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A DISCRIMINAÇÃO DA MULHER NEGRA NO AMBIENTE DE TRABALHO

Por:   •  14/3/2018  •  Trabalho acadêmico  •  868 Palavras (4 Páginas)  •  230 Visualizações

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DISCRIMINAÇÃO DA MULHER NEGRA NA CIDADE DE SÃO PAULO

A cidade de São Paulo serviu de base para a pesquisa a respeito da inserção da mulher negra no mercado de trabalho, em função de ter uma das maiores populações femininas e negras do país. São Paulo possui 11.253.503 habitantes, com proporção de 52,65% de mulheres, sendo que 61,6% dessas mulheres são brancas e 36% são negras, de acordo com o Censo do IBGE, de 2010.

O estudo fez uma análise das condições das mulheres e dos negros na cidade, assim como as principais políticas públicas de promoção da igualdade de oportunidades.

Acesso ao Ensino:

O acesso à educação, historicamente, tem sido uma desafio para a população negra.  Isso é um reflexo de um passado escravista. De acordo com José Murilo de Carvalho em “Cidadania no Brasil: O longo Caminho” na época latifundiária do país (18222-1930) o escravo não era nem considerado um cidadão, uma vez que eram propriedades de seus mestres, e por muito tempo e apesar do grande progresso que a Independência trouxe, os direitos civis permaneceram limitados para manter a sociedade escravocrata. Após a abolição da escravidão os direitos dos negros continuaram por muito tempo limitado. Isso traz reflexos até hoje, principalmente no que diz o acesso ao ensino.

Os negros constituem uma parcela de 42% das pessoas “sem instrução ou com ensino fundamental incompleto” e estão sobre representados, pois somam 37% da população paulistana. O mesmo fenômeno ocorre quanto as pessoas com ensino fundamental completo, já que representam 51%.

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Quando se refere as pessoas com ensino médio completo, os negros, mesmo sendo um grupo que apresenta desvantagens educacionais, estão mais pertos da sua representação proporcional.

No entanto, quando referente as pessoas com formação superior os negros tem uma pequena participação, e representam apenas 12% dessas pessoas. Essa categoria é dominada pelas pessoas brancas, que representam 82%. Isso demonstra o grande obstáculo educacional da população negra quanto o acesso ao ensino superior.

Os resultados dos estudos evidenciaram que as mulheres, em todos os níveis de ensino, possuem maior representatividade do que os homens. No ensino fundamental completo, representam 52%; no ensino médio completo, 53%; e no ensino superior completo, 54%.

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No entanto, as mulheres negras estão presentes nos níveis inferiores de escolarização do grupo feminino. No ensino fundamental completo, 43% da mulheres são negras, no médio completo, 34%; e no superior, apenas 13%.

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Há uma queda de participação da mulheres negras  conforme o nível de ensino vai aumentando. Em função disso foi implementado a política de cotas raciais no ensino superior, que visava reduzir essa diferença.

Acesso ao trabalho:

A maior dificuldade dos negros da cidade de São Paulo é de cunho territorial, pois a sua grande maioria reside nas regiões mais periféricas, onde a oferta de emprego é muito baixa. Cerca de 42% dos empregos da cidade de São Paulo, estão concentrado em 3 subprefeitura situadas na parte central da cidade: Sé, Vila Mariana e Pinheiros, onde a presença negra é mínima.

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Segundo a Rais de 2013, cerca de 32,5% dos empregos da cidade estão ocupados por negros, o que revela um percentual razoável, considerando a participação do segmento na população paulistana: 37%. Dentre estes, 79% recebem até 3 salários mínimos e apenas 2% deles têm rendimento acima de 10 salários mínimos. No patamar de ganho acima de 10 salários mínimos, os brancos são 96%, o que significa quase cinco vezes mais do que os negros.

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