Fontes de Direito Internacional Público
Por: BrunoJr • 8/9/2015 • Dissertação • 2.515 Palavras (11 Páginas) • 688 Visualizações
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								FONTES DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Introdução
- Modo pela qual o direito internacional se manifesta (art. 38 CIJ) slide
 - Mecanismo pelo qual se dá a criação deste direito, impondo as partes direitos e obrigações
 - Estatuto da CIJ foi promulgado em 1945 (resoluções das Organizações Internacionais)
 - Não há uma ordem entre elas, não há hierarquia
 - Normas Jus Cogens – imperativas que só podem ser modificadas por outra da mesma hierarquia) – art. 53 da CV
 
TRATADO
- Convençaõ de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969
 - Convenção de Viena sobre Sucessão de Estados em respeito a Tratados de 1978
 - Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados entre Estados e Organismos internacionais de 1986
 - A CVDT foi incorporado a ordem juridica brasileira em 2009 pelo Decreto 7030.
 
Conceito
Previsto no art. 2 § 1° “a” da CVDT (slide). Outras expressões empregadas na CVDT (slide)
Terminologia
- Regra GERal – Tratado é um acordo formal entre sujeitos de DIP qualquer que seja sua designação específica
 - Carta – instrumentos constitutivos de Organizações internacionais
 - Protocolo – usado para designar a alta de uma conferência ou para acordo menos formal que um tratado
 - Troca de Notas – instrumento para designar assuntos de natureza administrativa
 - Concordata – Usado para avenças que envolvam a Santa Sé e outros Estados, regulamentando assuntos religiosos
 - Modus Vivendi – acordo temporário
 - Acordos de forma simplificada – acordos concluídos pelo Poder Executivo de um Estado, sem a necessidade de aprovação pelo Poder Legislativo.
 
Condição de Validade
(requisitos mínimos para que um tratado possa ser considerado válido no plano internacional e irradiar efeitos)
- Capacidade das partes contratantes – capacidade de celebrar tratados no âmbito internacional, sendo prerrogativa dos sujeitos de DIP
 - Habilitação dos agentes signatários – SLIDE
 
- Objeto lícito e possível – as partes contratantes devem celebrar tratados cujo objeto não seja contrário ao DIP e materialmente possível.
 
- Consentimento mútuo – vontade manifestada sem vício (dolo, coação, fraude, simulação, etc...)~
 
Processo de formação dos tratados
Fase internacional  | Faz interna  | 
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Observação (comentar)
- Sempre deve prevalecer a norma internacional sobre o direito interno
 - Tratado – são atos internacionais aplicados internamente como se fossem leis
 - Delegação – só o chefe da delegação pode praticar a vontade do Estado que está representando
 - PR normalmente delega ao Ministro das Relações Exteriores ou agentes diplomáticos. (ver art. 52, IV)
 
Fases
- Negociação
 
- Em regra pelo PR ou plenipotenciarios
 - Aspectos jurídicos – Consultoria juridica (CJ) Itamaraty
 - Aspectos Processuais – Divisão dos Atos Internacionais (DAÍ)
 - Nesta fase já existe um projeto do Tratado
 
- Adoção do texto
 
- 2/3 dos Estados presentes e votantes
 - Ainda não é uma norma juridica
 - Aceitam a redação definitiva do texto do tratado
 - Ver. art. 24 § 4 CVDT (autenticação) SLIDE
 - Ver art. 7 § 2 “b” (SLIDE) – os diplomatas podem ir a adoção do texto não podem autenticar o texto (desde que tenha plenos poderes), o que vem sendo criticado.
 
- Autenticação
 
- Art. 10 CVDT (SLIDE)
 - O texto adotado é considerado autentico, definitivo
 - A forma de autenticação pode estar prevista no proprio texto ou através de uma assinatura
 
- Assinatura
 
- Normalmente não possui efeito vinculante
 - Exceção – Art. 12 CVDT (slide) . Ex. acordo de cessar fogo
 - Tem por objetivo vincular juridicamente os Estados ao texto oficial do tratado
 - Ver art. 18 CVDT (slide)
 - É necessário a ratificação posterior do Estado
 - Expressa uma intenção pro futuro do Estado parte em engajar-se ao Tratado
 - O PR não é obrigado a submeter-lo ao Legislativo (arquivamento)
 
- RATIFICAÇÃO
 
- Feita pelo chefe do Executivo (representação externa do Estado)
 - Ratificação – através da ratificação o Estado confirma formalmente a assinatura do tratado e lhe dá validade e obrigatoriedade.
 - Trata-se de ato discricionário, o PR tem liberdade de recusa da ratificação
 - Mesmo tendo assinado o tratado em momento anterior, o Estado não está obrigado a ratificar.
 - ato que exprime a vontade do Estado em obrigar-se pelo tratado, com o compromisso de fielmente executá-lo.
 - Obriga os Estados a cumprir de boa fé todo o pactuado, sob pena de responsabilidade internacional pelo descumprimento voluntário
 - Fase na qual os atos internacionais se tornam obrigatórios para os Estados
 - Ver art. 14 (slide)
 - Ver art. 16 (slide)
 - Carta de ratificação (expresso)
 - Não há prazo, a menos que o tratado diga o contrário
 - Normalmente os tratados não retroagem a assinatura, tendo validade após a sua ratificação (art. 8 da Convenção de Havana sobre tratado)
 - IRRETRATÁVEL – não tem sentido passar por todo o trâmite e depois voltar atrás
 - Ver. art. 18 (slide) (não frustrar)
 
