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Fichamento - O Príncipe Maquiavel

Por:   •  30/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.834 Palavras (8 Páginas)  •  228 Visualizações

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Aluna: Evelyn Christine Pereira Mauro.

TIA: 41996372.

Disciplina: Ciência Política.

Professora: Marcia Cristina de Souza Alvim.

Obra: O Príncipe.

Referência: MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. www.jahr.org: Ed. Ridendo Castigat Mores, 1515. 164 p. Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/principe.pdf. Acesso em: 12 out. 2019.

Maquiavel inicia a obra afirmando que todo Estado e governos que estabeleçam autoridade sobre os homens já foram ou ainda são principados ou repúblicas.

Maquiavel diz que para que se preservem os Estados hereditários as dificuldades são menores que a preservação dos novos Estados, pois os hábitos dos antepassados são mantidos ou alterados conforme as mudanças da época, isto é, se o príncipe for capaz de governar, ele será mantido no poder, mesmo que seja um dia afastado da liderança, o mesmo poderá reconquistar o seu posto.

Alega Maquiavel que o príncipe natural possui menos motivos e necessidade de ofender os outros, dessa forma, presume-se que ele é mais querido.

Os principados mistos consistem em principados ligados a um Estado hereditário, possuindo as mesmas dificuldades enfrentadas pelos novos Estados.

Sobre os inimigos, são os indivíduos que se sentiram intimidados pela invasão e as pessoas que auxiliavam na manutenção do antigo governo, tendo em vista a existência de um débito com os mesmos. Mesmo que o governante possua um grande exército, o apoio do povo é de suma importância ao ocupar uma província.

Referente ao Estado invadido ainda possuir a mesma linguagem e província, deve ser submetido de maneira ágil, tendo apenas a necessidade da extinção da linguagem anterior de modo que os costumes dos indivíduos sejam mantidos, bem como leis e tributos.

No entanto, conquistando um Estado de linguagem, costume e leis distintas, a sorte se torna uma característica decisiva para que seja obtido sucesso. Uma forma mais eficaz de dominação seria a convivência do príncipe entre o povo e dando assistência às divergências que surgirem.

O autor estabelece os seguintes modos de governo de um principado: através de um príncipe sob tutela de ministros e por meio de um príncipe e barões que devido a hereditariedade possuem poderes mesmo contrárias à vontade do príncipe.

Maquiavel diz que existem três maneiras de conservar as cidades: destruí-los, habitá-los ou deixar que sigam suas leis sob ônus de tributação. Ele alega que a terceira forma é a menos eficaz, pois independente da forma aderida pelo novo governo, o povo sempre relembrará a forma que eram as coisas antes da invasão.

Os indivíduos que se tornam príncipes em função de seu valor ou fortuna conquistam o principado com mais dificuldade, em contrapartida, o mantêm mais facilmente.

Na conquista de novas províncias, a maior dificuldade surge na introdução de mudanças de leis e costumes ao Estado invadido. Ao introduzir as mudanças, surge a dificuldade de mantê-las.

Os indivíduos que se tornam príncipes apenas em função da sorte possuem dificuldades para manter o poder, embora tenham conquistado as províncias sem muita dificuldade. Manter o poder sobre a província conquistada fica sob dependência da mesma sorte que o levou ele à conquista.

Além dos valores e da sorte também é possível chegar ao poder de uma província por meio de atos antiéticos: pela maldade ou por favor de conterrâneos. Entretanto, atos como estes permitem a obtenção de poder, mas não a garantem a glória.

O governo civil é aquele onde o cidadão torna-se príncipe em função de seus concidadãos, esse caso não dependerá do valor ou da sorte, e sim da astúcia afortunada.

O governo civil é originado pelo povo ou pela aristocracia, sendo que os indivíduos ajudados pelos mais acostumados possuem mais dificuldade, pois estes ficam ao lado de quem oferece mais vantagens, não sendo totalmente confiáveis.

O cidadão que conquista o poder por essa modalidade, deve manter o povo como seu amigo.

Na obra, é levando em conta, se os príncipes podem manter seu poder por si mesmo ou se só podem manter seu poder com ajuda de outros indivíduos.

Um principado bem estruturado tem riquezas e súditos para impedir invasores e um principado mal estruturado é aquele que não possuiu força para manter uma batalha em campo aberto e precisa se esconder em seus muros.

Dessa forma, se o governador possui um estado forte e o respeito de seu povo, não será atacado.

Segundo Maquiavel, os Estados eclesiásticos são conquistados através de sofrimento ou sorte, mas não é necessário nenhum destes para mantê-lo, tendo em vista que são mantidos por antigos costumes religiosos. Apenas estes principados são seguros e felizes, pois possuem a proteção divina.

As principais bases de dos Estado são as boas leis e os bons exércitos. Os esforços que o príncipe dedica à conservação de seu Estado são sempre próprias ou derivadas de mercenárias auxiliares ou mistas.  

As tropas mercenárias e auxiliares são consideradas, mas não oferecem uma posição firme e segura, pois os soldados são individualistas, ambiciosos, sem disciplina e não são infiéis. Apenas os príncipes e as repúblicas armadas, onde o príncipe pessoalmente ou um cidadão da república lideram as forças armadas, garantem progressos, pois as forças mercenárias causam somente danos.

As tropas auxiliares até podem ser eficazes, mas são as mais perigosas pois perdendo o príncipe solicitante, elas perdem junto, mas ganhando, o príncipe fica como um prisioneiro da tropa. E as tropas mercenárias são vistas como covardes. Dessa forma, os príncipes mais racionais, acreditam que é interessante perderem com suas próprias tropas do que atingir uma falsa vitória com o auxílio de tropas auxiliares.

Também existem os exércitos mistos entre mercenários e soldados próprios. Esses exércitos são bem mais eficientes que as tropas auxiliares ou mercenárias, mas ainda inferiores aos exércitos próprios. As topas próprias, são consideradas as mais confiáveis e seguras.

A guerra deve ser o objetivo principal do príncipe, pois por meio dela um príncipe pode perder sua posição de liderança e tornando possível a ocupação de seu cargo por homens comuns.

Estar desarmado, é o mesmo que perder a consideração, principalmente dos soldados. Mesmo em tempos onde a paz prevalece não deve se afastar dos exercícios bélicos.

Segundo Maquiavel, o príncipe deve se dedicar: ao que se faz efetivamente e não ao que deveria ter sido feito, ao uso da bondade somente quando for necessário e deve também possuir prudência para afastar-se de escândalos ocasionados por vícios que podem abalar seu governo e quais ocasionaria o aumento da segurança e o bem-estar.

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