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Estudo as Relações Étnicas Afro Brasileiras e Indígenas

Por:   •  1/12/2020  •  Resenha  •  669 Palavras (3 Páginas)  •  69 Visualizações

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De acordo com a autora Juliana Puhl, não há entre os historiadores uma concordância em relação ao conceito mais adequada para o período histórico anterior à chegada dos europeus ao território brasileiro. Contudo, a terminologia mais utilizada entre eles é História Pré-colonial brasileira. Sendo assim, de forma equivocada ainda se utiliza o termo Pré-História para conceituar o período anterior a 1500, data essa ensinada desde sempre nas escolas que foi o início da história do Brasil. Ocorre que, antes da chegada dos portugueses no Brasil em 1500, já existiam diversos povos (de origem mongoloide e negroide) e culturas habitando esse território, ou seja, antes de 1500 há muita história que não nos foi contada. Assim como a colonização, a história Pré-colonial também é considerada parte do processo histórico de nosso país.

Os estereótipos que a autora Iara Bonin apresenta são o fato de os índios possuírem hábitos totalmente opostos aos nossos como, por exemplo, o fato de andarem nus, práticas rituais e culturais selvagens, a comida. Estes estereótipos vêm desde a carta de Pero Vaz de Caminha, a qual anunciou a descoberta de uma “nova terra”, onde ele descreve as riquezas do Brasil e os próprios índios que já povoam o lugar. Há até hoje um conjunto de imagens, vídeos, filmes, livros que mostram a vida indígena sob um ponto de vista arcaico e sem futuro, menosprezando totalmente sua cultura.

Para modificar essa visão atual sobre os índios é preciso, segundo Iara Bonin, ao abordar a temática indígena nos currículos escolares, multiplicar as imagens, contar outras histórias, diversificar as fontes de consulta, enfim, dar oportunidade para eles mostrarem sua cultura.

Houve muitos avanços no processo de demarcação de terras indígenas ao longo das décadas. Os povos indígenas têm seus direitos assegurados desde a Constituição de 1934, que garantiu que os direitos indígenas são de responsabilidade do Governo federal e garantia a posse das terras em que estivesses localizados, sendo vedada sua alienação. As Constituições de 1937 e 1946 ratificaram esse mesmo direito. A Constituição Federal de 1967 determinou que as terras ocupadas pelos índios fazem parte do patrimônio da União. Nossa atual Carta Magna ampliou as garantias aos povos indígenas, afirmando que as terras indígenas são bens da União, estabelecendo que as terras tradicionais indígenas são aquelas que eles habitam. A Constituição rompeu com a intenção de integrar os povos indígenas à nossa cultura, reconhecendo sua organização, costumes, língua, crenças e tradições.

Bruno Ferreira, pertencente ao povo Kaingang, entende que é possível estruturar uma educação escolar que respeite e valorize as formas próprias de pensar e de organizar a vida desse povo. Segundo ele, um dos primeiros passos seria qualificar os professores, ou seja, a construção de uma proposta escolar específica para as crianças indígenas. Para ele a formação específica de professores indígenas tem como propósito permitir que o povo Kaingang não perca suas raízes, construindo uma escola que contribua para promover um processo educativo guiado pelas práticas, conhecimentos e valores culturais, mas também ensiná-los os conhecimentos não indígenas.

A autora, Maria Inês de Freitas, entende que são visíveis os avanços na educação escolar indígena, porém há muito que se aprimorar

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