- ADESÃO
 
- Não participaram da negociação
 - Não assinou o tratado
 - Perdeu prazo para ratificar
 - Denunciou e depois se arrependeu
 - Ver Art. 15 (slide)
 - É impossível para acordos bilaterais
 - Nem todos os tratados admitem adesão, só os tratados abertos
 
- RESERVAS
 
- Vontade do Estado de emendar o tratado em suas relações com as demais partes
 - Essa parte da reserva é como se não existissem
 - Pode ser na assinatura ou na ratificação
 - Não há reservas em acordos bilaterais
 - Ver. art. 19 (CVDT) (slide)
 - Ver art. 23 § 2 (slide)
 - No Brasil houve reserva ao art. 25 da CVDT pelo Decreto Legislativo 496/2009, isso porque todo tratado deve passar pelo CN.
 
Limites
- Verificar no tratado se o mesmo permite reservas
 - Ex. art. 120 do Estatuto de Roma (veda) – Slide
 - Quando o tratado prevê somente determinadas reservas e a que o Estado pretende não está prevista
 - Quando ela é incompatível com o objeto do tratado
 - Ver Art. 20§2 – convenção internacional sobre todas as formas de discriminação racial – estabelece a questão da reserva por aprovação de 2/3.
 
Procedimento (art. 23 CVDT) slide
- Aceitação de reservas e objeção a reservas – art. 20 CVDT (slide), Ver (art. 21 § 3)
 - Efeitos da reserva – que o Estado reservadamente se desonere de cumprir a disposição reservada. A reserva aceita vincula somente o Estado autor e o aceitante. (art. 21 §1 §2 CVDT) - slide
 
- ENTRADA EM VIGOR DO TRATADO
 
- ART. 24 parágrafo 1, 2, 3 e 4 (slide)
 - É possível que exista um lapso temporal para a entrada do tratado
 - Não confundir entrada em vigor com sua aplicação efetiva
 - Em acordos multilaterais é comum exigir numero mínimo de ratificações. Ex. art. 110 da Carta da ONU (slide)
 
- APLICAÇÃO PROVISÕRIA DE UM TRATADO
 
- Art. 25 § 1 (slide)
 - Pode enquanto não entrar formalmente em vigor
 - Necessário em virtude da urgencia
 
- REGISTRO E PUBLICAÇÃO
 
- Secretariado da ONU (art. 102 parágrafo 1 e 2 da Carta da ONU e 80 parágrafo 1 da CVDT) (slide)
 - Não poderá ser invocado (cobrado) por qualquer parte se ele não for registrado
 - Evitar acordos secretos, tratados secretos
 - Transparência
 - Ver art. 80 parágrafo 1 da CVDT (slide) – “somente após a sua entrada em vigor” – evitar que o tratado não venha entrar em vigor.
 
- EMENDAS
 
- uma vez concluído o tratado pode ser emendado. Art. 40 CVDT e 41 (slide)
 
- Interpretação dos Tratados – boa fé (art. 31 do CVDT) slide
 
- Boa fé – integrante da norma “pacta sunt servanda”, compromisso, respeito e fidelidade
 - Sentido comum – as palavras do texto devem ser observadas em seu sentido próprio e usual.
 - Objetivo – as metas que suas normas pretendem alcançar, por meio de direitos e obrigações delas decorrentes.
 - Finalidade – é o propósito que as mesmas almejaram alcançar, seu ideal.
 - Importante – o art. 31 § 4 fala da possibilidade do sentido especial
 - Importante – O Contexto – intenção manifestada pela CVDT de serem os tratados interpretados em seu conjunto (art. 31 § 2, a e b) Slide
 - Interpretação dos tratados em duas ou mais línguas – (art. 33 CVDT) - Slide
 
- Os tratados e os terceiros Estados
 
- Ver art. 34, 35, 36, 37 e 38 CVDT (slide)
 
- Extinção dos tratados
 
- Execução Integral – o que foi estipulado é executado pelas partes. Ex. tratado que prevê o pagamento de uma obrigação.
 - Consentimento mútuo – concordância tácita ou expressa de por fim ao tratado
 - Tratado Posterior – quando as partes de um determinado tratado decidem elaborar um novo instrumento, extinguindo o anterior. Mesmas partes.
 - Expiração do termo Termo pactuado – quando termina o prazo negociado no tratado por tempo determinado
 - Condição Resolutória – quando advém um evento futuro e incerto apto a extinguir um tratado. Ex. o tratado estabelece um numero mínimo de Estado participantes.
 - Violação grave do tratado – uma das partes viola dispositivo do tratado (art. 60 § 3 CVDT), Inexecução por uma das partes.
 
- bilaterais – a inexecução do que foi acordado por uma das partes confere a outra o direito de suspender ou extinguir a execução do tratado
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