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A Participação do Idoso no Mercado de Trabalho Brasileiro

Por:   •  18/1/2016  •  Artigo  •  3.795 Palavras (16 Páginas)  •  1.009 Visualizações

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A PARTICIPAÇÃO DO IDOSO NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO: UM ESTUDO DE 2000 A 2013

Beatriz da Silva Pereira[1]

Ícaro de Mendonça Jucá[2]

Matheus Sensine da Costa Pinto[3]

Enimar Jerônimo Wendhausen[4]

Resumo

O seguinte estudo tem como objetivo fazer uma análise a cerca da participação do idoso no mercado de trabalho brasileiro no período compreendido entre os anos 2000 e 2013. Para tal abordagem do tema foram definidos os seguintes objetivos específicos: a) Apresentar o perfil da população idosa do Brasil que participou da População Economicamente Ativa (PEA) durante o período de 2000 a 2013 e a porcentagem de ocupação da mesma durante o período delimitado; b) Apresentar o potencial dessa mão de obra para o mercado de trabalho.

A presente análise é classificada quanto aos seus objetivos como sendo descritiva e quanto aos procedimentos, bibliográfica e documental. Ao analisar tal parcela do mercado de trabalho brasileiro, percebe-se que a mesma durante os treze anos analisados apresentou continuamente tendência de crescimento. Dados os fatores que justificam esse crescimento, conclui-se que a mesma tende a manter essa tendência. São cada vez mais notáveis os benefícios e o potencial que a mão de obra idosa possui. Alguns empregadores enxergando isso já começaram a investir na contratação de profissionais que estão na terceira idade.

Palavras-chave: Idoso, Mercado de Trabalho, Mão de Obra

Introdução

O envelhecimento da população mundial é um fenômeno que ocorre devido à combinação entre a diminuição da taxa de fertilidade e a maior longevidade de muitas pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2050, um quinto da população do planeta será composta por idosos. Em relação ao Brasil, de acordo com a OMS, a população de idosos será de 70 milhões daqui a 35 anos, frente aos 26 milhões que foram registrados em 2013.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são classificados como idosas as pessoas a partir dos 60 anos de idade. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013, os idosos representam aproximadamente 13% da população brasileira. No ano 2000, segundo o censo realizado, os idosos representavam apenas 8,5% da população brasileira.

O aumento da quantidade de idosos no Brasil é um fenômeno cercado de questionamentos devido aos problemas sociais que assolam o país e aos efeitos que tal realidade ocasiona na economia. Diante de um cenário no qual a proporção de idosos na população do Brasil aumenta com o passar dos anos, justifica-se a pesquisa por questionar e reconhecer a relevância que o idoso tem na realidade econômica do país.

O idoso enquanto agente econômico é alvo cada vez maior de estudo, pois o mesmo possui características próprias. Há uma tendência cada vez maior que idosos aposentados retornem ao mercado de trabalho ou mesmo adiem a aposentadoria por diversos motivos. Entender o papel do idoso na economia é uma questão que envolve não apenas a realidade presente, mas também se constitui em uma projeção da economia devido ao envelhecimento da população.

O presente estudo tem como objetivo geral apresentar um panorama acerca da participação do idoso no mercado de trabalho brasileiro entre 2000 e 2013. E como objetivos específicos: a) Apresentar o perfil da população idosa do Brasil que participou da População Economicamente Ativa (PEA) durante o período de 2000 a 2013 e a porcentagem de ocupação da mesma durante o período delimitado; b) Apresentar o potencial dessa mão de obra para o mercado de trabalho.

Tal análise é classificada quanto aos seus objetivos como sendo descritiva e quanto aos procedimentos, bibliográfica e documental. Para a elaboração deste estudo, utilizaram-se literaturas relativas ao tema terceira idade, artigos científicos sobre economia e idoso além de relatórios do IBGE sobre os Censos dos anos 2000 e 2010 juntamente com relatórios sobre as PNADS dos anos 2001 a 2009 e 2011 a 2013.

É importante destacar que o Censo tem periodicidade de dez anos e se constitui numa pesquisa aprofundada que abrange uma quantidade expressiva da população do país, ao passo que a PNAD tem periodicidade anual e utiliza amostra de domicílios.

Do ponto de vista estrutural, este artigo se divide em duas seções. A primeira traz um panorama a cerca da população a partir dos 60 anos. Expõe informações dos mesmos quanto ao gênero, motivos que levaram os mesmos a entrarem ou continuarem no mercado de trabalho e principais ocupações.

A segunda parte deste trabalho aborda características específicas da mão de obra idosa, as quais se constituem o grande potencial da mesma. É feita uma abordagem a cerca dos principais elementos que fazem da mão de obra idosa uma ferramenta importante e útil.

  1. Perfil dos idosos brasileiros

Segundo o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano 2000, a população brasileira tinha aproximadamente 170 milhões de habitantes, dos quais 14,5 milhões eram idosos. Tal quantidade de pessoas com 60 anos ou mais, representava algo em torno de 8,5 % do total da população brasileira.

Em torno de 13 anos decorridos, a população brasileira aumentou expressivamente atingindo a cifra de 201,5 milhões de habitantes segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2013. O fato de destaque é que não só a população idosa cresceu, mas também aumentou sua participação no total da população, atingindo os 13%.

Tabela 1 – População brasileira e população idosa brasileira de 2000 a 2013

Ano

População de idosos

População brasileira

% do total

2000

14.536.029

169.799.170

8,560718524

2001

15.332.772

169.369.557

9,052850035

2002

16.022.231

171.667.536

9,333291182

2003

16.732.547

173.966.052

9,618282882

2004

17.662.715

182.060.108

9,70158438

2005

18.193.915

184.388.620

9,867157203

2006

19.077.000

187.228.000

10,18918111

2007

19.955.000

189.820.000

10,51259088

2008

21.039.000

189.953.000

11,07589772

2009

21.736.000

191.796.000

11,33287451

2010

 20 590 597

 190 755 799

10,79421811

2011

23.536.000

195.242.800

12,0547339

2012

25.218.270

199.688.907

12,62877862

2013

26.279.000

 201 467 084

13,04381812

Fonte: Elaboração dos autores com base nos Censos 2000 e 2010 e PNADS de 2001 a 2009 e 2011 a 2013

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