A Prisão e Julgamento

PRISÃO E JULGAMENTO

Com a localização do cadáver de Alamiro José Ribeiro, no dia 16 de agosto de 1927, no local conhecido como Ilha do Ribeiro. A polícia, que havia sido chamada, encontrou nas proximidades um boné. Um dos investigadores lembrou que aquele boné era o mesmo que um detento usava ao ser libertado dias antes. O investigador confirmou tal informação e descobriu que este boné havia sido furtado de outro detento por Febrônio Índio do Brasil. Com a foto em mãos, o pai de Alamiro reconheceu o homem que havia oferecido emprego ao seu filho. Saindo com ele no dia que desapareceu.

Localizado entrando num trem da Estrada de Ferro Leopoldina, Estação Barão de Mauá. Febrônio foi conduzido à 4 Delegacia Auxiliar do Rio de Janeiro. Sendo ali reconhecido ainda pelo pai do garoto Jonjoca. O qual Febrônio havia proposto emprego de copeiro no dia do seu desaparecimento.

Com Febrônio detido, alguns dias de pois, em 2 de setembro, o delegado conseguiu fazer com que ele assumisse o assassinato de Alamiro, com o passar do tempo Febrônio veio assumir o seu segundo assassinato em 8 de setembro declarando assim que cometeu esses dois crimes em sacrifício ao seu deus-vivo que era símbolo de sua religião.  

O Ministério Público, fez a denúncia de Febrônio, por homicídio qualificado no dia 19 de setembro de 1997, de acordo com as provas pelo assassinado Alamiro José Ribeiro e João Ferreira. Febrônio foi transferido então para a casa de detenção.

Indo a Júri no ano de 1928, Febrônio através de seu advogado, o Dr. Letácio Janssen, conseguiu, devido a sua arguição como defesa da inimputabilidade penal do réu em detrimento do seu estado psíquico. Como resultado Febrônio foi encaminhado para um psiquiatra Dr. Heitor Pereira Carrilho, para examinar sua sanidade mental, depois dos exames o psiquiatra tendo colhido todos os dados chegou a uma conclusão, que conforme os resultados tudo aparentava ser fruto de sua imaginação místico-delirante, muito extravagante e pela falta de cultura de Febrônio. Esses dados foram corroborados pelo irmão de Febrônio, quando de sua visita, vindo do interior da Bahia. Dessa forma percebeu-se que o réu criou uma história mítica ao seu respeito estrategicamente.

De posse de todas as provas, juntamente com todos os argumentos científicos do laudo Dr. Letácio Jansen, foi possível a justificação e absolvição de Febrônio. Com isso o então presidente do júri,  juiz Dr. Ary de Azevedo, absolveu e ordenou seu recolhimento no  manicômio judiciário do Rio de Janeiro, em 6 de junho de 1929, tornando-se assim o primeiro interno desse.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Febrônio_Índio_do_Brasil

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