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Fiori - Estados e Moedas - Industrialização da Alemanha

Por:   •  13/4/2020  •  Resenha  •  469 Palavras (2 Páginas)  •  109 Visualizações

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Fichamento: FIORI – Estados e Moedas

Alemanha

Antecedentes

A Alemanha antes de sua unificação era composta por uma gama de 39 estados, nos quais a Prússia se destacava por sua força. O Cameralismo, fusão entre todas as esferas em torno do Estado era o que predominava nessa época, com a idéia de centralização e racionalidade por meio do aparelhamento institucional com intuito de sua proteção e orientação da economia e de suas fronteiras. Assim, o progresso industrial tinha como base o interesse do Estado.

As produções de ferro, chumbo, prata e zinco eram as principais formas de organização da produção industrial regida pelo Estado. Com o intuito da proteção, a Zollverein é imposta como principal maneira de protecionismo dentro dos estados germânicos, tendo uma diminuição significativa nas taxas aduaneiras entre os estados que compunham o que viria a se tornar a Alemanha.

Outro fator relevante para o desenvolvimento da Alemanha foi a expansão das malhas ferroviárias o que facilitava a escoação da produção dentro dos estados germânicos. No campo militar, soma-se a unificação alemã na década de 1870 fazendo com que o progresso industrial alemão faça a Alemanha se tornar uma potência até 1914.

As principais diferenças relacionadas à industrialização na Inglaterra são: forte evolução no campo da educação, ou seja, progresso baseado na ciência com a técnica mais avançada do que na primeira revolução na Inglaterra. Sociedades anônimas com grandes proprietários, ao contrário do pequeno e médio produtor inglês. Produção pesada com escoamento através de ferrovias, com ferro, aço, carvão e químicos como principais produtos, ao contrário dos produtos simples manufaturados da Inglaterra. Industrialização financiada pelos grandes bancos e pelo Estado, ou seja, com aporte financeiro bastante superior ao aporte na Inglaterra, feito por pequenos industriais. Ainda relacionada a presença do Estado, a formação e permissão dos cartéis para fixação de preços. Uma industrialização planejada. Ao contrário da Inglaterra, que possui muitas colônias, a Alemanha não as tinha, portanto foi necessária uma política imperialista para expansão de seus mercados consumidores e exploração. E, por fim, uma revolução feita pela via Prussiana, ou seja, podemos considerar uma revolução com apoio do Estado e não contra ele.

Soma-se a esses fatores a figura de um líder militar poderoso, Bismark, indicando uma combinação de conservadorismo, “revolução” não contra o Estado, capitalismo organizado e Estado nacional-imperial-militarista. Tais fatores, geraram crises de hiperinflação na Alemanha, principalmente com a derrota da Primeira Guerra Mundial. As economias protecionistas da época apenas pioraram o cenário alemão, trazendo um governo nacionalista nos anos seguintes, eclodindo na segunda grande guerra e trazendo um cenário econômico de crise tão grave quanto o anterior.

No pós-guerra, com intuito de se distanciar do liberalismo americano e do socialismo russo, a Alemanha se reergue com uma “competição administrável”, um apropriado papel de intervenção do Estado na economia, com políticas de estabilização, trazendo uma sustentabilidade e uma política de bem estar.

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