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Resenha Sobre o Documentário: A Corporação

Por:   •  15/10/2018  •  Resenha  •  551 Palavras (3 Páginas)  •  95 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE DIREITO

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA

PROFESSOR: JOSÉ AFONSO DO NASCIMENTO

HELLEN VITÓRIA SANTOS LIMA DE ABREU

Resenha sobre o documentário: A corporação

Para início de conversa, é preciso uma certa familiarização com o termo “corporação”. A grosso modo, uma corporação pode ser um grupo de pessoas com objetivos comuns, mas ambientando o termo ao nosso ambiente jurídico pode significar um grupo de pessoas que partilham do mesmo ideal em sua profissão ou no seu campo, seria basicamente um organismo que reúne pessoas do mesmo habitus.

Nesse viés, quando analisamos o sentido de corporação no âmbito do documentário, deparamo-nos com algo bem além que uma simples união de pessoas com o mesmo objetivo. Assim, encontramos o papel da corporação em nossas vidas, que é da manipulação, é uma instituição de dominação, que visa intrinsecamente o lucro. Nessa análise é possível reconhecer a influência do período da Revolução industrial nas corporações. O documentário traz justamente essa amostra, quando cita que a busca pelo lucro corre em direção contrária a uma boa qualidade vida, pois não há preocupação com coisas básicas como, por exemplo, se o funcionário está tendo bem-estar, se possui ciência dos seus direitos, se o consumidor realmente está consumindo algo essencial e se isso o faz bem, não se importam em nada com os direitos humanos, somente com aquilo que lhes forem rentável. Em virtude disso, uma das passagens do documentário traz o documentarista Michael Moore fazendo uma crítica ferrenha ao modo de agir das corporações e, claro, ao capitalismo.

O documentarista, logo de início, fala que usa do próprio capitalismo para explanar seus ideais contrários ao próprio sistema, e é isso que ele atenta como falha do capitalismo: a falha da cobiça, não há uma preocupação com aquilo que está sendo divulgado, visto que, a única coisa que interessa é se esta coisa proverá lucro, e provém. “O rico venderá a corda para se enforcar se lhe trazer lucro”. Dessa forma, Moore faz uma analogia sua com a corda, ele seria uma parte da corda do capitalismo.

Por outro lado, o documentário também traz pessoas que diretamente fazem parte das corporações. Como o empresário Sir Mark Moody Stuart, que defende sua posição, de que as pessoas do ramo não estão preocupadas somente com dinheiro, preocupam-se com questões, entre outras, ambientais, no entanto, não podem negligenciar a sua base econômica. Uma coisa de pertinente que o empresário diz, em outras palavras, é o fato de ser difícil fugir do advento do capitalismo, “até uma pessoa vivendo debaixo duma árvore precisa da ajuda de alguém”. Esse comentário é percursor de mais uma crítica do documentário, a base jurídica da dominação das corporações. Legalmente, em seus termos, a corporação é fundada em cima de algo considerado “perturbador”, deve sempre colocar os interesses financeiros de seus donos acima dos demais.

Dentre outros exemplos da selvageria do capitalismo e da dominação das corporações, a crítica presente no documentário não é de forma alguma reacionária, é, na verdade, como forma de refletir sobre os problemas que sua extremidade, sua ânsia de lucro pode das acarretar. “A corporação” é um alerta, um pedido de diminuição da hegemonia das empresas de forma legal, uma maneira de pedir que, antes do lucro e do crescimento, visem a ética com o trabalhador e consumidor, prezando sempre pelos direitos humanos.

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