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Resenha do livro Globalização de Bauman

Por:   •  12/3/2017  •  Resenha  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  507 Visualizações

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PUC MINAS CORAÇÃO EUCARÍSTICO

TURNO: TARDE

STEPHANIE CHRISTINE GOMES DE PAULA

ESTUDO TEÓRICO SOBRE GLOBALIZAÇÃO

BELO HORIZONTE

2017

  • Capítulo 4: Turistas e vagabundos - “Globalização: As consequências humanas”-Bauman, 1999.

A globalização é um fenômeno que se iniciou com as grandes navegações e hoje se encontra no ápice, o mundo se tornou ‘menor’, ou o que muitos estudiosos caracterizam como ‘Aldeia Global’ que devido à facilidade de locomoção e com o avanço tecnológico, principalmente no âmbito das comunicações é possível obter informações vindas do outro lado do mundo instantaneamente, no entanto esse ‘progresso’ trouxe consigo consequências na sociedade, como a ampliação da desigualdade social.

No capítulo 4, Bauman traz um questionamento crítico a cerca da sociedade de consumo predominante no mundo atual que resulta na necessidade de desejar mais e mais e que muitas vezes a quem ele denomina de ‘turistas’ que são pessoas com poder aquisitivo buscam suas ambições, contudo, o autor também afirma que as pessoas querem desejar, já que quando realizam perde o sentido, pois de acordo com Mark C. Taylor e Esa Saarinen: “O desejo não deseja a satisfação. Ao contrário, o desejo deseja o desejo.” Eu penso com essa afirmação que muitas vezes as pessoas consomem pela vontade de consumir e não pelo produto em si o que com a obsolescência programada faz essa vontade e talvez até necessidade aumentar, visto que os produtos são feitos com prazo de validade, principalmente os eletrônicos.

Em relação aos vagabundos e turistas, pode-se concluir que os turistas são os que têm mais dinheiro, são aqueles que não têm localidade fixa e, para eles, os espaços não existem,viajam por todo o mundo. Os vagabundos são os marginalizados, que também viajam, mas bem menos e ambos são consumistas, mas consome de acordo com o que podem. Os turistas viajam porque querem já os vagabundos, pois não aguentam o local atual e muitas vezes são maltratados em outros lugares como, por exemplo, os refugiados que vão para os países desenvolvidos fugindo de guerras e perseguições e são deportados ou trabalham praticamente como escravos.

A globalização se consagra em função dos turistas e os vagabundos os idolatram, pois querem se tornar turistas e viverem essa utopia ou condição de vida aceitável que eles possuem. Atualmente, as pessoas ricas são adoradas como dito por Bauman, um exemplo é a família Kardashian que são tidas como ídolos por uma parte da população apenas por possuírem uma fortuna e viverem em uma ostentação constante. Porém, é possível reconhecer que os vagabundos ou até turistas que idolatram pessoas assim é devido ao sonho de ser como elas e a impossibilidade de chegar a esse ponto já que como dito: “viajar esperançosamente é na vida do consumidor muito mais agradável que chegar.”

Além disso, com a globalização a desigualdade social só aumenta,há o surgimento de periferias para os marginalizados, condomínios fechados para os que detém poder aquisitivo superior e os subúrbios da ‘classe média’. O maior medo dos turistas é se tornarem vagabundos, por isso se distancia ao máximo dos pobres com as passagens executivas, camarotes e condomínios fechados, contudo ambos são dependentes para a existência, já que não existiria turistas se não houvesse vagabundos ou em outras palavras a população pobre sustenta a pirâmide social por ser a ‘minoria que é a maioria’.

Reportagem 1

Trump barra refugiados sírios e limita entrada de pessoas de 7 países

Em Washington

28/01/2017 00h13

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu nesta sexta-feira (27) o programa de admissão de refugiados do país, um dos mais ambiciosos do mundo para a recepção de vítimas de conflitos. Criado por uma lei de 1980, o programa federal de reinstalação de refugiados permitiu acolher cerca de 2,5 milhões de pessoas, segundo o instituto de pesquisas Pew.

Uma semana após chegar à Casa Branca, Trump assinou
o decreto "Proteger a Nação da entrada de terroristas estrangeiros nos Estados Unidos", que prevê a suspensão total, durante 120 dias, do programa de admissão de refugiados, assim como o congelamento, por três meses, da entrada no país de pessoas provenientes de sete países muçulmanos: Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.

O decreto também proíbe indefinidamente a entrada de refugiados sírios. Desde início do conflito na Síria, em 2011, os Estados Unidos receberam 18 mil refugiados daquele país.
Apenas no ano fiscal de 2016 (1º de outubro a 30 de setembro), os Estados Unidos do presidente Barack Obama receberam 84.994 refugiados, sendo mais de 10 mil sírios. No ano fiscal de 2017, Trump pretende receber menos da metade dos refugiados acolhidos em 2016.
A administração Obama, que em setembro de 2015 admitiu que poderia "fazer mais" sobre o tema, havia fixado o objetivo de acolher 110 mil refugiados em 2017. Desde a posse de Trump, no dia 20 de janeiro, 2.089 refugiados já foram reinstalados nos Estados Unidos, enquanto a Casa Branca preparava o decreto firmado nesta sexta-feira.
A administração Obama se vangloriava de possuir um dos sistemas de admissão e seleção de refugiados mais rigorosos do planeta, que impedia que um "terrorista" passasse pelos controles estabelecidos. O processo de admissão de um refugiado podia durar entre 18 e 24 meses, uma lentidão que provocava fortes críticas das organizações humanitárias.

A reportagem acima se encaixa bem com o capítulo 4, já que os refugiados representam os vagabundos de Bauman que precisam se deslocar da origem devido aos problemas enfrentados e são mal tratados ou renegados como o que está acontecendo nos EUA depois do decreto do presidente que é protestado por muitos, no entanto tem vários que são a favor por dizerem que estarão seguros sem essas pessoas próximas, o que além de ser uma exclusão social é xenofobia.

  • Capítulo 5: Lei global, ordens locais - “Globalização: As consequências humanas”-Bauman, 1999.

No capítulo 5, Bauman exemplifica a questão das conseqüências da desigualdade social advinda da globalização, como a polícia ostensiva que é vista pela classe média como medida de segurança, mas para os desfavorecidos ela é opressora, “ameaçadora força da lei.”p.111, dito eles. O autor no excerto também fala sobre a necessidade da flexibilização do mercado de trabalho e como ele não a atinge devido à má distribuição do poder.

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