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RESUMO - A ESCOLA DE PODER - PENSAMENTO ESTRATEGICO

Por:   •  2/4/2015  •  Resenha  •  2.593 Palavras (11 Páginas)  •  2.595 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Disciplina: Planejamento e Gestão estratégica

Professor: Ivan Cleveland Andrade

Alunos: Camila Ferreira da Silva

David Santos Fernandes

Débora de Souza Gomes

Patrícia Lima Ribeiro

A escola de poder

Conceito

A escola do poder caracteriza a formulação de estratégia como um processo aberto de influência, e enfatiza o uso de poder e política para negociar estratégias favoráveis a determinados interesses. Desta forma podemos separar em dois ramos a escola de poder: o poder micro que lida com o jogo de politica, focaliza os agentes internos em conflito com os colegas buscando interesse próprio. E o poder macro que diz respeito do uso do poder pela organização, agindo em seu próprio interesse em conflito ou cooperação com outras organizações.

Poder Micro

O objetivo da escola do poder é despertar a administração estratégica para uma realidade básica da vida organizacional, ou seja, todos os indivíduos que compõe uma organização, tem sonhos, temores, ciúmes, interesses, no entanto a literatura a muitos anos passa a impressão de que os executivos são pessoas racionais que definem estratégias e todos os subordinados adotam de forma submissa e leal. Entretanto a escola do Poder considera a estratégia como um processo politico e também como sendo politica.

Formulação de estratégicas como um processo político

A escola do Poder entende que a estratégia é além de um processo de planejamento e análise, também um processo de negociação e concessões entre indivíduos, grupos e coalizões em conflito. Sendo assim quando ocorre em um ambiente incertezas, metas, escassez de recursos e percepções variadas, surge a política. Portanto não é possível planejar e implementar estratégicas ótimas pois acredita-se que esta será perturbada e distorcida pelos indivíduos envolvidos na organização, já que as pessoas jogam todos os tipos de “jogos políticos” como descritos abaixo:

  • Jogo da insurgência (rebelião): Praticado por subalternos, para resistir a autoridade ou efetuar mudanças.
  • Jogo da contrainsurgência: Pratica por aqueles que detêm a autoridade e reagem por meios políticos e talvez legítimos.
  • Jogo do patrocínio: o indivíduo se alia a um superior professando lealdade em troca de poder, para construir base de poder.
  • Jogo da formulação de alianças: jogado por gerentes de linha com o objetivo de construir bases de poder e visando seu crescimento na organização.
  • Jogo da construção de impérios: praticado por gerentes de linha não de forma cooperativa, mas individualmente com subordinados.
  • Jogo da orçamentação: semelhante ao anterior entretanto, jogado de forma aberta e claramente definida, sendo que o prêmio consiste me recursos e não em posições.
  • Jogo de perícia: uso não autorizado da perícia para construir base de poder, os verdadeiros peritos, exploram o conhecimento técnico, ressaltando o caráter único, critico e insubstituível da perícia. Os não peritos jogam tentando fazer com que seu trabalho seja visto como de peritos, idealmente para que só eles possam controlar.
  • Jogo do domínio: é usado o poder legítimo de forma ilegítima sobre quem tem pouco ou nenhum poder.
  • Jogo de linha versus assessoria: jogo de rivalidade, com o objetivo de aumentar o poder pessoal e derrotar o rival. Gerentes de linha com autoridade formal tomam decisões contra conselheiros da assessoria com conhecimentos especializados, cada lado tende a explorar poder legítimo de forma ilegítima.
  • Jogo de lados rivais: ocorre quado os jogos de alianças ou de construção de impérios resultam em dois grandes blocos de poder. (ex. Marketing e produção em uma empresa).
  • Jogo de candidatos estratégicos: indivíduos ou grupos buscam promover por meios políticos as mudanças de natureza estratégia que preferem.
  • Jogo de soprar o apito: normalmente praticada por participante subalterno, que usa as informações privilegiadas de elementos internos e sopra o apito pra um elemento externo influente sobre comportamento questionável ou ilegal da organização com o objetivo de realizar mudanças.
  • Jogo dos fofoqueiros: praticado por um grupo de fofoqueiros próximo ao centro do poder, com o intuito de reorientar a estratégia básica da organização, deslocar uma parte importante do seu conhecimento essencial substituir sua cultura ou livrá-la da sua liderança.

Desta forma verifica que a estratégia não e um produto de um único arquiteto ou de uma equipe homogênea e sim de indivíduos que seguem o seu próprio interesse. Assim a escola do poder pressiona para uma melhor compreensão do papel do indivíduos organizados ou não na reformulação de comportamentos.

Formulação de políticas no governo

A formulação de estratégia nos negócios têm o mesmo rótulo da formulação de política no governo. Quase todas as organizações privadas ou públicas são moderadas ou ocasionalmente politicas, as pequenas ou autocráticas conseguem evitar a política durante algum tempo. Mas quando as organizações são inteiramente politicas estas se tornam um campo de batalha, nas decisões de estratégia. As arenas políticas surgem em tempos difíceis, quando o poder é realinhado de maneira imprevisível ate em organizações saudáveis, gerando insegurança nas pessoas pertencentes a organização.

Robert Greene e Joost Elffers publicaram um livro chamado “As 48 leis do poder”  que derivam de políticos, vigaristas e figuras notáveis de todos os tempos. Segue algumas leis que tem maior relevância para a estratégia.

Leis do poder

  • Oculte suas intenções
  • Vença por meios de suas ações, jamais por discussões
  • Aniquile totalmente seu inimigo
  • Mantenha os outros em suspense - cultive um ar de imprevisibilidade
  • Use a tática da rendição - transforme a fraqueza em poder
  • Concentre suas forças
  • Recrie-se
  • Planeje tudo ate o final
  • Controle as opções – faça com que os outros joguem com as cartas que você dá
  • Domine a arte de controlar o tempo
  • Agite as águas para capturar os peixes
  • Desarme e enfureça com o efeito espelho
  • Pregue a necessidade de mudança, mas nunca mude demais de uma só vez
  • Não ultrapasse o limite almejado; na vitória, saiba quando parar
  • Não assuma uma forma

A emergência de estratégias politicas

Novas estratégias são sinais de mudanças em relação ao poder, sendo assim quanto mais importante a estratégia e descentralizada a organização mais provável a existência de manobras politicas, tornando difícil que a organização chegue em alguma estratégia deliberada ou emergente. A estratégia deliberada e aquela no qual toda a organização tem a mesma intenção, e a emergente é aquela que nasce de situações do momento, durante o desenvolvimento de projetos.

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