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Apologia a Sócrates

Por:   •  1/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.511 Palavras (7 Páginas)  •  619 Visualizações

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  1. Qual é a temática da obra e como ela se estrutura?

Platão em sua obra Apologia de Sócrates narra o julgamento de seu Mestre, estruturando uma linha temporal onde são apresentadas as acusações feitas a Sócrates, e este por sua vez como grande orador que era, se defende argumentando a verdade, porém, mesmo sendo um excelente orador acaba este condenado a morte por maioria dos votos (281 x 220).

  1. “Cumpre, Atenienses, me defenda, em primeiro lugar, das primeiras aleivosias contra mim e dos primeiros acusadores; depois, das recentes e dos recentes. Com efeito, muitos acusadores tenho junto de vós, há muitos anos, que nada dizem de verdadeiro. A esse tenho mais medo que aos da roda de Ânito, posto que estes também são terríveis.”(DS, p.6) Considerando essas palavras de Sócrates, quais foram as principais acusações feitas ao referido filósofo?

Corromper a juventude e não considerar como deuses aqueles em que todo povo acredita, mas outras divindades nova, são essas as acusações feitas a Sócrates.

  1. Cite 3 argumentos usados na defesa de Sócrates.

“Tu afirmas, pois, que eu creio e ensino coisas demoníacas, sejam novas, sejam antiga; portanto, segundo o teu raciocínio, eu creio que há coisas demoníacas e o juraste na sua acusação. Ora, se creio que há coisas demoníacas, é absolutamente necessário que eu creia também na existência dos demônios. Não é assim? Assim é: estou certo de que admites, porque não respondes. E não consideramos os demônios como deuses ou filhos dos deuses? Sim, ou não?”

“Além disso, os moços que espontaneamente me acompanham e são os que dispõe de mais tempo, os das famílias mais ricas”

“Para testemunhar a minha ciência, se é uma ciência, e qual é ela, vos trarei o deus de Delfos. Conhecestes Querofonte, decerto. Era meu amigo de infância e também amigo do partido do povo e seu companheiro naquele exílio de que voltou conosco. Sabeis o temperamento de Querofone, quão tenaz nos seus empreendimentos. Ora, certa vez, indo a Delfos, arriscou essa consulta ao oráculo – repito senhores, não vos amotineis – ele perguntou e havia alguém mais sábio que eu; respondeu a Pítia que não havia ninguém mais sábio.”

  1. “Afinal, Sócrates, qual é a tua ocupação? Donde procedem as calúnias a teu respeito? Naturalmente, se não tivesse uma ocupação muito fora do comum, não haveria esse falatório, a menos que praticasses alguma extravagância. (...)”

Atenienses, devo essa reputação exclusivamente a uma ciência. (...)

“Para testemunhar a minha ciência, se é uma ciência, e qual é ela, vos trarei o deus de Delfos. Conhecestes Querofonte, decerto. Era meu amigo de infância e também amigo do partido do povo e seu companheiro naquele exílio de que voltou conosco. Sabeis o temperamento de Querofone, quão tenaz nos seus empreendimentos. Ora, certa vez, indo a Delfos, arriscou essa consulta ao oráculo – repito senhores, não vos amotineis – ele perguntou se havia alguém mais sábio que eu; respondeu a Pítia que não havia ninguém mais sábio.” (DS, p.7)

Considerando o trecho acima, quais as reflexões o filósofo Sócrates levantou a partir da afirmativa do oráculo de Delfos? Qual foi a sua atitude? E por fim, qual a conclusão de Sócrates sobre a afirmativa do oráculo?

Sócrates pôs-se a considerar que era de fato o mais sábio entre os homens, pois os homens acreditam que sabem alguma coisa, mesmo sem sabê-la, enquanto Sócrates, dizia que não sabia de nada e que estava certo de não saber, daí o dizer que ele era o mais sábio, pois ele não acreditava saber aquilo que não sabia. Deste modo, Sócrates chega a conclusão que a sua sabedoria não possui nenhum mérito.

  1. Qual foi a discussão feita por Sócrates sobre as penas do tribunal ateniense?

Sócrates trata o cárcere como um local para escravo dos Onze (autoridade policiais escolhidas para cuidarem do cárcere e executarem as sentenças penais); a multa o faria ficar amarrado até o pagamento desta, além do mais, ele não tinha dinheiro para pagar tal multa; o exílio o faria vagar de cidade em cidade, os jovens ouviriam seus discursos porem estes ou seus pais o mandariam embora da Cidade e isto seria muito árduo, pois para ele a melhor coisa é poder falar todos os dias sobre as virtudes. Quanto a morte, Sócrates disse aos juízes que não pode haver mal para um homem de bem, nem durante a vida, nem depois da morte.

  1. Qual a postura (de Sócrates) diante da lei?

Sócrates, mesmo tendo pouco tempo para provar sua inocência, apresenta-se diante do tribunal para cumprir a lei, apesar de ser um excelente orador, ele se dirige aos cidadãos atenienses com uma linguagem de fácil compreensão, em toda sua defesa, Sócrates expõe a verdade aos julgadores, mas, mesmo assim ele acaba sendo vencido e condenado a morte.

  1. Considerando os dois fragmentos abaixo, como podemos definir a justiça na perspectiva de Sócrates?

“A verdade, Atenienses, é esta: quando a gente toma uma posição, seja por a considerar a melhor, seja porque tal foi a ordem do comandante, aí na minha opinião, deve permanecer diante dos perigos, sem querer pesar o risco de morte ou qualquer outra, salvo a desonra.” (DS, p. 14)

“O juiz não toma assento para dispensar o favor da justiça, mas para julgar, ele não jurou favorecer a quem bem lhe pareça, mas julgar segundo as leis. Nós não vos devemos habituar ao perjúrio, nem vós deveis contrair esse vício; seria impiedade nossa e vossa.” (DS, p. 20)

Diante o exposto, podemos dizer que Sócrates era um positivista, visto que, para ele, o juiz deve julgar conforme a lei.

Nota-se que para ele o juiz é o boca da lei, característica do Estado Social de Direito, ou seja, o juiz deve fundamentar sua decisão baseando-se na lei, não podendo este, fazer qualquer tipo de interpretação sobre a lei.

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