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Resenha de: Finanças Corporativas

Por:   •  17/3/2016  •  Resenha  •  734 Palavras (3 Páginas)  •  820 Visualizações

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Finanças Corporativas

Monyque Carvalho Develly – 2012.1.24.147

Resenha do Artigo:


Jensen, M.C., 1986, “Agency costs of free cash flow, corporate finance, and takeovers,” American Economic Review 76, 323 – 329

O referente artigo começa falando sobre o conflito de interesses entre os acionistas e os gestores, gerado pelo fato de que o pagamento aos acionistas reduz os recursos sob controle dos gestores. Os gerentes tem o objetivo de fazer as empresas crescerem, por isso a necessidade de possuir e controlar os recursos. A concorrência tende a estimular os preços, por isso os gestores precisam aumentar a eficiência e produtividade. No caso de novas atividades e atividades que envolvem rendas econômicas substanciais, é importante o controle interno e controle de mercado, pois estes tipos de atividades geram quantidades substanciais de fluxo de caixa livre (para financiar projetos que têm valores positivos e custo de capital relevante).
        Quando há fluxo de caixa livre, os gerentes podem aumentar os dividendos ou a compra de ações, mas com cautela, pois os dividendos podem ser reduzidos no futuro. A criação de dívida sem retenção das receitas permite a eficácia de pagar os fluxos de caixa futuros, que não seria possível pelo simples aumento de dividendos. O controle dos efeitos da dívida é determinante para a estrutura de capital. O ideal de dívida equity ratio (rácio de endividamento) é o ponto de maximização. O controle de dívidas é importante em organizações que geram grandes fluxos de caixa.
        As operações para o crescimento da alavancagem resulta em aumentos significativos nos preços das ações ordinárias, enquanto a redução da alavancagem resultam na diminuição do preço das ações (os preços sobem com aumentos nos pagamentos aos acionistas e caem com a redução nos pagamentos). As exceções na mudança da alavancagem, são recompras, dívida orientada e ações preferenciais. O uso de financiamento e alocação de capital próprio revela uma sensibilidade aos incentivos, conflito de interesses e custos de falência. Após citar o exemplo de duas empresas, onde o investimento e as decisões dos gestores são fundamentais para o retorno esperado, conclui-se que os gerentes e os capitalistas de risco tem interesse em ter sucesso no empreendimento, pois estão subordinados a outras reinvindicações. Esse sucesso depende da produção de dinheiro para o serviço da dívida e do aumento do valor do patrimônio líquido. Muito dos benefícios em transações privadas e alavancadas parecem estar ligados à função de controle da sua dívida. Essas operações competem com sucesso com a forma de sociedade aberta por causa das vantagens em controlar os custos de agência do fluxo de caixa livre. O êxito exige a implementação de mudanças, para evitar investimentos em projetos de baixo retorno para gerar o dinheiro para o serviço da dívida e para aumentar o valor do patrimônio líquido.
        No final da década de 1970 os preços do petróleo subiram devido ao grande custo de fluxo de caixa livre e ao crítico desempenho do mercado de aquisição. O consumo do petróleo caiu, assim como a expectativa de futuros aumentos dos preços. Houve a diminuição do refinamento, da distribuição e de reservas de petróleo bruto. Os retornos médios eram inferiores ao custo de capital, por isso a indústria encolheu. As empresas de petróleo se fundiram, aumentaram a dívida, pagaram grande quantidade de capital aos acionistas, reduziram os gastos em excesso e diminuíram a capacidade de refino e distribuição. Os resultados foram grandes ganhos de eficiência e de valor.
        O autor do artigo esboça algumas teorias empíricas sobre o fluxo de caixa livre, explicando aquisições e evidências dos conflitos de interesses entre acionistas e administradores. As crescentes aquisições é uma resposta a falhas de processos de controle interno. A dívida criada em uma aquisição hostil motiva cortes em programas de expansão e de vendas, e os rendimentos são usados para reduzir a dívida Desta forma há uma reavaliação estratégica da organização e sua estrutura. As aquisições financiadas com dinheiro e dívida irão gerar benefícios maiores do que aquelas realizadas através da troca de ações, sendo associadas a oportunidade de crescimento. A teoria desenvolvida no artigo explica os benefícios da dívida na redução dos custos de agência de fluxos de caixa livres, assim o nível de endividamento ótimo de uma empresa é determinado por um trade-off entre os custos e os benefícios da dívida.

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