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O futuro da moeda e o Controle da Corrupção na Política

Por:   •  12/3/2018  •  Artigo  •  1.673 Palavras (7 Páginas)  •  202 Visualizações

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O Futuro da moeda e o Controle da Corrupção na Política.

Deu-se após a revolução, agrícola com o advento de cidades, reinos e impérios, mudanças estruturais das relações humanas, como nunca antes houvera. As sociedades, cada vez mais especializadas, alteraram-se nos seus modos de relacionamentos econômicos, de um sistema de escambos[1], baseada em trocas e favores, para um em que há a presença do dinheiro.

O historiador Yuval Noah Harari classifica em seu Best-Seller Sapiens: Uma breve história da Humanidade Dinheiro como: “qualquer coisa que as pessoas estejam dispostas a usar para representar sistematicamente o valor de outras coisas com o proposito de trocar bens e serviços” sendo (...) “o mais universal e mais eficiente sistema de confiança mútua já inventada”.

No inicio do seu uso, o dinheiro foi caracterizado por objetos da natureza tais como unidades de conchas, sal, grãos, metais entre outros.

Com o passar dos anos e o aumento das complexidades sociais, componentes da natureza transferiram-se para itens manufaturados por mãos humanas. Dois modelos foram tão relevantes à época, que até hoje estão presentes nas sociedades, e são, na quase totalidade do mundo, aceitos como dinheiro. São eles: a moeda, em peças padronizadas cunhadas de metal e as cédulas, em papel-moeda.[2] [3]

Estas duas formas apresentavam, e apresentam, nos seus relevos, informações que dão credibilidade de suas veracidades e usos, como números de origem, faces de imperador ou assinatura de monarcas, tendo seus lastros, em regra, garantidos por monopólios Governamentais, que as dão credibilidade.

As Moedas nacionais geradas necessitaram, e necessitam de locais para serem guardadas e transferidas com segurança. Assim criaram-se instituições bancárias públicas e privadas[4].

As relações humanas com o dinheiro desta forma, com moedas nacionais e com sistemas bancários sem interferências digitais, são conhecidas como de fase analógica.

Com a evolução do sistema bancário iniciaram-se modelos de aplicações, de programas de poupança, e de financiamentos. Conjuntamente fez-se a presença de mercados de ações, com suas origens no collegium mercatorium da Roma e no emporium da Grécia que se modernizaram até aceitarem financiamentos de poder público e de bancos centrais. [5]

As alterações que foram sentidas a partir do século XIX, mas que tomaram força após a revolução tecnológica do Século XX[6], fez com que quase noventa por cento de todo o dinheiro no mundo[7] exista apenas em dados de servidores de computadores dos bancos.  

Esta segunda relação com o dinheiro é chamada como de período digital, sendo que estas acompanham a velocidade das relações bancárias.

Ocorre que tal ambiente, que é em regra o qual atravessamos, tendo em vista que a maior parte do uso do dinheiro no mundo se dá de forma digital, apresenta uma série de carências estruturais. Dentre elas, destaca-se a de ser um modelo extremamente burocrático e caro, que dificulta empréstimos, livres relações e transações.

Ademais, em ambos os casos, no ambiente analógico ou digital, não há efetivos controles preventivos de furtos ao dinheiro.

Na realidade analógica, o dinheiro precisa de controle humano para sua segurança, além da construção de cofres e fortes, que historicamente são saqueados por competentes ladrões.

Na fase digital o ser humano, agora com o uso de máquinas, tem de agir no controle de segurança de softwares e hardwares de forma manual, para que experientes crackers[8] e banqueiros sem conteúdos éticos ajam além dos limites do sistema buscando falhas que tornem atrativos aos ambientes daqueles que querem usurpar do capital alheio.

Podemos destacar também como falha, o controle, que em ambos os sistemas é extremamente complexo.

No sistema analógico é quase nulo, visto que detém no seu modelo, um número de séries impressas que poucos verificam, dado as suas grandes transferências físicas. Raríssimos são os casos em que se descobrem furtos a partir da análise de números de séries.

Já no sistema digital há também dificuldades de compreensões, visto que suas tecnologias são controladas pelos bancos e pelos Governos, que as alteram sistematicamente, de país para país, e de instituição bancária para instituição bancária.

Estas falhas e faltas de controle, tanto do ambiente analógico quanto do digital trazem vantagens significativas a vários grupos de pessoas, mas a um especial: a dos políticos desonestos.

A falta de bons mecanismos de rastreamento do dinheiro na sua fase digital e analógica faz com que se aumentem os ânimos de políticos que querem corromper o sistema, desviando valores oriundos de campanhas eleitorais, ou de recursos públicos.

Contudo um novo modelo, que chamaremos de programável, tende a auxiliar na forma com que se controle a corrupção, além de gerar toda uma série de benefícios sociais, em buscas de liberdade.

Trata-se de uma nova revolução econômica e tecnológica. Uma inovação na relação do dinheiro, em um sistema global, livre, seguro e independente de instituições.

Sua primeira fase deu-se em 2008, quando um grupo de pessoas[9] criou um sistema digital, formado por dados flutuantes, autogerencionáveis por rede, que na forma de desafios matemáticos melhoram o sistema, e recompensa indivíduos com moedas virtuais. Estava desenvolvido o bitcoin, e o universo blockchain. 

Basicamente o sistema blockchain, no qual o bitcoin faz uso, é uma base de dados presentes em computadores diversos, em um ambiente de registros públicos (mas revelado de modo seletivo e com identidade portátil) que demonstra todas as transações feitas na rede, de um modo extremamente seguro e dificílimo de falsificação. Há com o sistema blockchain a gravação de todas as operações realizadas com a moeda, em todas as suas fases.

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