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RIQUEZA DAS NAÇÕES ADAM SMITH RESENHA (CAP. 1-6)

Por:   •  5/4/2019  •  Resenha  •  3.523 Palavras (15 Páginas)  •  407 Visualizações

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Universidade Federal de Rio Grande- FURG[pic 1]

Engenharia Civil

Professora: Marcia Regina Godoy

RIQUEZA DAS NAÇÕES- ADAM SMITH

RESENHA (CAP. 1-6)

Gabriel Souza Aguiar - 110472

Rio Grande- RS

2019

CAPITULO 1- A divisão do trabalho

      O livro se inicia dando a constatação de que qualidades como maior aprimoramento das forças produtivas do trabalho, e a maior parte da habilidade, destreza e o bom senso necessários para uma função bem executada podem ter advindo da divisão do trabalho.

      Em seguida o autor afirma que a forma mais fácil de compreendermos as consequências da divisão do trabalho na economia geral da sociedade é analisando as formas específicas de manufatura. Nas pequenas manufaturas, as quais estão responsabilizadas de atender menor demanda e necessitam de baixo número de trabalhadores, os empregados em cada setor de trabalho muitas vezes podem ser reunidos no mesmo local e colocados imediatamente sob a perspectiva do espectador, apesar da suposição de que a divisão atinge seu maior grau nesse tipo de manufatura.

      Entretanto, o livro descreve que as grandes manufaturas, que estão destinadas a suprir as maiores necessidades de todo o povo, possuem um número de empregados tão superior que seria impossível reunir todos no mesmo local de trabalho, portanto, raramente somos capazes de observar mais do que trabalhadores executando seus serviços em um único setor de trabalho. No entanto, a divisão do trabalho pode ser dada em um número de partes mais quantitativo do que nas manufaturas menores, visto que ela vem sendo menos observada, por não estar tão descarada.

      Por conseguinte, temos como exemplificado um tipo de manufatura bastante pequena, onde a divisão do trabalho é bastante notável: uma fábrica de alfinetes. Um trabalhador desqualificado, que não possua familiarização com as máquinas, mesmo empenhando máximo esforço, dificilmente conseguia produzir mais de um produto por dia. Todavia, se este serviço fosse executado de forma dividida em uma série de setores, na qual a maior parte também constituísse provavelmente um ofício especial, os trabalhadores, embora não fossem muito hábeis, e, portanto não estivessem particularmente treinados para o uso das máquinas, conseguiam, quando se esforçavam, fabricar em maior quantidade do que se estivessem trabalhando individualmente. Em qualquer outro tipo de ofício ou manufatura os resultados seriam semelhantes aos verificados anteriormente: A divisão do trabalho, na medida em que pode ser introduzida, gera, em cada ofício um aumento proporcional das forças produtivas do trabalho.

CAPITULO 2: O princípio que dá origem à divisão do trabalho

      Neste capitulo, o autor destaca que as vantagens da divisão do trabalho não originam de uma sabedoria humana qualquer, que previa a riqueza trazida por tal invenção. Ela é uma consequência, a qual parte da necessidade humana de mudar, mesmo que gradualmente, trocar uma coisa por outra.

      Afinal, esse princípio encontra-se em todos os homens, mas nenhuma outra espécie parece conhecer nem esse nem qualquer outro tipo de contrato. Podemos usar como exemplo a caça de dois galgos por uma lebre, tende-se ter a impressão de que eles agem de forma combinada para tal, como em um acordo, mas isso é efeito apenas da concorrência casual de seus desejos acerca do mesmo objeto naquele momento específico, não por um tipo de contrato.

      Na maioria das outras raças, o indivíduo, se torna independente ao atingir a maturidade, pois em seu estado natural, não necessita da ajuda de nenhum outro ser vivente.  Em contraste, os homens possuem necessidade quase constante da ajuda dos semelhantes, e é inútil esperar que esta ajuda venha simplesmente da bondade alheia. Existe maior probabilidade de obter o que quer se conseguir interessar os outros ao seu favor, dando vantagem a eles caso lhes deem o que precisa. E isto é o que faz toda pessoa propor um negócio a outra. Dê-me aquilo que eu quero, e você terá isto aqui, que você quer - esse é o significado de qualquer oferta desse tipo; e é dessa forma que obtemos uns dos outros a grande maioria dos serviços de que necessitamos.

      Logo, sendo por negociação, por troca ou por compra, nós conseguimos permutar a maior parte das necessidades uns dos outros, vemos que são essas práticas que originalmente gera a divisão do trabalho. Em uma tribo de caçadores ou pastores, por exemplo, uma determinada pessoa faz arcos e flechas com mais habilidade e rapidez do que qualquer outra. Multas vezes trocá-los com seus companheiros, por gado ou por carne de caça; considera que, dessa forma, pode conseguir mais gado e mais carne de caça do que conseguiria se ele mesmo fosse à procura deles no campo.  

      Ao virmos ao mundo, durante os seis ou oito primeiros anos de existência, talvez fossemos muito semelhantes entre si, e nem nossos pais ou companheiros de folguedo eram capazes de perceber nenhuma diferença notável. Em torno dessa idade, ou logo depois, começam a buscar ocupações em âmbitos diferentes. Inicia-se então a diferenciação de talentos naturais, sendo que esta diferença vai-se ampliando gradualmente, até que, ao final, o filósofo dificilmente se disporá a reconhecer qualquer semelhança.

      E enfim o autor completa afirmando que as consequências advindas desses contrastem de "índole" e talentos, por falta da faculdade ou propensão à troca, não são capazes de formar um patrimônio comum, e não contribuem o mínimo para o melhor atendimento das necessidades da espécie. Cada animal, individualmente, continua obrigado a ajudar-se e defender-se sozinho, não dependendo um do outro, não auferindo vantagem alguma da variedade de talentos com a qual a natureza distinguiu seus semelhantes.

CAPITULO 3- A divisão do trabalho limitada pela extensão do mercado

       O texto afirma que é o poder da troca que leva á divisão do trabalho, e então essa divisão deve ser sempre limitada pela extensão do poder/mercado. Quando se reduz o mercado, diminui-se também o estímulo para dedicar-se totalmente a um serviço, já que não poderá tirar de lá o excedente para suas necessidades pessoais.

       Alguns tipos de trabalhos têm lugar específico para serem realizados, independente da categoria. Um carregador, por exemplo, só consegue encontrar subsídio em cidades grandes. Uma aldeia é pequena demais para isto; é até difícil que uma cidade pequena, dotada de um mercado, seja suficientemente grande para oferecer ocupação constante para um carregador. Nas casas isoladas e nas minúsculas aldeias espalhadas pelas regiões montanhosas da Escócia, cada camponês deve ao mesmo tempo ser açougueiro, padeiro e fabricante de cerveja de sua própria família. Em tais situações, dificilmente podemos esperar encontrar sequer um ferreiro, um carpinteiro ou marceneiro num raio inferior a 30 milhas de outro profissional da mesma ocupação.

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