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Fichamento: O Príncipe - Maquiavel

Por:   •  17/3/2018  •  Resenha  •  3.250 Palavras (13 Páginas)  •  390 Visualizações

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REFEREÊNCIA

MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Tradução de Dominique Makins. São Paulo: Hunter Books Editora, 2014.

RESUMO

Capítulo I – Quantas espécies de principados existem e como podem ser adquiridos

         Há a distinção dos tipos de Estado existentes – repúblicas e principados – seno o segundo caracterizado ser hereditário ou novo, e os novos inteiramente ou fruto de anexação. Ressalta-se, também, as duas formas e chegada de um príncipe ao poder, ou por sorte ou por habilidade (virtude ou fortuna).

Capítulo II – Sobre os principados hereditários

        Discursando à respeitos dos principados, Maquiavel afirma ser o hereditário de mais fácil manutenção do poder, tendo em vista que há o condicionamento do povo ao uma linhagem. Afirmando, ainda, que é dever do príncipe evitar a transgressão dos costumes para que a harmonia seja mantida.

“... é suficiente apenas não transgredir os costumes dos seus antecessores e lidar de forma prudente com as situações à medida que elas acontecem, para um príncipe de poderes medianos se manter no seu estado...” (MAQUIAVEL, 2014, p. 21)

Capítulo III – Sobre principados mistos

        São explicitadas pelo autor as dificuldades de se manter um principado misto, levando em consideração a facilidade de mudança inerente ao povo, posto que o desejo de melhorias os conduzem a levantarem armas contra os governantes. Outrossim, Maquiavel ressalta que mesmo detendo um exército, o príncipe necessita do apoio popular para a ocupação de um principado, e que há a necessidade de mudança do príncipe para esse, visando a resolução dos conflitos de forma imediata, uma vez que, quando os males são previstos, podem ser de forma mais rápida solucionados.

Capítulo IV – Por que o reino de Dario, conquistado por Alexandre, não se rebelou contra os sucessores dele após sua morte

        É exposto por Maquiavel as maneiras de se governar um Estado:

“... ou por um príncipe com um grupo de servos que o ajudam a governar o reino com ministros escolhidos por ele; ou por um príncipe e barões, que mantêm essa posição com o passar do tempo devido ao seu sangue, e não pela graça do príncipe...” (MAQUIAVEL, 2014, p. 39)

Assim, destaca-se que a união príncipe e barões é de mais difícil governo, posto que haverá rebelião caso a linha política não seja mantida. Notabiliza-se, também, que um Estado dirigido por um único soberano é de difícil conquista e fácil manutenção, ao contrário do que se ocorre em um que o Estado governado por muitos, uma vez que o príncipe poderá ter conflitos com aqueles que derrotou, e com os que o ajudou – devido às suas ambições.

Capítulo V – Sobre como governar cidades ou principados que viviam sob leis próprias antes de serem anexados

        São existentes três caminhos para manutenção de um Estado acostumado a viver sob suas próprias leis e em liberdade: a) arruína-lo, b) habitá-lo, c) permitir que continuem vivendo sob suas próprias leis com pagamento de tributos e criação de uma oligarquia fiel. Sendo a terceira forma a menos vantajosa por constituir motivos para que o povo se rebele em lutas em nome da liberdade. Assim sendo, a primeira forma é a mais eficaz e segura.

Capítulo VI – Sobre novos principados conquistados com armas e habilidades próprias

        É exposto neste capítulo exemplos de príncipes que chegaram ao poder pela habilidade própria, e não pela sorte (fortuna) – como Moisés, Ciro, Romulo e Teseu. Maquiavel afirma que a chegada ao poder dos príncipes novos, dotados apenas de virtude, contudo, consegue mantê-lo com maior facilidade. Destaca, ainda, que o principal empecilho é a inserção de novas leis e costumes no Estado recém conquistado

“E deve ser lembrado que não há nada mais difícil de controlar, mais perigoso de conduzir, ou mais incerto de alcançar sucesso do que liderar a introdução de uma nova ordem. Pois o inovador tem como seus inimigos todos aqueles que se davam bem sob as antigas condições, e defensores mornos naqueles que talvez se deem bem sob as novas regras. ” (MAQUIAVEL, 2014, p. 51)

Ressalta, também, a facilidade de persuadir um povo contraposta a dificuldade de se manter a opinião desses, que deverá ser feita por meio da força.

Capítulo VII – Sobre principados novos conquistados com armas dos outros ou com sorte

        Aqueles aos quais são concedidos Estados por dinheiro ou pela graça do concedente possuem dificuldade em manter o poder, ficando essa sob a mesma sorte que a conduziu a ele. Os Estados que surgem inesperadamente não têm alicerce sólido, sendo, assim, facilmente derrubados, salvo aqueles em que o príncipe possui virtudes.

Capítulo VIII – Sobre aqueles que conquistaram um principado através da perversidade

        Dentre as formas de se chegar ao poder, Maquiavel demonstra também a ascensão ao poder por maldade e uso da força, e pelo desejo de seus concidadãos. Destacando o cuidado que se deve ter, uma vez que a crueldade pode ser realizada de duas formas distintas, sendo mal ou bem usadas: a) as quais se recorre instantaneamente pela necessidade de se manter a própria segurança; b) aqueles que aumentam com o passar do tempo, ao invés de se extinguirem.

        Na ocasião em que o poder é adquirido por meio um crime, as feridas devem ser realizadas de forma única para não precisar repeti-las a cada dia, e dessa forma dar confiança e conquistar os homens com benefícios. Ao passo que o príncipe que o fizer de outra forma não terá a confiança dos seus súditos, pois eles também não confiaram nele em razão das injúrias contínuas a repetidas.

“Pois as feridas devem ser feitas todas de uma vez só, para que, ao serem sentidas por menos tempo, ofendam menos; já os benefícios devem ser feitos aos poucos, para que sejam mais bem apreciados. ” (MAQUIAVEL, 2014, p. 74)

Capítulo IX – Sobre um principado civil

        Principado civil é aquele em que o soberano chega ao poder devido a vontade dos seus concidadãos, não dependendo apenas da genialidade ou sorte, mas da astúcia afortunada. É mais fácil a manutenção do poder quando ajudado pelos ricos, uma vez que esses se posicionam ao lado de quem oferecer maiores vantagens, sendo mais prudente confiar no povo, que não sendo oprimido será sempre fiel.

“Por isso, quem se torna príncipe mediante o desejo do povo deveria continuar amigo dele, e isso ele pode fazer facilmente, já que a única coisa que lhe pede é que não seja oprimido...Pois homens, quando recebem o bem de quem esperavam somente o mal, tornam-se mais ligados ao seu benfeitor, e assim o povo se torna rapidamente mais devoto a ele do que se o tivesse levado ao principado.” (MAQUIAVEL, 2014, p. 79)

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