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A GLOBALIZAÇÃO, CRISE E INTEGRAÇÃO REGIONAL: UM ENFOQUE DE ECONOMIA POLÍTICA

Por:   •  1/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  5.102 Palavras (21 Páginas)  •  262 Visualizações

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GLOBALIZAÇÃO, CRISE E INTEGRAÇÃO REGIONAL: UM ENFOQUE DE ECONOMIA POLÍTICA Projeto de pesquisa apresentado pela Cátedra e Rede Unesco/Universidade das Nações Unidas sobre Economia Global e Desenvolvimento Sustentável -REGGEN ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA.1. TITULO DO PROJETO“Globalização, crise e integração regional: Um enfoque de Economia Política” 2. INTRODUÇÃO Os processos de globalização desenvolvem-se produzindo cenários mundiais de riscos e oportunidades que afetam fortemente os diversos Estados nacionais. O século XXI iniciou-se apresentando grandes transformações econômicas, políticas, sociais e ideológicas em sua primeira década. Entre os seus principais acontecimentos estão a crise da economia mundial com dimensões de depressão e epicentro nos Estados Unidos; o desgaste ideológico do neoliberalismo e o fortalecimento do capitalismo de Estado; o deslocamento do dinamismo do comércio internacional para o sudeste asiático; a emergência da China como um grande player internacional; o fortalecimento dos BRICS e o esboço de uma nova geopolítica internacional; e a ascensão das esquerdas na América Latina apresentando novas possibilidades da integração regional. No momento histórico em que o Brasil assume responsabilidade crescente no plano internacional é necessária a criação de um programa de reflexão sistemática sobre a economia e política mundial, no qual se insere o projeto da política externa brasileira. Para isto se faz imprescindível a criação de um programa de pesquisa sobre a Economia Política do Mundo Contemporâneo. Compreender as questões da economia política e desenvolvimento globais é um objetivo básico das Nações Unidas, cujo Conselho de Segurança o Brasil busca integrar-se em base permanente. Estes objetivos se materializam, particularmente no Informe Anual sobre a Situação do Mundo, nas Metas de Desenvolvimento do Milênio, no Plano Estratégico da Universidade das Nações Unidas (UNU), da UNESCO e da OIT, assim como em documentos do FMI, Banco Mundial, do do PNUD, PNUMA e vários outros.Torna-se cada vez mais necessário que a formulação de políticas públicas, o planejamento e as ciências sociais incorporem uma reflexão sistemática e um acompanhamento estatístico sobre os fenômenos globais, internacionais e regionais, particularmente em países de dimensão continental, semi-periféricos ou periféricos, com grandes possibilidades de ascensão mundial, como o Brasil. Por esta razão, consideramos extremamente oportuna a realização de uma parceria entre a REGGEN e o IPEA, orgão de importância estratégica para o planejamento econômico no Brasil. Fundada em 1997, por recomendação de uma reunião convocada pela UNESCO e a Universidade das Nações Unidas (UNU), em Helsinque, a REGGEN – Cátedra e Rede UNESCO/Universidade das Nações Unidas sobre Economia Global e Desenvolvimento Sustentável – vem acumulando uma longa expertise sobre o estudo da economia política do mundo contemporâneo e as relações internacionais, voltando-se, particularmente, para os desafios do Sul e dos países periféricos na construção de uma economia global sustentável, capaz de estabelecer padrões de riqueza e poder democratizantes. Isto a diferencia e qualifica suas competências como centro de pesquisa. Sediada no Rio de Janeiro, sob a direção de Theotonio dos Santos, a REGGEN desenvolve atividades de pesquisa e articula uma vasta rede internacional de investigadores e instituições associadas. Em sua atividade vem realizando seminários que reúnem parte significativa desta rede e um conjunto de publicações que reflete o amadurecendo de suas reflexões. 3. OBJETIVOS Desenvolvimento de estudos sobre os seguintes temas de pesquisa: A. Economia Política do Mundo Contemporâneo e a Crise: Dimensões Tecnológicas e Financeiras.a) Quais os determinantes e a dimensão da crise mundial que se iniciou em 2008?b) Que relação há entre a crise e os ciclos econômicos, particulamente, os decenais e os ciclos longos? c) Quais os arranjos organizacionais desenvolvidos para a solução da crise, sua relação com o capitalismo de Estado e seus efeitos ideológicos?d) Que papéis possuem as dimensões tecnológicas, comerciais, e financeiras do capitalismo contemporâneo na crise e nos processos de acumulação que poderão sucedê-la? e) Que cenários para o crescimento econômico podem ser estabelecidos para a próxima década? B. Unipolaridade e Multipolaridade: Novos Desenhos da Geopolítica Internacional e os BRICSa) Quais os efeitos da crise econômica mundial sobre a hegemonia estadunidense e o padrão monetário internacional?b) Está em crise a hegemonia estadunidense ou a unipolaridade que esta assumiu nos anos 1990? c) China, mais próxima ao G-2 e a hegemonia compartilhada com os Estados Unidos ou aos BRICs e G-20? Quais as perspectivas, possibilidades e cenários da ascensão chinesa na economia mundial? Quais os impactos para a América Latina e o Brasil?d) Quais as possibilidades de um novo alinhamento geopolítico internacional através dos BRICs, ou BRICAS, caso se inclua a África do Sul ? C. O Brasil e a Integração Latino-americana: Desafios e Possibilidadesa) Quais as principais forças políticas da América Latina e seus distintos projetos de integração?b) Quais os prováveis cenários econômicos, políticos e sociais para a América Latina na próxima década e como poderão afetar os processos de integração?c) Que papel poderá jogar o Brasil nos processos de integração regional sul-americanos e latino-americana? Quais os custos, oportunidades e desafios brasileiros diante da integração regional? 4. JUSTIFICATIVAPara fundamentar a base de informação e estatística sobre esta realidade mundial, a OCDE está coordenando um projeto global para medição do progresso das sociedades, que se articula com a comissão com o mesmo objetivo sob iniciativa do governo francês. Nesse contexto, a atividade da UNESCO, através de suas cátedras, como a REGGEN[1], é cada vez mais importante ao proporcionar um ambiente de aprofundamento do debate acadêmico, teórico e prático entre instituições de pesquisa e educação dos vários continentes. As iniciativas destas organizações internacionais vêm reforçar as bases estatísticas e empíricas dos estudos sobre a economia política da globalização. Para produzir um conhecimento sistemático da evolução da economia e política mundial faz-se necessário estabelecer uma articulação com estas iniciativas, que o REGGEN vem desenvolvendo há muito tempo.O processo de globalização da economia e política mundiais é baseado na revolução científico-técnica que teve início nos anos 1940 e que, submeteu progressivamente o processo de produção ao desenvolvimento científico, introduzindo a pesquisa e o desenvolvimento no coração mesmo do processo econômico.

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