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Antropologia

Por:   •  12/5/2015  •  Relatório de pesquisa  •  457 Palavras (2 Páginas)  •  241 Visualizações

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TEXTO 1

         Roberto Da Matta visa através do texto, como fica explícito em seu título, situar a antropologia no panorama científico. Para realizar tal empreitada teórica, ele busca, primeiramente, estabelecer uma relação, e principalmente uma diferenciação, entre as ciências “naturais” e as “sociais” onde o autor nos mostra que a diferença básica entre tais ciências é a possibilidade de repetição dos eventos naturais que possibilitam determinadas condições de controle, fato que não é verificado nas ciências sociais. Entretanto há uma diferença que Da Matta julga crucial: “nas ciências sociais pretendemos estudar fenômenos que estão bem perto de nós, pois pretendemos estudar eventos humanos, fatos que nos pertencem integralmente.” Com isso ele quer dizer que nas ciências humanas pode existir interação entre o pesquisador e o seu objeto de estudo. Mas ao construir seu argumento o autor acaba por preterir as ciências naturais, como fica evidente em seu argumento: “Na maioria dos casos, o cientista natural resolve um problema simplesmente para criar tecnologias indesejáveis e, a longo prazo, mortíferas e daninhas ao próprio ser humano”, contradizendo assim o título de seu livro.
Para “melhor definir um lugar para a Antropologia Social”, são apresentados, no texto, os outros ramos da antropologia. São eles a Antropologia Biológica, que se dedica a estudar as “diferenciações humanas utilizando se de esquemas estatísticos... por exemplo, a evolução do cérebro ou do aparato nervoso e ósseo utilizado para andar.” e a Arqueologia que estuda as sociedades do passado através dos vestígios materiais por elas deixados. Por fim fala da Antropologia Social como “o estudo do Homem enquanto produtor e transformador da natureza. E mais que isso: a visão do Homem enquanto membro de uma sociedade e de um dado sistema de valores.” 
O autor ainda desconstrói uma visão enraizada no senso comum de nossa cultura da relação entre os planos biológico e sociocultural: a idéia de oposição entre o homem e a natureza, o argumento de que a cultura desenvolve-se em oposição à natureza como reação as hostilidades do meio. Para desmistificar tal falácia é argumentado que a cultura não se desenvolve somente como reação à natureza, mas em conjunto com a mesma, pois enquanto o homem desenvolvia-se fisiologicamente também a cultura evoluía: a fala, os símbolos e as primeiras regras sociais. 
Para finalizar o autor conceitua a relação entre cultura e sociedade através da metáfora do teatro onde a cultura representa o roteiro, ou seja, uma série de valores e idéias já pré-estabelecidas e a sociedade representa o palco, a materialização desses valores e idéias muito embora essa materialização não seja igual a idealização, ou como o autor coloca: “uma reflete na outra, uma é espelho da outra, mas nunca pode representar integralmente a outra”.

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