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Pesquisar

Desmitificando o Conceito

Por:   •  12/6/2018  •  Resenha  •  1.394 Palavras (6 Páginas)  •  94 Visualizações

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Introdução

O objetivo do texto é mostrar a importância da pesquisa em todos os estágios do ensino educacional. De forma a popularizar e deixar o mecanismo palpável, auxiliando não apenas no entendimento histórico da sociedade e da realidade, mas também harmonizar a teoria e a prática e expandir o conceito de Universidade.

Importante ressaltar o caráter produtivo da pesquisa, que substitui o absorver e reproduzir, pelo diálogo crítico e produção própria. Tonando assim, o aluno/estudante emancipado, seja qual for o nível educacional, para então caminhar para a formação de mestres.


  1. Pesquisar - O que é?
  1. Desmitificando o conceito

Atualmente um dos maiores desafios da pesquisa é estar dentro das especificações para produzir tal. Além de ter que dominar todas as técnicas, e ter um tempo exclusivo para isso, faz-se necessário destacar-se no meio acadêmico e conseguir um bom financiamento.

Certamente, não se trata apenas de produzir conhecimento, é preciso comprovar o que se defende: empiricamente, projeções, índices, taxas são todas ferramentas bem-vindas.

A separação entre ensino e pesquisa é cada vez mais evidente. O professor que só ensina torna-se monótono, reproduzindo sempre o mesmo, desatualizado. Em contrapartida, o pesquisador menospreza o ensino, sendo que é o ensino que introduz o conhecimento na realidade. Acomodar-se na pesquisa traz igualmente malefícios ao praticante, como alienação, imobilidade em relação às transformações sociais, certo conservadorismo e falsa neutralidade, devido à especulação dedutiva.

A pesquisa também é um fenômeno político à medida que se desdobra em interesses. Embora isso nada queira dizer na prática: produzir conhecimento não significa aplicá-lo. Assim surgiu o conceito de extensão, uma lacuna que erroneamente ficou entre o que se faz na pesquisa e no ensino.

É claro que existem diferenças nos níveis de conhecimento produzido, mas isso deve ser gradativo durante todo o processo educativo, desde a base até o ponto mais alto. A pesquisa é/deve ser um conhecimento de consciência social, e ir além dos limites sociais impostos, formando uma cultura própria ao mesmo tempo que emancipa o indivíduo, independentemente do nível crítico.

Professor, informações, materiais diversos são apenas instrumentos de apoio. E saber usá-los é o que diferencia a domesticação da emancipação. Emancipar-se é ser capaz de ter as próprias ideias, formular projetos, criar novas perspectivas e elaborar a ciência.

  1. Horizontes múltiplos da pesquisa

Embora, em muitos casos, pesquisar seja reduzida a um levantamento empírico, deve-se ressaltar que ainda muito importante, não é só disso que se trata. É notório a necessidade de unir teoria, método e prática. E isso demanda uma gama científica de diversos horizontes de conhecimento. Não é real, nem significativo prender a pesquisa em apenas um mecanismo de estudo, isso restringe o campo da realidade estudada e a torna duvidosa.

É evidente que a dose de parcialidade da pesquisa é determinada assim que se decide sobre qual realidade estudar. Isso ocorre porque tudo é construído através da perspectiva de quem produz, em circunstâncias adversas, e não somente pelo que se observa.

Ter domínio teórico implica em saber interpretar todas as possibilidades de conhecimento. Saber captar o subentendido, conhecer os pontos alternativos, capacidade de propor consciência crítica e utilizar a teoria como instrumento e condição para a produção da pesquisa.

Não menos importante que a teoria e a prática está a metodologia. A forma pela qual a produção será feita desencadeia uma série de novas concepções, questionamentos e caminhos possíveis; e tudo isso contribui para alcançar o objetivo real do estudo. No método estabelece-se que aquele saber não foi copiado ou reproduzido, mas foi uma linha de discussões científicas que pode ser pelo viés clássico como o empirismo e o positivismo ou pelo alternativo como a avaliação qualitativa e a hermenêutica.

A prática nunca poderá ser bem realizada sem um método e uma teoria. A prática deve confrontar a teoria, e vice-versa, de forma a tornar a ciência mais palpável e colocar a realidade na teoria. Isso obriga a teoria a se adequar ao que se observa, complementar ou até mesmo, mudar.

  1. A pesquisa como descoberta e criação

Descobrir é diferente de criar. Na descoberta cria-se um novo conhecimento, mas não uma nova realidade. É objetiva, lógica e de forma invariante. A criação é subjetiva, já que não surge do nada. Sempre há uma história como antecedente da criação, o novo é chamado de revolução e esta não se determina. Os parâmetros históricos de análise são fundamentais para o processo, só não se deve negligenciar que é condicionada pela ação humana, o que a torna cada vez mais subjetiva. Novamente é perceptível uma dicotomia entre os termos, mas isso não impede que ambos sejam igualmente importantes para a pesquisa.

Formalmente a ciência separa o objeto do sujeito e a partir das partes e suas relações a pesquisa cria o conhecimento novo. Metodologicamente todas as separações são inevitáveis, mas atuar de forma distinta minimiza a atuação do cientista e o alcance da ideologia, e por isso deve se atentar no limite dessa separação.

Pelo fato de que a pesquisa está sempre pela perspectiva de quem a produz, não se trata então de uma realidade absoluta e é a todo momento passível de questionamento. Isso ocorre pela possível manipulação implícita, que fica mais evidente ao constatar a construção simultânea de saber a partir da mesma realidade por olhares diversos.

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