A Resenha de Livro

O livro é um relato sobre a complexidade do Direito e tudo o que envolve o mesmo. Esse relato é feito através de algumas cartas feitas para um jovem advogado, com conselhos para quem está começando a sua carreira. É apontado que, o principal contrato que liga o advogado aos seus clientes denomina-se contrato de mandato, popularmente como “dar uma mãozinha”, é isso que o mesmo tenta fazer com cada carta escrita.

Um tópico apontado é sobre o motivo da carreira jurídica, porque um advogado nunca irá exercer apenas o papel de mediador nas vontades que as pessoas possuem perante o judiciário, mas servirá também como um ouvinte e orientador em cada reunião marcada. Demonstrar a dominância de determinado assunto faz do advogado um conselheiro, que conhece e respeita as técnicas que a profissão pede. Diversas situações poderão colocar a sua capacidade em jogo, mas o equilíbrio e a constante lembrança do porquê advogar, fará com que você continue de maneira excepcional, tentando desvincular a imagem de que um advogado é sempre um vilão. É necessário entender que um lado não sairá contente com o resultado.

A autor também orienta a aproveitarmos ao máximo a formação acadêmica, lembrando de sua época escolares onde desde cedo se treinava a oratória, uma concorrência saudável e debates com outros grupos.

Conversar e ouvir experiências de quem possui curiosidade por outras culturas e leituras, incentiva você a fazer o mesmo, não se limitando ao pouco que o dia a dia oferece.

Admirar bons filmes, boas leituras, boas pregações faz com que você faça um esforço para ser igual, ou pelo menos tentar perto de ter a mesma genialidade com as palavras e situações. Te obriga a fazer pesquisas e ter habilidades com elas para resolução de determinadas situações.

Ter o hábito de ler as leis, faz com que você adquira a capacidade de fazer petições rápidas, práticas e objetivas.

Com essa leitura e prática, você vai descobrindo sua vocação dentro do mundo do direito e todos os seus ramos. Você percebe que tem uma paixão e facilidade para determinados ramos, conseguindo boa comunicação com todos, desde os colegas de escritórios, funcionários, estagiários, juízes e clientes.

O livro aponta que, um bom advogado deve ser bom em pôquer, engenharia e teatro. Segundo o mesmo aponta, o advogado deveria estudar com atenção os dramas e comédias, aprendendo algumas técnicas e interpretação… são com essas

técnicas que ele irá incorporar diversos papéis para os clientes que representa em momentos distintos.

Não é necessário sentir culpa. Esse é o seu trabalho.

O pôquer remete que durante a seu trabalho também irá encontrar diversos tipos de profissionais: o mentiroso, o prudente, o ousado, o misterioso.

A engenharia te faz praticar o raciocínio lógico, fazendo olhar o processo como peças de quebra cabeça, esperando o encaixe perfeito para resolução desejada. Um bom advogado analisa com calma e compreende cada parte necessária. As leis estão em constante mudança, então um bom advogado tem que gostar de leitura, gostar de estar atualizado e pronto para se reinventar.

Quando se sentir preparado, poder atuar como mentor de um estudante ou advogado mais jovem é revigorante. Um bom estágio te faz aprender mais na prática com as inúmeras oportunidades que um escritório oferece.

É necessário deixar com que o estagiário passe por todas as fases, em todos os tipos de segmento e desafios. Precisa fazer com que ele sinta vontade de colaborar, de tentar solucionar. Treinar com que ele tenha uma certa autossuficiência, mantendo sempre a integridade e conduta profissional.

Isso remete a um outro tópico apontado nas cartas: o trabalho em equipe. Um escritório de advocacia pode parecer frio para muitos, com um ar de disputa aos outros de quem está fora, mas para quem está ali dentro, é necessário criar e praticar um autocontrole. Pode parecer uma certa frieza, mas ser um advogado é ter automaticamente adversários, oferecendo o mesmo trabalho e interesses. Por isso compartilhar os mesmos interesses e assuntos com a equipe que você se encontra é importante, porque pelo menos ali dentro, não existirá tudo isso, apenas a vontade de juntos fazer o melhor trabalho possível. Escolher bem com quem deseja trabalhar, é conseguir observar quem estudou para ser “qualquer um”, sem caráter e comprometimento com o assunto e cliente.