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A Defesa de Socrates

Por:   •  4/5/2016  •  Dissertação  •  1.460 Palavras (6 Páginas)  •  2.007 Visualizações

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Faculdade Mineira de Direito – PUC Minas

Filosofia - Valéria

Direito 1º período

Questões sobre o texto "Defesa de Sócrates, por Platão"

1) Qual é a temática da obra e como ela se estrutura?

O julgamento de Sócrates seguido de sua tentativa de defesa é a temática central da obra. A obra se estrutura por fatos separados, indo de acusações e denuncias e terminando com a justificação e condenação de Sócrates.

2) “Cumpre, Atenienses, me defenda, em primeiro lugar, das primeiras aleivosias contra mim e dos primeiros acusadores; depois, das recentes e dos recentes. Com efeito, muitos acusadores tenho junto de vós, há muitos anos, que nada dizem de verdadeiro. A esses tenho mais medo que aos da roda de Ânito, posto que estes também são terríveis.”(DS, p. 6)

Considerando essas palavras de Sócrates, quais foram as principais acusações feitas ao referido filósofo?

Sócrates foi acusado de corromper os mais jovens, pesquisar indiscretamente sobre os fenômenos do céu e da terra e de não crer nos deuses em que o povo crê.

3)Cite 3 argumentos usados na defesa de Sócrates.

• Sócrates afirmava que se corrompia os mais jovens, fazia o mesmo sem intenção alguma.

• Também alegou que os acusadores não exibiram nenhuma testemunha provando que ele tenha recebido pelos ensinamentos.

• Por Meleto o acusar de não crer nos deuses, Sócrates alegava o oposto de tal acusação.

4)) “Afinal, Sócrates, qual é a tua ocupação? Donde procedem as calúnias a teu respeito? Naturalmente, se não tivesses uma ocupação muito fora do comum, não haveria esse falatório, a menos que praticasses alguma extravagância. (...)”

Atenienses, devo essa reputação exclusivamente a uma ciência. (...)

“Para testemunhar a minha ciência, se é uma ciência, e qual é ela, vos trarei o deus de Delfos. Conhecestes Querefonte, decerto. Era meu amigo de infância e também amigo do partido do povo e seu companheiro naquele exílio de que voltou conosco. Sabeis o temperamento de Querefonte, quão tenaz nos seus empreendimentos. Ora, certa vez, indo a Delfos, arriscou essa consulta ao oráculo – repito senhores; não vos amotineis – ele perguntou se havia alguém mais sábio do que eu; respondeu a Pítia que não havia ninguém mais sábio.” (DS, p. 7)

Considerando o trecho acima, quais as reflexões o filósofo Sócrates levantou a partir da afirmativa do oráculo de Delfos? Qual foi a sua atitude? E por fim, qual a conclusão de Sócrates sobre a afirmativa do oráculo?

Ao escutar a afirmativa do oráculo de Delfos, Sócrates se pôs em investigação para provar de que não era o mais sábio dos homens. Ao começar a investigação Sócrates encontrou homens que se passavam por grandes sábios e após exames e diálogos ele percebeu que tais homens eram sábios em um assunto específico, mas supunham ser sábios em todos. Ao contrário de tais homens, Sócrates não supunha nada além do que realmente sabia, chegando assim a conclusão de que ele era o homem mais sábio por compreender que sua sabedoria é desprovida do mínimo valor, isto é, quanto mais se tem conhecimento, mais há para conhecer. Mostrando que o saber dos homens não é absoluto e sempre há possibilidades de saber mais.

5) Qual foi a discussão feita por Sócrates sobre as penas do tribunal ateniense?

A discussão abordava qual seria a penalidade que Sócrates sofreria. Alegando que não fez mal algum e de que era um benfeitor pobre, nada mais justo do que ser sustentado no Pritaneu, se a justiça punisse por mérito. Para demostrar que não se tratava de prepotência, Sócrates dissecou cada uma das outras penas possíveis. Ele não queria o exílio pois, se fosse exilado, onde que fosse ele seria ouvido, repelido e, consequentemente, expulso. Também não suportaria viver em uma prisão, sendo o mesmo que uma pena de morte pra ele. E se fosse condenado pagar uma multa e ficar preso ate a quitação seria o mesmo que ser condenado a prisão, a bem de que Sócrates não tinha bem algum para quitar qualquer multa que fosse.

6) Qual a postura (de Sócrates) diante da lei?

Sócrates aceitou todas as acusações e penas sofridas, mesmo não concordando e sem entender o verdadeiro motivo de todo o julgamento. Ele deixa claro que não se corromperia por lei alguma e que continuaria praticando seus ensinamentos por determinação dos deuses, esses que estavam acima das leis.

7) Considerando os dois fragmentos abaixo, como podemos definir a justiça na perspectiva de Sócrates?

“ A verdade, Atenienses, é esta: quando a gente toma uma posição, seja por a considerar a melhor, seja porque tal foi a ordem do comandante, aí, na minha opinião, deve permanecer diante dos perigos, sem pesar o risco de morte ou qualquer outro, salvo o da desonra.” (DS, p. 14)

“ O juiz não toma assento para dispensar o favor da justiça, mas para julgar; ele não jurou favorecer a quem bem lhe pareça, mas julgar segundo as leis. Nós não vos devemos habituar ao perjúrio, nem vós deveis contrair esse vício; seria impiedade nossa e vossa.” (DS, p. 20)

A justiça na perspectiva na visão de

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