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Fichamento : "O príncipe"- Maquiavel

Por:   •  20/11/2018  •  Monografia  •  3.173 Palavras (13 Páginas)  •  214 Visualizações

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O príncipe

    Nesta obra, o autor não utilizou de palavras extravagantes e pomposas, nem de períodos sonoros ou figura de retórica, como outros costumam desenvolver em suas obras. Pois deseja que o foco seja a variedade da matéria e a gravidade do assunto se tornem agradáveis.

    Não deseja que haja presunção por ser um homem de baixa condição por discorrer a respeito do governo dos príncipes, na mesma proporção que aqueles que desejam paisagem e vão para as baixadas para observar os montes, “para bem conhecer o caráter do povo, é preciso ser príncipe e, para entender o príncipe, é preciso ser do povo” (pg. 5)

    Ele escreve a obra para a Vossa Magnificência, mostrando seu respeito e seu apoio, desejando grandeza e fortuna para tal.

CAPÍTULO I- De quantas espécies são os principados e de que modo se adquirem

    De acordo com Maquiavel, todos os Estados consistem em republicas ou principados. Os principados ocorrem por meio hereditário ou novo, que por sua vez, dividem-se em completamente novos e anexos a um Estados por meio de herança, como os príncipes adquirem. Os domínios, ou vivem sob a autoridade de um príncipe, ou a ser livres, a partir de tropas ou com as próprias, como pela fortuna ou por virtude.

DOS PRINCIPADOS

CAPÍTULO II- Dos principados hereditários

    O autor optou por não discorrer sobre as republicas, voltando sua atenção apenas para os principados, de como devem ser governados e mantidos. Para conservar os Estados à linhagem do príncipe, há empecilhos, vistos como mais simples, pois o povo já possui certo afeto pela família no poder, facilitando para o novo príncipe que só precisa seguir o modo de governo dos antepassados.

CAPÍTULO III- Dos principados mistos

    Os “Principados Mistos” consistem em principados anexos a um Estado hereditário, tendo as mesmas dificuldades que nos principados novos, os homens acreditam que a mudança de senhor pode melhorar, porém percebem que erraram, piorando a situação. Tem como inimigos os que o ofenderam com a ocupação daquele principado, não se pode manter como amigo os que o puseram ali, por não os satisfazer pela forma que tinham imaginado. Mesmo que o príncipe tenha em seu poder um exército poderoso será necessário o apoio popular para adentrar uma província.

    Quando os Estados conquistados e anexados possuem a mesma língua e província, facilita para sujeita-los, principalmente se estiverem acostumados com a falta de liberdade, sendo necessário apenas a destruição da linhagem anterior, assim, mante os costumes que os habitantes do Estado anexado se mantenham os mesmos, sem alteração de leis e impostos. Entretanto, ao conquistar o de província e língua distinta, a sorte age como um fator para se conservar as leis e os costumes deste povo. Para uma melhor aceitação pelo povo é importante que se tenha a presença do príncipe em pessoa, habitando tal local para resolver possíveis problemas que venham a surgir.

    Uma outra maneira eficaz para manter a ordem é instalar colônias em pontos estratégicos, como postos avançados. Desse modo os gastos diminuem e a dignidade da população não sofre grandes abalos, não necessitando de uma imposição que tornaria a adaptação do povo mais complexa. Pode-se conservar os menos poderosos e por fim nos mais poderosos, impedindo intromissão estrangeira.

CAPÍTULO IV- Por que razão o reino de Dario, ocupado por Alexandre, não se rebelou contra os sucessores deste após a morte de Alexandre

    Há argumentos perante a conserva memorial dos principados, governados de duas formas distintas: por um príncipe com o auxilio de ministros para governar o Estado, ou por um príncipe e por barões, em decorrência da hereditariedade possuindo grandes poderes, mesmo que contra a vontade espontânea do príncipe. No primeiro caso, há maior autoridade do príncipe, pois em sua província não existe alguém reconhecido como chefe a não ser ele, e se os súditos obedecem a algum outro, fazem-no em razão de sua posição de ministro e oficial, sem qualquer relação de amor envolvido (como no império Turco). Em relação ao segundo, os barões possuem domínios e súditos próprios (como o reinado da França).

    No Império Turco o rei secciona seu reinado e tem servidores à sua disposição que realizam as tarefas que lhe são dadas conforme sua determinação. Conquistar o Estado turco exige muito esforço, porém uma vez conquistado, a manutenção é mais simples, pois o poder fica concentrado e o povo já era acostumado a obedecer a um soberano. Na França, porém, o rei está inserido na corte em meio a senhores muito poderosos. A conquista seria mais fácil, visto que é possível conseguir uma aliança com alguns barões descontentes. Entretanto, depois da conquista o rei poderá encontrar muitos problemas oriundos daqueles que o mesmo oprimiu ou então que o auxiliam a chegar ao poder.

CAPÍTULO V- De que modo se devam governar as cidades ou principados que, antes de serem ocupados, viviam com as suas próprias leis

    Para o autor, existe três modos de conservar as próprias leis e liberdade: destruí-los; habitá-los; deixá-los seguir com suas leis, recolhendo tributos e gerando um governo de poucos. O que mostra um resultado entre os três, é a terceira, pois independente do modo de governar, os cidadãos sempre terão em mente sua vida antes da invasão, comparando-a com a atual. Conclui-se que é necessária sua destruição ou habitá-la pessoalmente, para assim, manter a republica conquistada.

CAPÍTULO VI – Dos principados novos que se conquistam pelas próprias armas e valor

    Nos principados adquiridos, que são governados por príncipes novos, a luta pela conservação da posse está ligada à capacidade do conquistador. Pode-se tornar príncipe por meio da virtude ou fortuna. A partir da virtude se conquista com mais dificuldade, entretanto, consegue-se mantê-los por mais tempo.

    O maior empecilho para se conquistar, está na tentativa de inserir novas leis e costumes para a fundação do Estados conquistado. Já que o povo será o inimigo do novo legislador, pois os mesmos querem as antigas leis, às quais lhe traziam benefícios e poucos defensores.

CAPÍTULO VII – Dos principados novos que se conquistam com armas e a fortuna de outrem

   “Aqueles que somente por fortuna se tornam de privados em príncipes, com pouca fadiga assim se transformam, mas só com muito esforço assim se mantêm”.[1]

    Este caso ocorre quando o Estados é concedido ao príncipe por dinheiro ou por graça de quem o concede. Submetidos à vontade e à fortuna de quem lhes concedeu o Estado, as quais são volúveis e instáveis, que não podem manter sua posição.

CAPÍTULO VIII – Dos que alcançaram o principado pelo crime

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