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A Filosofia Jurídica

Por:   •  18/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.399 Palavras (6 Páginas)  •  299 Visualizações

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  1. Qual afirmação é correta: “Toda a moral não tem relação com ética” ou “Toda a moral pode ter relação com ética”.

Toda moral pode ter relação com a ética, há aspectos da moral que tem relação com a ética, como honestidade por exemplo. Mas existem aspectos que não tem relação alguma com a ética.

  1. Pense na seguinte situação: Um indivíduo encontrou 200 reais e o devolve para o seu dono. Segundo ele não ficou com o dinheiro em razão da quantia irrisória. Sua atitude pode ser considerada ética? Comente.

O fato de ele devolver o dinheiro se aproxima da ética, é moral, mas não foi feita com base em princípios, em uma reflexão, não houve motivação interna justificável, portanto, sua atitude não pode ser considerada ética. Ser honesto por si só, não garante uma conduta ética.

        

  1. Para os gregos a ética tem a ver com o uso da razão. Toda conduta racional é ética?

Não, nem toda conduta racional é ética. Há ações motivadas pela razão que prejudicam o ser humano, como, por exemplo, a guerra que para ser promovida precisa de estratégia, lógica, raciocínio.

  1. “Platão por sua vez define esta bondade como sendo a Ideia Geral de bondade, seu conceito mais abstrato cuja sombra era as noções cotidianas da bondade. Para descobrir o que era a bondade, portanto, seria necessário afastar esta sombra refletida pelas convenções para chegar à noção em si da bondade”.

-O este trecho tem a ver com o mito da caverna de Platão? O que tem a ver com a dialética?

Sim, tem a ver com o mito da caverna. O mundo fora da caverna tem a luz, dentro da caverna se vê somente as sombras, que representa a vida cotidiana, a realidade que se vive no dia a dia. Quando o indivíduo sai da caverna, usa o diálogo, a dialética chega-se ao conceito em si de justiça, pois argumenta e contra argumenta. Para Sócrates e Platão, o indivíduo só será ético se ele souber o que é Ética, só será justo, se souber o que é justiça. O indivíduo saberá dessas e outras coisas através da dialética, saindo da caverna, da realidade falsa e distorcida do senso comum.

  1. Platão diz que há dois mundos: sensível e inteligível (aparência e essência).  A ética tem a ver com qual mundo e por quê? Porque os sofistas não são éticos?

A ética tem a ver com o mundo das ideias. Se o indivíduo não tiver sabedoria, conhecimento, não tem como ser ético.

Os sofistas não considerados éticos por não conseguirem trabalhar de maneira precisa em seus conceitos, são relativos, para eles coragem e justiça dependem das circunstâncias, do momento, da sociedade. É como se os sofistas ficassem dentro da caverna, olham as aparências e dizem que é verdade, a realidade, porém, para Sócrates e Platão, a realidade está dentro de nossa cabeça.

  1. “Diferentemente de seus dois predecessores (Sócrates e Platão), Aristóteles não julga o mundo das coisas sensíveis ou a natureza, um mundo aparente e ilusório. Pelo contrário, é um mundo real e verdadeiro cuja essência é justamente, a multiplicidade de seres e a mudança incessante”. Com base nesta afirmação, comente as questões a seguir:

-É correto afirmar que Sócrates e Platão têm uma perspectiva idealista e Aristóteles mais empirista?

-Pode-se afirmar que Aristóteles valoriza as múltiplas opiniões (por exemplo: o que é justiça) e o mundo sensível para se chegar à essência dos fenômenos? O que, nesse sentido, o homem justo tem a ver com o hábito?

Sócrates e Platão têm perspectiva idealista, acreditavam que a essência de uma coisa estava no plano das ideias. Já Aristóteles acreditava que a essência das coisas estava na própria coisa, por isso sua perspectiva é empírica, guiada pela experiência. Valoriza as múltiplas opiniões.

Na visão Aristóteles, saber o que é justiça não é simplesmente usar a dialética, discutir e apresentar conceitos. Segundo ele, para saber o que é justiça é preciso conhecer muitas opiniões, a partir dessa multiplicidade retirar os elementos centrais para formar uma opinião. Para ele o juiz só é justo, se além da sabedoria o juiz passa a ter um hábito de justiça, ação frequente de uma personalidade. Habito é uma disposição interna que o sujeito constrói, e acaba se transformando em justiça.

  1. O conceito de virtude (ética) em Aristóteles tem a ver com o meio-termo. Contudo, ele pode ser considerado racionalista?

Sim, Aristóteles fala que a virtude é o meio termo, o excesso e a falta são vícios. Para ele virtude é equilíbrio e quem vai dizer o que é meio termo é a razão. Por isso é considerado racionalista.

  1. Platão cria uma sociedade utópica (no livro “A República”) para a efetivação da ética.

-Porque nessa sociedade imaginária a ética (e a justiça) se realizaria? O que tem a ver com a meritocracia?

-Qual a critica de Aristóteles a esta visão de Platão? O que tem a ver com a lei?

Nessa sociedade a ética se realizaria porque cada um exerceria o que lhe compete, aquilo que tem gabarito para fazer. Os que têm sensibilidade grosseira: trabalham na agricultura, artesanato e comércio; os possuidores da coragem: trabalham na guarda, defesa da cidade, são os guerreiros; os filósofos ou estudantes de filosofia: trabalham na administração da cidade. A harmonia da polis é cada grupo exercer a atividade que lhe é competente. Na visão de Platão o filho do governante, só será governante se passar por testes, avaliações. A sociedade imaginária de Platão é meritocrática. Meritocracia vem de mérito, capacidade. Nessa sociedade imaginária só se consegue algo mediante o mérito, competência. Para ele essa é a sociedade ideal, onde cada um faria o que lhe compete, só iria governar aquele que tivesse capacidade, e isso para ele era justiça.

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