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A Escola Austríaco por Soto

Por:   •  19/6/2019  •  Resenha  •  2.524 Palavras (11 Páginas)  •  122 Visualizações

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A Escola Austríaca

Por Jesus Huerta Soto resumido por Ícaro Nogueira Chaves

Capítulo 1

Trata da apresentação dos fundamentos da escola austríaca destacando as principais características em comparação com a abordagem neoclássica. A abordagem do conceito de economia por parte da escola austríaca traz à percepção que nem todos os agentes atuantes no sistema econômico estão de fato buscando a maximização em suas decisões e de fato são basicamente atuantes agindo e provocando efeitos no sistema econômico. As comparações trazem ainda uma percepção apresentada pela escola austríaca de que muitos fatores que até então eram abordados de forma absolutista pela visão neoclássica passam a ser variáveis imperfeitas para uma abordagem mais precisa. A escola austríaca enfatiza que as decisões citadas pelo modelo neoclássico estão sujeitas às ações empresariais bem como à possibilidade de que estas decisões não ocorram ou por outro lado, pode-se criar meios alternativos e não presumíveis às tomadas de decisões consideradas pela escola neoclássica, assim denomina-se a abordagem austríaca como uma análise praxeológica. “A produção não é um fato físico natural e externo, sendo antes, pelo contrário, um fenômeno intelectual e espiritual” (Mises, 1995). A abordagem austríaca aponta como contraditória a abordagem neoclássica ao apontar o empreendedorismo como meramente uma relação de custo benefício com restritos efeitos em seus modelos de equilíbrio estudados e com o agravante de não considerar o erro empresarial em decorrência destes empreendimentos. Dada esta argumentação presume-se que os modelos de equilíbrio apresentados pela abordagem neoclássica não são absolutamente aplicáveis em todos os contextos econômicos, sendo resultantes de um conhecimento de contingente histórico.

Capítulo 2

Dada a importância do empreendedorismo na estruturação do conceito de sociedade pela escola austríaca nota-se a explanação da função empresarial com uma série de níveis de conhecimento fundamentais aplicadas no empreendedorismo, ao qual no âmbito de conhecimento subjetivo, prático e não científico, nota-se a significância de uma associação de conhecimentos não científicos a uma serie de conhecimento científicos para se empreender, considera-se entre estes conhecimentos exclusivos e dispersos, tácito e não articulável que envolve um distinto know-how em torno do que se há de empreender. Além de tratar detalhamentos de conceitos primitivos à iniciação mercadológica, bem como a subjetividade e relatividade de como as informações nesse contexto são transmitidas, e como muitas vezes essas mensagens são tidas como objetivas por parte de quem as recebe. Essa importância é tão crucial que se conclui ao final do capítulo a impossibilidade do cálculo econômico sem a existência da atividade empresarial. E define a sociedade como um processo de ações livres espontâneas e mais diversos interesses por parte de seus agentes criando interações baseadas na troca de informação que resultam em atividades econômico sociais.

Capítulo 3

Sobre Karl Menger:

Inicialmente disserta sobre o contexto histórico da escola austríaca tendo como raiz a cultura espanhola com base em instituições católicas e a ascensão de Menger neste contexto. A partir de Carl Menger determina-se o nascimento da escola austríaca. Princípios de Economia Política foi um livro que trouxe novos parâmetros para época em que foi publicado, através deste Menger deu luz a certas questões até então não abordadas pelos teóricos da época, explicou de forma teórica o surgimento de instituições sociais e as ações humanas em torno deste fenômeno. Menger foi ainda o responsável por contrapor teóricos que rezavam não haver a possibilidade de uma teoria econômica generalizada escrevendo ‘Investigações sobre o método das ciências sociais com especial referência à Economia Política’ como embasamento para tal demonstração.

Capítulo 4

Böhm-Bawerk e a teoria do capital

Tendo como ponto de partida Capital e Juro onde demonstra a teoria subjetiva da dinâmica de preços, apresentou ainda a fundamentação do surgimento do juro em função da preferência temporal também apresentada como lei da preferência temporal, compreensão tida nos dias atuais e não como produtividade marginal do capital. Ao demostrar a subjetividade das ações humanas demonstrou que a dinâmica está sujeita a fatores não absolutos como condições psicológicas ou contextuais do ser humano no sentido de amenizar o mal-estar. Define-se bem de capital como fatores de produção intermediários no sistema de consumo, sendo estes constituídos por recursos naturais, trabalho e tempo. A grande consideração parte de considerar o conceito de capital como o valor de mercado dos bens de capital. E introduz assim o conceito de produto bruto como parâmetro de medida de riqueza entre diferentes sociedades. Observa-se paralelamente ao estudo do dinamismo econômico pela escola austríaca um aprofundamento nas teorias de equilíbrio econômico.

Capítulo 5

Ludwig von Mises e a Concepção Dinâmica do Mercado

Marca o surgimento da teoria monetária com o lançamento do livro A Teoria da Moeda e do Crédito bem como a aplicação do conceito de utilidade marginal nos modelos e teorias estudadas a partir de então. Nota se os primeiros indícios do surgimento do que hoje conhecemos como inflação através da publicação do teorema regressivo da moeda que por sua vez trata da oferta e demanda por moeda. A expansão creditícia em sua época é tida como matéria fundamental para os trabalhos realizados por Mises na teoria do ciclo, fazendo surgir os conceitos de micro e macro na economia aplicando a utilidade marginal da moeda na condução da teoria geral dos preços. Mises prova com o argumento das valorações subjetivas de cada ser humano a insustentabilidade do intervencionismo governamental ao tentar estipular um valor que naturalmente está sujeito a esta subjetividade humana. Além do insucesso na capacidade de reprimir o intercâmbio de informação que materializam e se criam as valorações individuais e não possibilidade do cálculo econômico. Em suma, além de grande ênfase na função empresarial, Mises fundamentou sua teoria na relatividade das e incertezas que cercam a capacidade de tomada de decisão humana em relação ao futuro o que embasa a conclusão de que forçar a economia a

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