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RESENHA POLITICAS PUBLICAS

Por:   •  24/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  6.003 Palavras (25 Páginas)  •  179 Visualizações

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Revisão sistemática é tipo de pesquisa secundária que se baseia na literatura. 

Aplica métodos sistemáticos, transparentes e reprodutíveis. 

Outros grupos podem repetir os métodos aplicados na revisão sistemática e encontrar os mesmos resultados. 

Esse tipo de pesquisa visa sumarizar as pesquisas prévias, sejam elas, estudos primários ou revisões sistemáticas. 

Neste caso, trata-se de um 'Overview' de revisões; uma revisão de revisões sistemáticas. 

A revisão sistemática é norteada por uma pergunta bem estruturada e a responde de forma objetiva. 

Deve considerar, também, a qualidade da evidência na resposta dessa pergunta. 

Um único estudo pode resumir de forma objetiva a totalidade da evidência sobre determinada questão. 

É particularmente útil na área clínica e na gestão. 

As revisões sistematicas são a base para a elaboração dos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas do sistema único de saúde, que norteiam o cuidado dos pacientes no sistema único. 

Na área de pesquisa, as revisões podem apontar onde há lacunas de conhecimento que precisamos investigar; direcionando, então, a utilização de recursos para áreas em que são prioritárias a investigação científica. Por ser uma pesquisa secundária, a revisão sistemática depende da disponibilidade de estudos prévios. 

É possível que uma revisão sistemática bem executada proporcione uma evidência de qualidade baixa. 

Quando não há pesquisas prévias, duas estratégias principais precisam ser verificadas. 

Avaliar se seria o caso de fazer o estudo primário, já que não há nenhum estudo sobre isso e não tem cabimento fazer uma revisão sistemática. 

E, também, confirmar se a pergunta de pesquisa está bem elaborada e se ela é factível; ou se essa própria pergunta de pesquisa está excluindo estudos potenciais que responderiam a essa dúvida. 

A revisão sistemática é método poderoso e que nos ajuda a responder perguntas importantes na área científica.

Existem outras formas de se elaborar sínteses da literatura científica. 

Como as revisões narrativas ou tradicionais, as integrativas, as de escopo e as de mapeamento. 

As revisões narrativas fazem parte do cotidiano de todos os pesquisadores,  pois todas as vezes que vamos iniciar um novo projeto, escrevemos uma introdução. 

E nessa introdução, damos foco nos resultados já publicados na literatura sobre aquele tema. 

A idéia é elucidar o que já foi pesquisado, os avanços e, também, destacar as lacunas, que justificariam a condução de novo estudo. 

Quase nenhuma importância é dada aos métodos, diferente das revisões sistemáticas, que dão grande importância a esse item das pesquisas. 

Depende, então, muito mais do conhecimento prévio, do autor, do que o que foi realmente produzido sobre aquela temática. 

Já a revisão integrativa busca entender a base teórica, ou empírica, da literatura relacionada a determinado fenômeno, ou cuidado em saúde. 

A idéia é buscar entendimento mais profundo. 

Ela tem como objetivo contribuir para a prática em saúde, mas também para a ciência. 

A combinação de estudos experimentais e não experimentais, é totalmente possível nas revisões integrativas, porque as homogeneidades dos métodos não é critério pré-estabelecido. 

Já a revisão de escopo é uma abordagem muito útil para sintetizar as evidências e categorizar, ou agrupar a literatura existente sobre tema, ou um campo, termos de sua natureza. 

Quais são as características, as áreas de conhecimento e o volume de produção. 

Ela pode ser muito interessante para aqueles temas que ainda foram pouco pesquisados na literatura; e há poucas revisões sobre esse tema. 

Não há uma preocupação muito grande com a qualidade das evidências que são descritas, pois não se restringem a uma questão específica, e não há, necessariamente, a intenção de se fazer uma recomendação para a prática. 

Já a revisão de mapeamento, ou a "Maping Review", busca fazer mais uma síntese visual e menos narrativa dos resultados. 

Ela é baseada uma questão mais específica, diferente da revisão de escopo.

Uma pesquisa que resume outras pesquisas

Essa é uma definição simples do que seria o delineamento epidemiológico que estudaremos neste curso. Essa síntese é sistemática e sofre - em tese - menos influência das opiniões do pesquisador que a elaborou, pois segue procedimentos padronizados e transparentes. E com um único estudo podemos ter contato com tudo o que se sabe daquele assunto. Para quem elabora, trata-se de pesquisa publicável e é considerada artigo original pela maioria das revistas.¹ Quem utiliza a revisão sistemática se beneficia ao entrar em contato com uma pesquisa menos sujeita a vieses e que pode apresentar estimativas mais próximas da verdade.

Neste curso, enfatizaremos como utilizar a revisão sistemática e os pressupostos para elaborar esse tipo de pesquisa. Também daremos ênfase para a área da saúde, onde essas revisões são largamente utilizadas e os métodos para revisão sistemática estão em constante desenvolvimento. Existem muitos materiais metodológicos de grande utilidade que são disponíveis, destacamos o manual da Cochrane² e do Centro de Revisões da Universidade de York³, além das diretrizes metodológicas elaboradas pelo Ministério da Saúde. Esses recursos em português padronizam os métodos adotados para condução dessas pesquisas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e estão disponíveis no site da Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (REBRATS) e da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC).

Etapas de uma revisão sistemática

Para que uma pesquisa seja considerada revisão sistemática, as seguintes etapas básicas devem ser realizadas:

  1. pergunta de pesquisa
  2. estratégia de busca
  3. busca na literatura
  4. seleção dos estudos
  5. extração dos dados
  6. avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos
  7. síntese dos dados
  8. avaliação da qualidade das evidências
  9. redação e publicação dos resultados

Ao longo deste curso, nos aprofundaremos sobre cada uma dessas etapas. Dicas para elaboradores e recursos adicionais também serão apresentados. Por ora, essa série de artigos sobre as etapas para elaboração de revisões sistemáticas publicada na revista Epidemiologia e Serviços de Saúde pode esclarecer um pouco mais esses processos, com a vantagem de ser um recurso em português.

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