação de objetivos, conteúdos e didática do ensino.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais são referenciais de qualidade elaboradas pelo Governo Federal para nortear as equipes escolares na execução de seus trabalhos

  • Criados em 1996, as diretrizes são voltadas, sobretudo, para a estruturação e reestruturação dos CURRÍCULOS ESCOLARES de todo o Brasil - obrigatórias para a rede pública e opcionais para as instituições privadas. Ou seja, o objetivo principal dos PCN é padronizar o ensino no país, estabelecendo pilares fundamentais para guiar a educação formal e a própria relação escola-sociedade no cotidiano.
  • Para o PCN de Língua Estrangeira, ao ensinar uma língua estrangeira, o educador deverá considerar a sua natureza SOCIOINTERACIONAL, pois quem a usa considera aquele a quem se dirige ou quem produziu um enunciado. Além disso, tanto a interação oral como escrita são crucialmente marcadas pelo mundo social que as envolve, em um determinado momento e espaço, em relação a quem se dirigem ou a quem se dirigiu a elas. 
    É nesse sentido que a construção do significado é social.  Assim, os significados construídos no mundo social refletem os embates discursivos. Estes são caracterizados pela confrontação entre discursos que veiculam percepções, crenças, visões de mundo, ideologias diferentes, entre outros aspectos. 

AO LONGO DOS QUATROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL, ESPERA-SE COM O ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS QUE O ALUNO SEJA CAPAZ DE:

  • Vivenciar uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua estrangeira, no que se refere a novas maneiras de se expressar e de ver o mundo;  Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo;  Construir consciência lingüística e consciência crítica dos usos que se fazem da língua estrangeira que está aprendendo;  Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados;  Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações diversas.

E o que dizem os PCNs de Língua Estrangeira para o Ensino Médio?

  • “O objetivo primordial do professor de língua estrangeira deve ser o de tornar possível a seu aluno atribuir e produzir significados, meta última do ato de linguagem.”
  • Este é um dos tópicos mais relevantes dos PCNs do Ensino Médio, com relação ao aprendizado de línguas estrangeiras.

Os conteúdos gramaticais estão estabelecidos nos PCNs

  • No caso da língua inglesa, é nesta fase de escolaridade que o aluno revisará os tempos verbais aprendidos no fundamental e completará o aprendizado relativo a novos tempos e formas verbais.
  •  Ao término do terceiro ano do ensino médio, ele deverá estar apto a ler e compreender textos em que apareçam todos os tempos verbais. As formas afirmativa, interrogativa, negativa e interrogativa-negativa devem ser  revisadas e trabalhadas nos diversos tempos verbais.

APRENDER LÍNGUAS SIGNIFICA APRENDER CONHECIMENTO E SEU USO

  • Na aprendizagem de línguas o que se tem a aprender é também, imediatamente, o uso do conhecimento, ou seja, o que se aprende e o seu uso devem vir juntos no processo de ensinar e aprender línguas.

AS PESSOAS UTILIZAM TRÊS TIPOS DE CONHECIMENTO

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