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Resumo por capitulo Eichmann em Jerusalem

Por:   •  24/5/2015  •  Resenha  •  2.074 Palavras (9 Páginas)  •  8.636 Visualizações

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Hannah Arendt, filosofa alemã e judaica, recebeu grande reconhecimento pelo seu livro “As origens do totalitarismo” e a partir deste reconhecimento, ao se oferecer como correspondente da revista “The New Yorker” para o julgamento de Eichmann, obteve imediata aceitação.  A visão da filosofa ao assistir pessoalmente o julgamento, resultou na obra “Eichmann em Jerusalém: Um relato sobre a banalidade do mal” que trata do julgamento de Adolf Otto Eichmann, sequestrado na Argentina e julgado perante um tribunal judeu em Jerusalém, devido aos seus crimes com a humanidade durante a Alemanha nazista. Enquanto que a maioria dos espectadores sobre o caso enxergavam o acusado como um “monstro”, Hannah deixou claro em sua obra a sua visão de que se tratava de um medíocre burocrata em que seu maior objetivo era seguir o que lhe era imposto. E logo em sua tese podemos ver o que por ela foi chamado de “banalidade do mal” onde Eichmann e os nazistas em si, renunciaram sua personalidade, que como Eichmann afirmou repetidas vezes somente cumprira ordens, e que praticavam o mal sem qualquer motivo ou razão pessoal. O mal simplesmente era feito seguindo um sistemas e as pessoas nem sequer notavam que ele ainda existia, pois como Hannah mesmo coloca, ele se torna banal. Para estruturar bem seus argumentos Hannah dividiu sem livro em 15 capítulos.

I - Logo em seu primeiro capitulo, titulado de “A casa da justiça” também conhecida como “Beth hamishpath”, Hannah nos descreve a estrutura do local onde ocorreu o julgamento de Adolf Otto Eichmann, com formação de 3 juízes, o promotor com 4 advogados assistentes e o advogado de defesa. Com uma crítica a péssima tradução do idioma hebraico para o acusado. Faz-se aqui uma introdução ao caso, quando o primeiro ministro Ben-Gurion de Israel mandou que raptassem Eichmann para que fosse julgado perante um tribunal de judeus e que a partir desse julgado, pudessem ser encontrados e julgados outros nazistas e quanto a isso se obteve sucesso já que no capitulo nos conta que vários crimes nazistas foram julgados a partir do de  Eichmann.

II - O acusado – Neste capitulo é falado um pouco a respeito de Eichmann e sua vida e sobre seus fracassos nas realizações de suas funções até entrar para a SS(força militar nazista). Hannah enfatiza a posição de Eichmann, que se considera inocente de toda acusação, afirmando que nunca matou uma pessoa, sendo judeu ou não. Sendo assim somente um burocrata que seguia as regras, envolvendo uma questão moral visto que ele sabia que a deportação dos judeus em certo período levaria a morte, mas estava obedecendo as leis vigentes.

III - Um perito na questão Judaica – É narrado aqui a ascensão do acusado, que passou a trabalhar com as questões judaicas pois além de ser um bom burocrata, era entendedor dos assuntos judeus, convertido ao sionismo. Eichmann obteve grande sucesso na questão da “emigração forçada” (aqui os judeus “só” eram expulsos), onde conseguiu emigrar 45 mil judeus em apenas 8 meses, tudo graças a sua criação em que resolvia a questão da emigração no mesmo prédio e mesmo dia, percebendo que a ideia inicial era de deportação e não de extermínio dos judeus.

IV - A primeira solução: expulsão – A escritora aqui relata sobre o que por ela foi chamado de primeira solução na qual consistia na expulsão dos judeus, em que Eichmann estava no comando de deportação em Viena, caso em que ele se vangloriava pois “salvou” milhares de judeus os deportando para fora da Europa.

V - A segunda solução; concentração -  Com o início da guerra a emigração cessou pois não havia mais para onde enviar os judeus, neste capitulo é abordado a questão dos campos de concentração como sendo uma solução para os judeus e com a desculpa de que era uma “administração” e organização por parte do Estado Nazista. Hannah aborda ainda o fato de que Eichmann como um bom sionista já abordado antes, trabalhava em um plano para que os judeus pudessem ter “terra sob seus pés” o “plano Madagascar” o que foi um fracasso por inúmeras razões, mas que serviu de desculpa para ocultar as intenções dos nazistas que era o extermínio total dos judeus, pois os reunia para depois “deporta-los”.

VI - A solução final: Assassinato – Os capítulos IV e V cooperam e culminam de forma importantíssima para esse sexto capitulo onde depois de expulsão e concentração, chegam exatamente onde os nazistas queriam o que veio a se chamar “solução final” onde havia o total extermínio dos judeus, fica claro que esse plano estava esclarecido somente aos altos cargos onde usavam uma linguagem restrita e com códigos sobre o assunto, onde Eichmann foi um dos primeiros de níveis inferiores a saber sobre. Hannah entra aqui com a questão que Eichmann fora enviado para verificação sobre as atividades da solução final, viu os campos de extermínio e se sentia desconfortável com a situação, mas embora não participar diretamente nunca se negou a deixar de fazer o que lhe era mandado mesmo sabendo qual seria o destino final e que o poderia ter feito exigindo transferência, mas não o fez.

VII - A Conferencia de Wannse ou pôncio Pilatos-  Em referência a esta conferência onde homens de alto escalão se reunirão na criação de planos e metas para a perfeita realização da solução final, onde Eichmann era o homem mais mediano presente, sendo somente um “secretario” a serviço. A partir desta conferência foram criadas leis em que tornavam as vítimas apátridas, favorecendo o Estado nazista, pois permitia que confiscassem seus bens e evitaria que outro pais viesse intervir sobre o destino deles.

VIII - Deveres de um cidadão respeitador das leis – Neste capitulo Hannah com indignação relata indícios de que Eichmann possuía noção de seus atos, e que não era somente um burocrata que cumpria regras. Parte da revolta da autora vem da declaração do acusado de que que vivia de acordo com os princípios morais de Kant, do qual ele distorceu segundo Hannah ao falar que esses princípios tinham relação com seguir as regras por mais criminosas que fossem ele só seguia as regras, ela rebate afirmando que Kant nunca defendeu um princípio em que as pessoas seguissem cegamente as leis já que estava ligada a faculdade de juízo do homem, eliminando o primeiro. Hannah relata ainda o fato de que com a derrota alemã próxima, alguns nazistas passaram a “cuidar” dos judeus.

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