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RESENHA - POLANYI

Por:   •  12/3/2017  •  Resenha  •  1.717 Palavras (7 Páginas)  •  518 Visualizações

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INTRODUÇÃO

“A subsistência do homem e seus ensaios correlatos” do autor Karl Polanyi, explica a Falácia economicista, que crítica o fato do processo econômico ser reduzido ao âmbito do mercado, transformando o homem em mercadoria, o que é necessária para a estrutura da economia, transformando sua necessidade apenas em materiais, excluindo grande parte da história humana, um erro ao desconsiderar as outras variáveis tais como a religiosa, politica, entre outras. Apresenta também que o mecanismo de oferta e demanda relacionado com preço é uma instituição moderna e possui uma estrutura especifica.

RESENHA

Polanyi apresenta em seu livro, o contexto histórico do surgimento do sistema econômico. Em primeiro momento os preços flutuantes eram desconhecidos, e não constituía um sistema próprio, o nascimento deste sistema resultou na expansão do comércio. Antes somente os mercadores e banqueiros utilizavam moeda, mas sua ótica era manter os preços fixos (Polanyi,p.49, 2012) . Foi necessário um desenvolvimento institucional para que a economia se desenvolvesse com a inserção do comércio na vida cotidiana, havendo assim uma inserção do comercio exterior no mercado, realizando uma flutuação dos preços para também com fatores de produção, trabalho e terra. O que em um mercado competitivo fez com que os preços fossem independentes. A implantação da economia de mercado, foi necessário para que a estrutura da sociedade fosse organizada por esse.

    Inicialmente havia uma ligeira expansão do mercado e ocorreu uma transformação economicista em que esse se tornou autorregulado. O ponto crucial foi a metamorfose do trabalho e terra em mercadorias com seus devidos preços sendo acrescentados no modelo de oferta-procura em seu mercado próprio. Obteve-se uma determinação por motivações materiais, ignorando todas as outras, como religiosas, politicas e outras determinadas em grupos específicos, importantes na manutenção na sociedade humana. No século XIX, a motivação era dada apenas pelo medo da fome para o trabalhador e o lucro para os empresários, demarcando as classes sociais, onde que o prestigio (posição social) era dado de acordo com a sua renda, afetando instituições como o estado, casamento e até mesmo a criação dos filhos. Tudo tinha que se ajustar ao mercado, transfigurando a estrutura econômica em sociedade real.

    A ação racional consiste na relação entre os meios e fins e em termos econômicos, os meios são escassos, mas a imprecisão é  por qual critério esse meios seriam escolhidos, considerando apenas a motivação material para o homem, excluindo suas motivações e desejos. Considerando-se apenas a renda como meio, subsistindo dois tipos de racionalidade; a antítese da estética (escolher entre o simples e o complexo) e antítese da magia, exemplificando, escolher entre um curandeiro e um médico. A variante econômica insere em todas as relações de meios e fins, a escassez, considerando que o indivíduo é racional em termos econômicos por toda a vida, desconsiderando sua personalidade e sua história. Houve um preenchimento da lacuna introduzindo harmonia e conflito nas relações entre indivíduos. Essa relação foi descendente do racionalismo politico, foi tão irrealista quando seu antecessor, através da omissão da essência das instituições politicas e fatos históricos.

   Esses perderam os princípios que regiam a sociedade era a justiça e a liberdade, sua força no inicio da organização mercantil, considerando justa a riqueza do homem nascida no mercado. Solipsismo pode ser chamado de uma característica do mercado, onde a ação econômica é dada como natural pelos indivíduos, recusando a função do Estado, que era manter a lei e uma economia livre. Polanyi apresenta que antes da existência do mercado, os homens realizavam permutas, no surgimento do comercio o dinheiro originou através do escambo. Ignorando totalmente se ela tivesse nascido em outro contexto onde não teria o mercado de oferta e demanda, desconsiderando a politica, citado no livro de Cobden “sistemas industriais versus sistemas militares”, surtindo um efeito de depreciação, exceto a econômica na histografia. Sua absorção foi tão grande, que é impossível interdepender as matérias sociais da economia.

   Para esclarecer a importância da economia na sociedade, deve-se iniciar pelo termo econômico, que possui duas definições, o formal, que estabelece as relações meios fins, vulgarmente “conseguir algo abaixo do preço”. E a substantiva, que significa que os seres humanos não existem sem um meio físico que os sustente. O conceito atual de Econômico considera as duas definições, ora considera a conotação por escassez, ora por conotação substantiva. Se a satisfação das necessidades depende de objetos materiais, o econômico se refere apenas ao processo para satisfazer a necessidade material. Já a subsistência humana é estudada pela economia no sentindo substantivo. Por outro lado, a Falácia economicista consiste numa tendência a identificar a economia humana em sua forma de mercado, ocorrendo um monopólio do termo econômico, ocultando outros fatores culturais.

A economia neoclássica estabeleceu-se sobre a premissa de Carl Menger, em que a economia cuidava da alocação dos meios insuficientes para prover o sustento do homem, demonstrando que a ação racional ocupava um local elevado entre as realizações humanas. Mais tarde o autor introduziu o estudo sobre as sociedades primitivas, revelando que o ser humano poderia produzir entre outras tantas variáveis além do objetivo da lucratividade. Menger definiu duas vertentes: A economizadora, proveniente da insuficiência de meios e a a orientação “tecnoeconômica”, sobre a necessidade de meios de produção independente da suficiência ou suficiência dos meios. Graças a ele, o novo significado de economizador foi instaurado e o mais antigo, em que a necessidade material não estava ligada a escassez, foi esquecido.

 A economia tem por objetivo atos de escolha ou insuficiência dos meios,  quando acabam antes de chegar ao fim, ou quando é inconveniente ou fisicamente impossível, mas não deve-se considerar apenas a insuficiência, é preciso ver quais os fatores além desses fez com que ocorresse essa escassez. A obtenção do uso racional dos meios insuficientes pode ser usado para outras áreas além da economia, por exemplo, é um advogado ao reunir provas para defender algum réu, segundo Polanyi.

Ao aceitar apenas que a escassez é o único que representa o termo econômico, as ciências sociais são impedidas de adentrar na economia. Sendo necessário voltar ao significado substantivo. A economia, é um processo instituído de interações cujo objetivo é satisfazer as necessidades materiais, base em todas as sociedades, base do conceito de economia humana como um processo de interação cuja função é suprir a sociedade com recurso materiais para suas necessidades ilimitadas. Esta interação é o resultado material em termo de sobrevivência. O homem ao realizar o trabalho e a produção, alcança o avanço ordenado de todos os meios materiais para a etapa de consumo dos meios de subsistência, juntos completam o processo de economia cuja função é suprir os recursos materiais dos quais a sociedade necessita.

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