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Resenha Análise de Crédito

Por:   •  6/9/2018  •  Resenha  •  1.406 Palavras (6 Páginas)  •  317 Visualizações

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SANTOS, José Odálio. Análise de Crédito. 4º edição. São Paulo, Editora Atlas S.A., 2011. Páginas 232 a 236.

Processo de cobrança

Paloma Gostinski

Resenha crítica

Gestão Financeira

Este livro aborda detalhadamente e de forma prática o processo de análise de crédito, balanços, fluxos de caixas, as garantias, a diversificação de riscos em carteiras de crédito, valores econômicos agregados e a administração da cobrança. No capítulo 10 (página 232 a 236). Santos descreve a importância do processo de cobrança para recuperação de créditos problemáticos e destaca os principais fatores de risco dos clientes que devem ser acompanhados pelos credores ao longo do relacionamento.

As instituições financeiras atribuem estratégias de pesquisas do perfil dos clientes com propósito de correrem menos riscos de não recebimento do valor financiado e posteriores prejuízos. Existem vários itens a serem estudados e revisados no histórico de cada cliente, seja ele pessoa física ou jurídica, que julgam a sua intensidade de risco citadas pelo autor (10.2, P. 233), os principais são: cheques devolvidos, protestos, atrasos constantes, conta corrente com frequentes saldos devedores, não cumprimento de alguma cláusula contratual e empresa onde as saídas de caixas são maiores que as entradas. Estas e várias outras representam um perfil de cliente com alto risco de inadimplência, na qual deverão ser monitorados por analistas até que suas condições sejam compatíveis com as mesmas, preestabelecidas adequadas, pela empresa para poder ser concedido o crédito.

No item 10.3 o autor descreve três categorias de classificação de inadimplentes, os quais são importantes serem traçadas pelos credores, são eles: o mau pagador, o mau pagador ocasional e o devedor crônico. O primeiro citado é o que simplesmente nega-se a pagar e devido a isso está sempre fugindo do cobrador. O segundo referido tem a intenção de pagar, entretanto, por situações temporárias não consegue cumprir seu objetivo. Por fim o terceiro é o que atrasa constantemente, decorrente de uma má administração de seus recursos, mas depois de certa delonga sempre acaba quitando as dívidas.

Passando para a página 234 (10.4) o autor propõe em casos de falta de pagamento, alternativas para recuperação do valor através da renegociação, a fim de reduzir mais perdas, porém antes de efetuar o contado, o negociador deve conhecer detalhadamente a situação financeira do seu cliente e saber quais foram as causas pelo não pagamento, desta forma após ter a avaliação de todos os dados, algumas medidas a serem oferecidas são: redução da taxa de juros e o alongamento do prazo para quitação de modo que o devedor se organize e consiga quitar o valor parcial ou total restante.

No item 10.5, José Odálio dos Santos demonstra os meios que podem ocorrer os processos de cobrança, sendo eles: contato telefônico, envio de cartas, visitas pessoais, uso de agências de cobrança e protesto.

A primeira atitude a ser feita pelo gestor de cobrança diante de um devedor é o contato por telefone, mas para isto antes ele deve ter em mãos os dados atualizados do mesmo, seu histórico de crédito, modalidade e informação do negócio realizado, pois dependendo de um bom argumento e explicação dada do porque ele atrasou, faz-se um acordo de extensão do prazo para pagamento.

Sobre o envio de cartas (P. 235), é enviada uma lembrando o cliente da sua obrigação em aberto com a instituição, e se caso a primeira não obtenha sucesso uma segunda carta mais enfática é enviada. Já as visitas pessoais são utilizadas com menos frequência devido à dificuldade para encontrar o cliente. O uso de agências de cobrança deverá ser utilizado apenas depois de ter esgotado todos os meios já citados anteriormente e que não obtiveram sucesso algum em renegociação, entretanto se deve analisar também antes de recorrer a estas ajudas externas se o gasto investido nelas justifica os valores a serem recuperados.

Finalizando o capítulo vem o protesto judicial, este processo é a última alternativa a ser utilizada para a cobrança, na qual a utilização de todas as anteriores teria falhado. Este meio faz com que acabe a reputação do cliente no mercado do crédito no qual ele terá dificuldades de obter novos financiamentos e realizar novas negociações devido ao seu histórico “sujo”.

 Pode-se concluir analisando o capítulo 10 do livro Análise de Crédito, que as informações colocadas pelo autor estão plenamente de acordo com a realidade vistas dia a dia nas instituições de crédito. Com o advento da alta globalização e novas tecnologias, cada vez mais as pessoas estão à procura da aquisição e utilização de um bem e serviço sem a necessidade do pagamento no ato, para realizar suas vontades e necessidades, deste modo recorrem à procura pelo crédito (sucintamente definindo, crédito é a entrega de um bem ou valor mediante a uma promessa de pagamento em uma data futura). Entretanto, atualmente a concessão pelo mesmo, no mercado financeiro, não é tão simples, requer analisar vários fatores envolvidos, numa sociedade onde o risco da inadimplência é intenso, podendo ocorrer a qualquer momento, com qualquer instituição.

Conforme o livro Gestão e Análise de Risco de Crédito por José Pereira da Silva, 6º edição, 2008, São Paulo, capítulo 4 página 60, onde coloca a importância de ter conhecimentos do cliente antes de fechar o negócio, tais como informações do seu passado no que se refere à pontualidade nos cumprimentos de outras obrigações, o seu caráter, capacidade, condições, capital e conglomerados conhecidos como os Cs do Crédito.

Também se faz importante frisar, que após a aprovação do empréstimo para o cliente, através das informações já analisadas juntamente com a situação financeira do mesmo, define-se um limite de crédito, concordante com o artigo do estudante Bruno Danilo Jorge Xavier (Instituto Paranaense de Ensino), 2012, uma vez que, deve variar de acordo com sua renda ou capacidade de pagamento, devendo ser revistos anualmente. A definição desse limite é usada também com o intuito de reduzir os possíveis riscos de faltas de pagamentos.

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