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Resumo do Filme por:Aninhanh

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Por:   •  4/6/2013  •  Resenha  •  7.886 Palavras (32 Páginas)  •  549 Visualizações

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Resumo do Filme por:Aninhanh

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O documentário “Justiça” representou para mim como é o procedimento da justiça, mostrando o cotidiano da defensoria pública, promotoria, polícia, réus, juízes, familiares e todos os atores jurídicos.

Em sua primeira cena, um cadeirante é acusado de um delito em que não existem provas nem testemunhas, além de policiais que efetuaram sua prisão. Além disso, o mesmo teria pulado um muro para fugir dos policiais. O juiz parece não prestar atenção no réu e nem observar que o mesmo é portador de uma cadeira de rodas, pois o homem tenta explicar que estava o tempo todo em sua cadeira, o que para mim pareceu descaso do profissional. O juiz também demonstra frieza quando o mesmo homem pede para ser transferido para um hospital, já que não há lugar para a sua cadeira de rodas na cela, devido à superlotação e o mesmo tem de se arrastar pela urina e fezes dos outros detentos. O juiz diz não poder fazer nada. Acredito que existam várias audiências em um único dia, porém nada justifica a frieza e descaso com que este julgou aquele homem, sendo o mesmo inocente e deficiente físico.

Chama a atenção o caso de um jovem criado por uma tia cheia de boas intenções, que mesmo com a saúde precária se envolveu com drogas e foi preso aos 18 anos portando drogas. Foi julgado e condenado a cumprir pena de serviço à comunidade, mas fica claro o despreparo do Estado, pois o jovem é liberado à noite com a saúde claramente abalada sem nenhuma orientação de acompanhamento. Não havia ninguém à sua espera e o rapaz pega um ônibus, não sabe-se com que dinheiro, parecendo sem rumo. Também me pergunto se ele compreendeu a pena que iria cumprir, pois lhe é perguntado se gostaria de recorrer, o mesmo não responde, assina um documento e sai. Será que ele está “recuperado” ou irá voltar a cometer delitos?

Nas audiências apresentadas foi interessante observar que a maioria dos réus estava mentindo para tentar fugir de sua pena. Já tendo sido presos, não apresentavam preocupação com a conseqüência de suas atitudes. Parecendo estarem envolvidos no crime como uma necessidade de sobrevivência e em alguns casos como a única alternativa ou porque não dizer saída para suas vidas.

As cenas da penitenciária são bastante fortes, mostrando um “depósito de pessoas”, com mínimas condições de higiene e espaço físico. As visitas ficam em pé, umas ao lado das outras, sem qualquer privacidade. As esposas e mães, sendo a maioria dentre os visitantes, são revistadas ao entrar, choram e se desesperam ao ver onde está o filho ou marido, implorando para que eles não cometam mais nenhum delito novamente.

Através deste documentário, é possível acompanhar um mundo desconhecido de muitos brasileiros, sendo examinada uma realidade por trás da criminalidade, que se torna amparada pela injustiça social que produz em nossa sociedade o desenvolvimento do crime. O sistema carcerário está lotado de pessoas que não tiveram outra expectativa de vida e foram silenciosamente induzidas à prática do crime. É fato destacado no documentário que a sociedade encarcera todos aqueles que ela não consegue controlar. Isso fica evidente com a superlotação das prisões que em vez de cumprirem seu papel de corrigir ou educar, lançam um tratamento desumano a todos aqueles que ali estão.

O documentário Justiça demonstra a fragilidade do nosso sistema penal e o desinteresse em se desenvolver alternativas que possam, efetivamente, recuperar jovens infratores.

Acredito que antes mesmo de tratar jovens infratores de maneira mais humana, trabalhando para uma construção social mais digna à nossa sociedade, deveriam ser tomadas medidas de prevenção à criminalidade, com melhores condições de educação, saúde e emprego. O que a prisão ensina? Quem comete o delito cumpre sua pena e quando está livre, o que irá fazer? Há alternativas de recuperação para estas pessoas, além das súplicas de uma mãe ou mulher desesperada?

A Psicologia tem muito a contribuir dentro da área jurídica, trabalhando com todos os envolvidos neste processo, pois apresenta justamente uma das ferramentas mais importantes, o estudo da subjetividade humana, acrescentando justamente o que está ausente, a dignidade, o respeito e uma visão menos fria do ser humano, podendo desta forma trabalhar com a prevenção à prática do crime ou novos crimes, bem como outras situações que possam tornar os cidadãos e a sociedade fora de um contexto esperado como o que seria chamado de “normal” ou “padrão”.

Publicado em: 27 março, 2012

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Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2007

Trabalho de Sociologia Jurídica

Professora Ana Paula Miranda

Aluna: Priscylla Castelar de Novaes

Matrícula: 10702195-6

Resenha sobre o documentário Justiça, de Maria Augusta Ramos

O filme Justiça é um documentário gravado quase integralmente no interior do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em que com uma câmera “parada” e observadora expõe o cotidiano dos réus, da defensoria pública, da promotoria, da polícia e dos juízes.

O documentário de Maria Augusta, brasileira radicada na Holanda, consegue mostrar, acompanhando três casos diferentes, a ineficiência no Tribunal de Justiça.

Tendo como sua primeira cena, uma audiência em que um paraplégico é acusado de um delito em que não existem provas nem testemunhas além dos policiais que efetuaram sua prisão e que, além disso, o réu teria pulado um muro para fugir dos policiais, Justiça mostra a verdadeira injustiça chamada Sistema Judiciário Brasileiro.

Julgando cerca de dez audiências por dia, é impossível que um juiz consiga ser eficiente, além da frieza com que julga os processos. Frieza essa, que podemos observar na cena em que o réu, deficiente físico

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