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ROTEIRO DO SEMINÁRIO – DEBATE EM SALA DE AULA

Por:   •  26/11/2018  •  Seminário  •  2.635 Palavras (11 Páginas)  •  135 Visualizações

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ROTEIRO DO SEMINÁRIO – DEBATE EM SALA DE AULA

ALUNOS: Iara Ramos e Luiza Rebelo

Ref. Bibliográfica: Kymlicka, Will. Filosofia política contemporânea. São Paulo: Martins Fontes 2006. (cap. 7 Feminismo)

1. Contexto histórico, vida e obra do autor (grau de importância 3) 0-10

Nasceu no ano de 1962, na cidade de Ontário, Canada. É conhecido por pesquisas sobre o multiculturalismo (existência de muitas culturas em uma região) e ética animal (direito dos animais, bem-estar) e leciona filosofia política na Queens’s University. No ano de 2004 ganhou o prêmio Izaak-Walton-Killam que é concedido a eminentes pesquisadores canadenses que se distinguiram nas áreas das ciências sociais, humanas, naturais ou da saúde.

As principais obras do teórico liberal são: Filosofia Política e contemporânea, Cidadania Multicultural, Liberalismo, Comunidade e Cultura e Zoopolis.

Referência: Wikipédia. Will Kymlicka. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Will_Kymlicka > Acesso em: 12 de maio de 2018.

2. Síntese do texto (grau de importância 7) FIDELIDADE AO TEXTO PROPOSTO

Há diversas correntes da filosofia, portanto o autor se concentra em 3 críticas feministas sobre a maneira como as teorias políticas dominantes atendem ou deixam de atender, aos interesses e preocupações das mulheres. Apesar da multiplicidade das teorias, todas se identificam com a ideia de “platô igualitário”: todos os membros da comunidade devem ser tratados como iguais.

1 - A igualdade sexual e a discriminação

Em tempos passados a maioria dos teóricos homens afirmavam que o confinamento da mulher a família e a subordinação aos seus maridos, tinha como fundamento a natureza, a ela ser inapta para exercer seus direitos políticos e civis, pois acreditavam ser predisposição da mulher. Os teóricos contemporâneos começaram a aceitar que as mulheres também devem ser vistas como livres e iguais (exercer a vida pública).

A discriminação sexual envolve o uso arbitrário ou irracional na concessão de um benefício, por exemplo, alguém se recusa a empregar uma mulher, apesar disto não ter relação racional com a tarefa a ser prestada. Isto se chama “abordagem diferenciada” da discriminação sexual, pois não pode ser justificado este ato, não tem porque contratar o homem em vez de uma mulher, ambos são competentes. Mas a “abordagem diferenciada” aceita que há casos que os sexos tem que ser tratados diferentemente, porém deve ter uma explicação racional disto, como por exemplo nos esportes, a explicação racional seria a força maior do homem em relação a mulher.

Em relação a capacidade de competir, sob regras neutras, uma empresa que deseja contratar, os homens provavelmente se sairão melhor na entrevista, visto que estão mais preparados pra esta situação, devido a mulher ter maior tendência de ser a guardiã dos filhos. A sociedade ainda espera que elas tomem conta dos filhos, isto acontece em razão da carência da mulher na qualificação de trabalho, pois estão sempre presas ao filho, e os empregadores podem ate não levar em consideração o gênero, contudo também não levam em consideração que o trabalho foi definido sob pressuposto de que seria preenchido por homens que tivessem mulheres em casa.

Se as mulheres estivessem completamente envolvidas desde o inicio na administração da sociedade, e homens e mulheres contribuíssem mutuamente para com o cuidado dos filhos, estariam os dois no mesmo grau na competição do emprego.

Isto causa um grande problema na vida da mulher, pois os homens diante desta situação ganham mais, e como sinônimo de dinheiro é poder, no final das contas a mulher se subordina ao homem na maioria das vezes, justamente por ele ter salários mais elevados, não que seja favorecido ao homem arbitrariamente (irracional) os trabalhos, mas a sociedade inteira favorece os homens mediante a construção da mesma ser machista.

2 – Público e o privado

Os teóricos liberais continuam a ignorar as situações dentro da família. A igualdade sexual para eles apenas se aplica nas situações fora da família, ainda se supõe que a família tradicional é encabeçada por um homem, com mulheres executando o serviço doméstico não remunerado, ou seja, independente de a mulher e o homem terem a igual capacidade intelectual, a mulher continua se ocupando dos trabalhos domésticos (dupla jornada). Por isto a mulher acaba se tornando economicamente dependente, todavia ainda que não houvesse esta vulnerabilidade, ainda haveria injustiça, pois a mulher teria que escolher entre a sua carreira e a família, escolha que o homem não tem que fazer, eles podem ter os dois.

Ressalta-se que o desejo em ter uma família não deve ser o encerramento de uma carreira profissional, isso fica claro quando observamos que os homens também se casam, porém,  as consequências do matrimônio são diferentes para homens e mulheres.

A família, portanto, é pautada como centro da desvalorização e dependência econômica feminina vinculada aos papéis tradicionais das mulheres, e por consequência, evidencia-se a o maior poder masculino dentro da maioria dos casamentos.

Além de que, o trabalho da mulher não recebe reconhecimento, então, parte da luta é receber o reconhecimento pela sua contribuição para a família. Percebe-se então que a luta do público é tão importante quanto a do privado para as mulheres.

a) O Estado e a sociedade civil.

A liberdade dos modernos distingue-se da liberdade dos atenienses, pois estes sacrificavam seus prazeres em nome da pólis, e, ao contrário disso, na modernidade existe a busca desenfreada pela felicidade.

A corrente liberalista expressa seu comprometimento com a liberdade e com a separação do Estado e da vida privada da sociedade, sem que o primeiro possa interferir no segundo, mas sim proteger os interesses e necessidades específicas. Feministas compartilham da mesma opinião, mas, apesar de concordarem nesse aspecto da relação entre Estado e Sociedade, ainda está longe de uma concordância geral em outros aspectos. Percebemos essas discordâncias já na primeira forma de distinção entre o público e o privado do liberalismo, que pauta que “a liberdade localiza-se no domínio do social e a força ou violência torna-se o monopólio do governo”, e com a qual as feministas fizeram grandes objeções, entre elas a de que “as descrições liberais do domínio social faz parecer que ele contém apenas homens adultos (e fisicamente capazes), negligenciando o trabalho necessário para criar e nutrir estes participantes, trabalho que é executado principalmente pelas mulheres, principalmente pela família”.

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