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O conceito de bem em Sócrates e Platão e a concepção kantiana do bem.

Por:   •  4/10/2017  •  Artigo  •  4.411 Palavras (18 Páginas)  •  255 Visualizações

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Carlos Eduardo Serra

Diego Brito

Emily do Carmo

Fernanda Alencar

Ramon Pitanga

O conceito de bem em Sócrates e Platão e a concepção kantiana do bem.

Salvador, 2015

Carlos Eduardo Serra

Diego Brito

Emily do Carmo

Fernanda Alencar

Ramon Pitanga

O conceito de bem em Sócrates e Platão e a concepção kantiana do bem.

Artigo desenvolvido durante a disciplina de Filosofia e Direito do curso noturno de Direito, como parte da avaliação referente ao segundo bimestre do semestre em questão.

Salvador, 2015

Introdução:

Versa o presente trabalho sobre a incessante busca a respeito da definição de bem, sendo este, intrínseco, e por isso, de difícil definição.

Muitos estudiosos, filósofos, tentaram ao longo dos séculos definir o significado da palavra bem, alguns de forma concisa, outros mais prolixos, mas nunca chegando a um denominador, até mesmo pela sua complexidade.

A seguir, veremos o que alguns dos mais importantes filósofos da humanidade já dissertaram sobre o tema, destacando Platão, Sócrates e Kant.

Para Platão, a idéia de Bem é formada através da natureza de Deus - criador soberano do Universo. Para ele, o Bem não pode ser a causa do Mal, porém, de fato, o Mal existe, tornando-se este o inverso ao Bem.

A idéia do Bem é absoluta. É a ideia fundamental para todas as outras, do mesmo modo de tudo que existe no mundo sensível. A idéia do Bem é o princípio pelo qual tudo vem a ser. 

Segundo Platão (séc. IV a.C.), a idéia do Bem é o mais alto dos conhecimentos, aquele do qual a justiça e as outras virtudes tiram a sua utilidade e as suas vantagens.

Para Sócrates, a filosofia sempre esteve ligada ao conhecimento do homem e de sua vida moral.  Indagações sobre “a justa vida” e o “viver bem” eram sempre pertinentes em sua trajetória. E para ele, a melhor tarefa para o homem era simplesmente viver bem, desprezando os prazeres e a ociosidade e, passando a viver da contemplação do conhecimento e do cuidado de si.

Sócrates afirmava que todo homem que conhece o bem é virtuoso. Para ele, ser virtuoso é conhecer as causas e o fim das ações permitindo uma vida moral e virtuosa em direção a idéia de bem. O bem é igual ao útil, ou seja, as pessoas fazem o bem por interesse próprio, porque é o que vai levá-las a felicidade. A felicidade das pessoas viriam de acordo com a prática de boas ações perante outros indivíduos.

Segundo Kant, ainda que por um desfavor especial do destino, ou pelo apetrechamento avaro duma natureza madrasta, faltasse totalmente a esta boa vontade o poder de fazer vencer as suas intenções, mesmo que nada pudesse alcançar a despeito dos seus maiores esforços, e só afinal restasse a boa vontade […] ela ficaria brilhando por si como uma jóia, como coisa que em si tem o seu pleno valor.

Para Kant, o único bem incondicional é uma vontade boa. E o que constitui o bem de uma vontade boa não é o que esta alcança e sim, a vontade boa é um bem em si e por si.

A vontade boa é o mais elevado bem e a condição de possibilidade de todos os outros bens, incluindo a felicidade.

Agir por dever é exibir uma vontade boa face à adversidade. Mas temos de distinguir entre agir de acordo com o dever e agir por dever. O nosso caráter só mostra ter valor quando alguém pratica o bem não por inclinação, mas por dever quando, por exemplo, um homem que perdeu o gosto pela vida e anseia pela morte continua a dar o seu melhor para preservar a sua própria vida, de acordo com a lei moral.

Amalgamando o entendimento de cada filósofo citado neste trabalho, podemos dizer que a definição de bem é abstrusa, uma vez que cada um deles, em suas distintas épocas, possuíam uma concepção dessemelhante sobre a vida, o que consequentemente fez com que divergissem no que se refere ao tema abordado.

Sócrates:

O conhecimento de si mesmo implicava o conhecimento de nossas ações, de nossos desejos e de nossa vida moral. Para ele, a sabedoria consistia em vencer a si mesmo e a ignorância em ser vencido por si mesmo. Sua indagação principal era sobre “a justa vida” e o “viver bem”. Uma vez lhe perguntaram qual lhe parecia a melhor tarefa para o homem. Ele sem rodeios respondeu: viver bem. Mas viver bem para Sócrates não era viver dos prazeres e da ociosidade, mas viver da contemplação do conhecimento e do cuidado de si. Por toda parte Sócrates ia persuadindo a todos, jovens e velhos, a não se preocuparem exclusivamente, e nem tão ardentemente, com o corpo, a beleza e a riqueza. Dizia que devemos nos preocupar mais com a alma para que ela seja quanto possível melhor. Ele identificava a virtude com o conhecimento. Afirma que ninguém faz o mal porque quer, mas por ignorância. Ninguém erra voluntariamente. Somente o ignorante não é virtuoso. Todo homem que conhece o bem é virtuoso. Ser virtuoso para Sócrates é conhecer as causas e o fim das ações permitindo uma vida moral e virtuosa em direção a ideia de bem. Por isso, ele defendia a ideia de que a melhor forma de se viver era cultivando o próprio desenvolvimento ao invés de buscar os prazeres e os bens materiais. É necessário se conhecer melhor para ser feliz. “Conheça-te a ti mesmo”, essa frase emblemática é o fundamento de toda felicidade aqui na terra. Sócrates aconselhava seus discípulos a se autoconhecerem, pois somente assim as pessoas sairiam da caverna, das trevas de seus espíritos para alcançarem a luz, a verdade e a felicidade.

Esta é a equação Socrática, que quer dizer que o bem é igual ao útil. Ou seja, as pessoas fazem o bem por interesse próprio, porque é o que vai levá-las a felicidade.

Sócrates queria que as pessoas se desenvolvessem na virtude. A virtude é um agir ótimo, é procurar fazer o bem, que é o correto, o ideal. As coisas são virtuosas a medida que elas fazem bem as coisas para as quais elas foram feitas.

A virtude da alma é a sabedoria, que é o que a aproxima de Deus. A sabedoria tem haver com humildade intelectual e não com a quantidade de saber. Sócrates se achava mais sábio porque pelo menos sabia que nada sabia. O importante para a sabedoria é o que você faz, não é o que você sabe. A sabedoria modifica o ser e purifica a alma de forma que seus objetivos fiquem mais fácil de serem atingidos.

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