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Resenha do livro: Saber ver a arquitetura

Por:   •  30/4/2015  •  Monografia  •  660 Palavras (3 Páginas)  •  1.525 Visualizações

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Resenha dos capítulos: I, II e III do livro Saber Ver a Arquitetura

Em Saber Ver a Arquitetura, o autor Zevi afirma que a arquitetura não passa tanto interesse ao público, como a pintura, música, escultura e literatura. E através da mídia a arquitetura também acaba sendo esquecida, onde não existe uma propaganda adequada para difundir a boa arquitetura.

O desinteresse do público pela arquitetura não pode, contudo, ser considerado como fatal e inerente à natureza humana, ou seja a produção de edifícios.

Os arqueólogos dignos de toda a admiração no campo filológico difiicilmente se elevam a esse plano de reevocação sintética que tem eco sugestionador  no público. Os arquitetos profissionais que, para suportarem os problemas da arte de edificar contemporânea, sentem uma profunda paixão pela arquitetura no sentido vivo da palavra, a cultura dos arquitetos modernos está frequentemente ligada à sua crônica polêmica.

Segundo o autor o culturalismo de Le Corbusier, este aflorar superficialmente e julgar por impressões as épocas históricas da arquitetura. A arquitetura moderna inclui-se na cultura arquitetônica, propondo sobretudo uma revisão crítica desta mesma cultura. É significativo que nas revistas de artes figurativas a arquitetura seja frequentemente estudada, e consiste no fato de os edifícios serem apreciados como se fossem esculturas e pinturas.

A ignorância da arquitetura e o desinteresse pela arquitetura, é talvez a carência de uma interpretação clara e valida da arquitetura que determina este desinteresse.

A presente contribuição não constitui, por isso, uma nova descoberta, mas quer simplesmente compendiar e esclarecer  os resultados críticos mais recentes, os quais pressupõem todo o imenso trabalho desenvolvido pelos estudiosos precedentes, e colhem o que, com inteligência e tenacidade, foi por eles semeado.

No capítulo II, “O espaço, protagonista da arquitetura” refere-se a falta de uma boa história da arquitetura que provém da desabituação da maior parte dos homens de entenderem o espaço e o insucesso dos historiadores e dos críticos da arquitetura na aplicação e difusão de um método coerente para o estudo espacial dos edifícios.

A planta de um edifício não é, efetivamente, mais do que uma projeção abstrata em plano horizontal de todas as suas paredes, uma realidade que ninguém vê a não ser no papel, cuja única justificação depende da necessidade de medir, para os operários que devem executar materialmente o trabalho, as distâncias entre os vários elementos da construção. Mas a arquitetura não provém de um conjunto de larguras, comprimentos e alturas dos elementos construtivos que contêm o espaço interior em que os homens andam e vivem.

Para iniciar-se no estudo da arquitetura deve, antes de mais nada, compreender que uma planta pode ser abstratamente bela no papel, quatro fachadas podem parecer bem estudadas pelo equilíbrio dos cheios e dos vazios, dos relevos e das reentrâncias, o volume do conjunto pode ser  mesmo proporcionado, e no entanto o edifício ser arquiteturalmente pobre.

A descoberta da perspectiva, isto é, da representação gráfica das três dimensões, altura, profundidade e largura, podia fazer acreditar aos artistas dos séculos XV que possuíam finalmente as dimensões da arquitetura e o método de as representar. A quarta dimensão é suficiente para definir o volume arquitetônico, isto é, a caixa mural que encerra o espaço, mas o espaço em si e a essência da arquitetura trancende os limites da quarta dimensão.

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