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BAUMAN E SUA VISÃO DA MODERNIDADE E PÓS-MODERNIDADE

Por:   •  27/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  372 Visualizações

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ZYGMUNT BAUMAN E SUA VISÃO DA MODERNIDADE E PÓS-MODERNIDADE

Para entendermos a concepção de pós-modernidade, temos que entender o que é modernidade. A modernidade para Bauman é a uma concepção de movimento e mudança que acabaria por fazer das mudanças e transformações algo redundante, obrigando as pessoas a operar fora de suas próprias atividades, uma concepção de movimento e mudança como uma linha de chegada. O horizonte em que a modernidade mirava era a visão de uma sociedade estável, solidamente enraizada, da qual qualquer desvio mais acentuado apenas poderia ser uma mudança para pior. A modernidade enxergava como o iminente ponto final de uma tarefa, como o inicio de descanso e de ininterrupto e purificado regozijo das relações. Seus pilares seriam as narrativas e ideologias fundadoras de explicações sobre o mundo social. A Crise das ideologias fortes, “pesadas”, “sólidas”, típicas da modernidade produziu uma cultura fluida, líquida, leve, caracterizada pela precariedade, incerteza, rapidez de movimento, característicos da pós-modernidade. A Transição da Modernidade para pós-modernidade foi ocorrida em função da quebra de certos paradigmas que seriam pilares de sustentação da Modernidade de um ponto de vista sócio histórico. No pós-modernidade uma corrente de incerteza e insegurança guia o sujeito, que não tem mais referencial nenhum para construir sua vida, a não ser ele mesmo.

ZIGMUNT BAUMAN E O MODERNIDADE LÍQUIDA

Modernidade Líquida é a época atual em que vivemos. É uma convivência social que se baseia em um conjunto de relações e instituições, além da sua lógica de operações, estabelece-se dando base para a contemporaneidade. É uma época de liquidez, de fluidez, de volatilidade, de incerteza e segurança. É nesse período que toda a fixidez e todos os referenciais morais da época anterior, denominada pelo autor como modernidade sólida, são retiradas de palco para dar espaço á lógica do agora, do consumo, do prazer da artificialidade. A lógica do agora refere-se ao modo como os indivíduos de forma geral vive um sentimento de fracasso por não conseguir a tão sonhada felicidade. O lugar ideal agora não existe mais, os princípios coletivos se quebraram e deram lugar ao individualismo. Uma das maiores dificuldades atuais volta-se para o consumismo, tornou-se prioridade o fato de posse, onde o que mais se prioriza é o status, e não as relações sociais. As pessoas se colocam em uma zona de conforto se isolando do mundo real, nos quais os debates sociais ficaram mais difíceis. Ou seja, as pessoas acostumaram a resolver os problemas simplesmente cortando vinculo, extinguindo a possibilidade de relação real. Isso se dá pelo fato de que trouxemos para a vida real um relacionamento digital (conectar e desconectar). As pessoas se conectam, até a hora que algo falha, depois o caminho mais fácil e desvincular-se totalmente. Um exemplo bem claro que autor Bauman cita frequentemente em suas obras e o amor, o mesmo diz que não há responsabilidade em relação ao outro, o que acontece é simplesmente o contentamento do prazer individual e quando acontece alguma falha entre os dois, torna-se mais fácil desassociar totalmente as relações entre as partes. Ainda o mesmo afirma que essa é a banalidade dos tempos e dos amores sem nenhuma solidez.


REALIDADE DIGITAL

Dando segmentação ao problema social há no meio real uma dificuldade de sair do meio virtual. A Distancia tornou - se algo relativamente superficial, algo aproximado apenas um insignificante número. Notando essa integração como não apenas para um convívio social e sim um contrato de relação com o plano virtual. A Dependência do ser humano girando em torno de apenas uma parte de um complexo mecanismo de massa do sistema. As Integrações vão desde a vida particular ao meio social, como os outros enxergaram este ou aquele indivíduo ou entidade. Tirando por base uma conclusão precipitada sobre particularidade da forma do outro ser, criando assim mascaras que não deixam o indivíduo sair do seu paradoxo, de seu intrapsíquico no meio social, criando assim mascaras para retratar algo que até poderia ser considerado real, no plano material das coisas. Um outro paradigma é a dependência que o plano virtual causa no meio social, apesar de todas as maravilhas que a tecnologia e as transformações, proporcionaram ao ser humano, causa ainda inevitáveis conflitos sociais. Como por exemplo a determinação do encalce profissional, não como um problema a autonomia do ser humano e sim o distanciamento das pessoas de suas relações pessoais, como por exemplo os países Asiáticos. Esses países estão com uma taxa de natalidade bem abaixo do que é considerado o mínimo necessário, como sua população em geral tem uma das maiores taxas de expectativa de vida do mundo, há necessidade de pessoas para sustentarem o sistema e realizarem a manutenção do meio social. Nisso como as pessoas cortam vínculos sociais e se iniciam vínculos com softwares de smartphones, alegando que o plano material era desfavorável ao relacionamento mutuo entre as pessoas, e que não avia tempo para dedicar ao próximo, na constituição de uma família. Esse reflexo foi tão sacralizado que a China possui uma regra de nascituros era de apenas um único “homem” por família, havendo um caráter de exceção quando a primeiro filho era mulher. Como essa peculiaridade ouve a necessidade de reformular essa ideia, a medida foi tão estrema que o governo está incentivando jovens propensos a constituírem casais a se encontrarem em restaurantes, o Estado bancando a conta. Mas o reflexo foi negativo, uma vez que não ouve popularidade por parte dos interessados na economia. O romantismo foi deixado de lado, permanecendo fora de moda, o amor verdadeiro foi crucificado e sacralizado, diminuído a vários tipos de experiências vividas pelas pessoas as quais se referem a estas utilizando a palavra amor. Noites descompromissadas de sexo são chamadas “fazer amor”, e isso não é mais significado, substituindo um silogismo e uma sacralização, em detrimento de uma ação, de prazer entre pessoas ou apenas único indivíduo. Não existem mais responsabilidades de se amar, a palavra amor é usada mesmo quando as pessoas não sabem direito o seu real significado, ou sentido de ser humano e viver, em torno de sentimentos, e a extorsão pelo meio cultural.  

INTRODUÇÃO

O presente trabalho traz como uma reflexão sobre o conceito de líquido do autor Zygmunt Bauman. A linguagem empregada por Bauman é rica de metáforas típicas de uma narrativa literária. Essa qualidade formal da sua obra é reveladora não apenas da concepção sociológica que abraça, mas também de sua aderência à literatura como fonte primacial de conhecimento da experiência humana. Na concepção de Bauman, a contemporaneidade é marcada pela fluidez das relações, pela incerteza de cada ação. Não é possível saber quais serão as consequências de nossos atos e nem mesmo nos preocupamos com os males que podemos causar.

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