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Resenha Elementos de Sociologia

Por:   •  11/3/2016  •  Resenha  •  1.147 Palavras (5 Páginas)  •  1.842 Visualizações

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KOENING, Samuel.  Elementos de Sociologia. 

A sociologia pode ser entendida como o estudo do comportamento humano, os meios de comunicação e os processos que interligam o indivíduo em associações, grupos e instituições. Estudando os fenômenos que ocorrem quando vários indivíduos se encontram e interagem em diversos grupos. Portanto seu objetivo final  é fornecer explicações sociais e sugerir medidas para intervir na sociedade, ajustando e provocando mudanças, assim podendo ser  usado para a solução efetiva dos problemas sociais. Koening cita em seu livro algumas definições de sociologia, do ponto de vista de diferentes sociólogos. Um deles é Georg Simmel que a entende como a ciência que estuda as relações humanas. Acredito que ele está correto em fazer essa afirmação pois a sociedade passa a tornar forma quando os indivíduos criam relações de interdependência ou quando estabelecem contatos e interações sociais de reciprocidade. A definição social não abrange apenas as interações duradouras já consolidadas como família, estado e igreja. Significa que os indivíduos por um lado permanecem sempre ligados uns aos outros, pois recebem influências e influenciam, sendo assim a sociedade também  muda. A sociologia tem como parte integrante de seu objeto de estudo o próprio observador. O homem é responsável por um duplo papel, é aquele que desempenha as ações sociais e também as interpreta.

Foi no século XIX que a sociologia passa a ser observada como uma ciência e campo de estudo. Assim nasce por tanto como uma reflexão em torno da nova configuração histórica da época, buscando entender o que mantinha os grupos sociais em união e tentar desenvolver soluções para a desintegração social. E para construir uma identidade própria se prendeu em atingir um padrão de cientificidade na explicação da vida social equivalente aos alcançados pelas  outras ciências naturais. No livro o autor menciona Augusto Comte que é considerado o fundador da sociologia como ciência,  a sua visão sociológica foi a da ideia de que a sociedade pode ser organizada pela reforma intelectual do homem. Comte acreditava que antes da ação prática era necessário aos homens pensarem de acordo com o estado das ciências. Para

ele a sociologia ocuparia o lugar mais importante na hierarquia do conhecimento porque trata do que é humano, estudando o comportamento e o relacionamento social, segundo ele isso permitiria previsibilidade quanto às decisões a serem tomadas pelo estado, sendo assim tão fundamental quanto às outras ciências. Porém essa posição se contraria quando vemos que as determinações das possibilidades futuras da sociedade não podem ser previstas a  partir dos modelos do passado, o que leva a sociologia a situar-se, muitas vezes como uma perspectiva crítica perante as relações sociais vigentes.

        É natural a nossa tendência viver em sociedade, e temos uma necessidade em pertencermos a algum determinado grupo, sendo até mesmo inimaginável viver fora dele. Ocorre sempre uma reciprocidade completa, um intercâmbio de ação e interdependência, necessitamos da presença do outro para nos firmarmos como um ser pensante, racional e assim evoluir com os conflitos que surgem no transcorrer da convivência social. E não podemos dizer que só existe vida social entre humanos, pois encontramos isso perfeitamente entre os animais, um exemplo disso são as abelhas que se dividem em castas, onde cada ser desempenha uma determinada função e todos trabalham para manter a sobrevivência do seu  grupo.  

Apesar de todas semelhanças, podemos entender melhor essa distinção entre o ser humano e os demais animais comparando comportamentos. Nós seres humanos somos extremamente mutáveis, apresentando comportamentos diferentes de acordo com o lugar onde vivemos, temos a consciência de si e do outro, podendo interferir no mundo. Somos capazes de nos apropriarmos da natureza para satisfazermos nossas necessidades, movidos por nossos interesses ou seja nossa ação é intencional. Os animais no entanto vivem em harmonia com a natureza usufruindo dela a partir de suas condições, e necessidades biológicas, ou seja é uma ação instintiva.  As ações dos animais se extinguem assim que terminam, não existem conhecimentos acumulados, não possuem histórias. O que é totalmente diferente em nós humanos que somos capazes não só de aprender como de ensinar e ainda tirar lições das experiências já vividas.

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