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Fichamento - O Príncipe de Maquiavel

Por:   •  26/4/2019  •  Resenha  •  2.824 Palavras (12 Páginas)  •  263 Visualizações

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

THAYNÁ GUEDES CAVALCANTE

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Prof. Dr. RAMATIS JACINO

                                     

São Bernardo do Campo

   2018

INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

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Maquiavel, Nicolau (1469-1527)

O Príncipe

São Paulo, SP: Martin Claret, 2012.

176 páginas, série A obra-prima de cada autor.

CAPÍTULO I

QUOT SINT GENERA PRINCIPATUUM ET QUIBUS MODIS ACQUIRANTUR

No capítulo introdutório do livro, Nicolau aponta como os Estados são divididos: entre republicas e principados; podendo o último ser hereditário - quando há uma linhagem de governantes da mesma família -, cuja posse se dá pelo uso de armas (alheias ou próprias), pela fortuna (considerada condição externa) ou por mérito de ação própria.

CAPÍTULO II

DE PRINCIPATIBUS HEREDITARIIS

Aqui vemos um aprofundamento quanto à configuração dos principados hereditários, que são considerados de maior facilidade preservativa - contanto que o Príncipe não tenha vícios que o façam mal visto -, a tendência é que o povo sempre simpatize com ele e que possíveis conquistadores não durem muito tempo em seu lugar.

CAPÍTULO III

DE PRINCIPATIBUS MIXTIS

Dos novos territórios, que geralmente surgem do desmembramento de um estado maior (misto), o filósofo explica que enfrentam maiores dificuldades em sua estabilização, pois há a crença que a substituição do governante possa solucionar os problemas, ainda que isso se comprove uma ilusão. Contudo, se aplicadas estratégias facilitadoras a conquista como a mudança do governante para o local; exercício da relação de soberania perante os Estados vizinhos fracos e oposição aos fortes e mantimento da cultura antes lá estabelecida, surgirá simpatia pelo novo chefe de estado.

CAPÍTULO IV

CUR DARII REGNUM QUOD ALEXANDER OCCUPAVERAT A SUCCESSORIBUS SUIS POST ALEXANDRI MORTEM NON DEFECIT

São consideradas duas formas de governo: uma na qual o Príncipe é soberano (com resistência a tomada do poder por estrangeiros, pois todo o povo é fiel à imagem do monarca); outra onde existe uma camada de barões que, por possuírem seus próprios senhorios e súditos, limitam a influência do imperador. Assim, a dificuldade ou facilidade na manutenção de um governo pode não depender somente da virtude do conquistador, mas também da natureza dos conquistados.

CAPÍTULO V

QUOMODO ADMINISTRANDAE SUNT CIVITATES VEL PRINCIPATUS, QUI ANTEQUAM OCCUPARENTUR, SUIS LEGIBUS VIVEBANT

Quando um povo - habituado a viver em liberdade e de acordo com suas leis -, é submisso, são elencadas três possibilidades de impor uma nova ordem: a destruição completa das estruturas; mudança da morada do dirigente para o território; ou estabelecimento de uma oligarquia que mantenha o arranjo local. Ao dar exemplos históricos, nos quais a tentativa de manter alguma forma do Estado anterior resultou em rebeliões, o escritor aponta que a melhor maneira de dominação é a devastação.

CAPÍTULO VI

DE PRINCIPATIBUS NOVIS QUI ARMIS PROPRIIS ET VIRTUTE ACQUIRUNTUR

Para que haja formação de um novo principado, deve ocorrer o alinhamento entre as condições materiais (dadas pela fortuna, sorte) e virtudes desse novo soberano; sendo que, quanto mais competente, menor será a dependência da riqueza e manter a vitória tornar-se-á capaz – ainda que o triunfo, em si, seja trabalhoso. Maquiavel cita personagens que conseguiram a posição por mérito e assinala a importância de alcançar o poder por armas próprias, garantindo sua posterior estabilidade.

CAPÍTULO VII

DE PRINCIPATIBUS NOVIS QUI ALIENIS ARMIS ET FORTUNA ACQUIRUNTUR

Sendo um homem elevado a príncipe por uma condição do acaso, pode-se prever obstáculos na manutenção de seu governo (já que as raízes ainda não estarão sólidas para suportar eventuais tormentas). Entretanto, há casos em que, somente a virtude seria necessária para manter o Estado adquirido. Cesar Borgia, por exemplo, percebendo sua instabilidade, conquistava simpatia de possíveis opositores; elegia administradores para suas províncias; mas não hesitava em assassinar aliados caso julgasse conveniente. Soube manter o controle, enquanto os fatores o permitiram.

CAPÍTULO VIII

DE HIS QUI PER SCELERA AD PRINCIPATUM PERVENERE

 Tratando-se da obtenção de sociedades via crime, é relatado o caso de Agátocles Siciliano: por conta de sua atuação como miliciano, marcou uma reunião com os senadores e lideranças da cidade para matá-los e tomar o poder somente para si. O uso de crueldades e traições para tomar o governo é analisado pelo literato como uma prática pouco digna. No entanto, fala que é possível considerar “proveitosa” uma atrocidade que seja feita somente uma vez, com o intuito de conquistar o principado, mas que depois garanta um bom governo.

CAPÍTULO IX

DE PRINCIPATU CIVILI

Sendo as eleições viáveis, o poeta considera que o apoio popular, nesta situação, é valioso para administração; uma vez que o assentimento dos poderosos pode ocorrer mediante interesses próprios, que eventualmente vão contrariar próprio governante. Para manter essa unidade com o povo é importante que o príncipe gerencie pessoalmente, não por meio de magistrados que, em tempos difíceis, podem tomar-lhe o posto.

CAPÍTULO X

QUOMODO OMNIUM PRINCIPATUUM VIRES PERPENDI DEBEANT

Só podem ser considerados autônomos para se defender, principados que possuem dinheiro e homens o suficiente para levar um exército a uma batalha campal. Já aqueles que necessitam defender-se atrás de suas muralhas são considerados dependentes. Uma cidade fortificada, com boa relação soberano-súdito, entretanto, pode possuir uma defesa que desencoraja ataques e invasões inimigas.

CAPÍTULO XI

DE PRINCIPATIBUS ECLESIASTICIS

Estados comandados pela Igreja são descritos, pelo autor, como os mais seguros e felizes de todos; o poder temporal da Igreja, no entanto, estabeleceu-se mais firmemente a partir do papado de Alexandre. A Itália seguia a “política de equilíbrio”, na qual os domínios eram divididos entre Papa, o Rei de Nápoles, Duque de Milão, venezianos e florentinos. Com a invasão francesa, Alexandre VI encarregou seu filho César Bórgia – como já relatado anteriormente – de tomar posse de todo o território. O resultado disso, após a morte do Papa e de seu filho, foi uma concentração de poder temporal nas mãos da Igreja, mantida pelos papas subsequentes.

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