INCÊNDIO ULTRA CARGO - CAUSAS TÉCNICAS E CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS AMBIENTAIS E JURIDICAS

O incêndio na Ultra Cargo

Suas causas técnicas e consequências sociais, ambientais e jurídicas.

• Introdução

O incêndio começou no dia 2 de abril e só foi controlado em 10 de abril, ao todo foram atingidos pelo incêndio 6 tanques contendo combustíveis cada um com capacidade de 5 a 6 mil metros cúbicos ( de 5 a 6 milhões de litros cada), de acordo com especialistas os tanques provavelmente terão perda total. Segundo estimativas mais de 1 bilhão de litros de água foram bombeados do mar e usados para apagar o incêndio, a proximidade com o mar inclusive foi fator importante nos dias de combate as chamas.

• Causas Técnicas do incêndio

De acordo com exames preliminares de peritos e especialistas, assim como ouvindo o relato de trabalhadores locais, a Ultracargo já trabalhava a algum tempo deixando de respeitar as leis de segurança, há relatos do Sindminérios (sindicato dos trabalhadores no comércio de minérios, derivados de petróleo e combustíveis da região de Santos) de que a empresa sofreu 10 dias antes do incêndio um vazamento de aproximadamente 400 mil litros de gasolina. O mesmo sindicato através de denuncias de funcionários chegou a notificar a empresa apenas 7 meses antes do incêndio aonde diversas falhas em processos de manuseio, transporte e armazenamento de líquidos perigosos foram apontadas.

Apesar de todos os esforços e do poder publico trabalhando junto com especialistas e peritos, ainda não há de fato uma versão oficial das causas do incêndio, diversas podem ser as causas, porém ainda estão sendo apuradas pelas autoridades e também pela empresa seguradora, a previsão é de que até o fim do ano o laudo final com todas as causas e possíveis reações serão listados e a empresa poderá responder legalmente.

• Consequências ambientais

As consequências de um incêndio dessa proporção são imensuráveis, mas principalmente os rios e peixes da região sofreram com os efeitos do incêndio. Há relatos de milhares de peixes mortos em função da poluição liberada e despejada principalmente no rio Cubatão, que fica nas proximidades da região do incêndio, prejudicando em muito a vida animal, assim como toda a fauna e cadeia alimentar da região do rio e dos manguezais que o completam.

• Consequências sociais

A cidade toda sentiu o seus efeitos do incêndio e tanto o transito, a vida de pescadores como as operações no porto foram prejudicadas.

A começar pelas grandes perdas dos pescadores da região de Cubatão e Santos que dependem do rio próximo e graças à poluição e não puderam pescar em razão do grande numero de peixes mortos graças a poluição, a prefeitura indenizou os mesmos pelas perdas e dias de trabalho e vai cobrar na justiça da empresa responsável a renda de todos os prejudicados nesse sentido.

Os moradores da redondeza tiveram de ser evacuados de suas casas desde os dias em que as chamas começaram e precisaram se alojar em casas de parentes e amigos. Além disso, o transito teve de ser desviado e os caminhoneiros ficaram sem acesso á vários terminais do porto de Santos causando grandes congestionamentos e transtornos para toda a população da baixada Santista.

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