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Teorias de Localização e Desenvolvimento

Por:   •  16/6/2019  •  Resenha  •  2.017 Palavras (9 Páginas)  •  274 Visualizações

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Aluna:

Texto 2: Teorias de localização e de desenvolvimento regional

Von Thunen – Teoria do Estado Isolado

É a teoria mais antiga entre as teorias de localização. Para elaboração de suas ideias Thünen imaginou um estado isolado onde os fatores físicos não variam, todas as terras seriam planas e férteis, haveria somente um meio de transporte primitivo terrestre e em linha reta, não havendo rio ou canal navegável e uma grande cidade no centro. O estado seria povoado por agricultores com o mesmo conhecimento técnico para tirar o melhor proveito do solo e o lucro máximo.

Com isso, as produções agrícolas seriam organizadas em torno desse mercado central através de sete anéis, onde os produtos mais sensíveis ao transporte seriam produzidos nos anéis mais próximos ao centro, sendo assim, podemos concluir que os produtores desses produtos apresentariam maiores lucros do que aqueles produtores das mercadorias dos anéis mais afastados, isso porque os gastos com custo de transporte são menores para os anéis mais próximos.

Von Thunen conclui que os custos de transporte acabam afetando no preço da mercadoria e que existia uma relação entre a renda do agricultor e a distância com o mercado. Quanto mais próximo está do mercado, tendo os custos com o transporte mais baratos, maior será a renda do agricultor, o que possibilita uma maior aplicação de capital na sua produção.

Cinco premissas do modelo:

1- Relação mercantil

2- Espaço homogêneo

3- Livre mobilidade de fatores

4- Lucro normal e uniforme

5- Preços dados no centro

Fórmula do Modelo:

R = (P - c)q – bqd

Onde:

R= renda fundiária

P= preço de mercado

C= preço de produção (preço fob)

Q= rendimento físico por unidade de área

B= custo de transporte unitário

D= distância até o centro

Weber – A Teoria da Localização Industrial

A teoria de Weber mostra onde se localiza uma dada atividade industrial. A lucratividade do setor industrial depende da sua localização quanto à matéria prima, mão-de-obra e ao mercado consumidor, com isso, quanto mais próximo desses três pontos, maior será o lucro da indústria, uma vez que são menores os custos de transporte. Weber afirmou sua teoria com base no triângulo locacional, onde a indústria deve se estabelecer no centro, entre os pontos de matéria prima, mão-de-obra e mercados.

Sendo assim, a localização industrial seria determinada pela necessidade de minimizar custos de transporte e com ele custos e ao mesmo tempo na maximização do lucro dessas indústrias. É claro que um empresário quer localizar onde os custos são menores. E no caso dessa teoria, sua repercussão era puramente espacial, ou seja, a preocupação maior estaria na minimização dos custos de transporte.

No final, basicamente teriam duas espécies de indústria a partir do critério da localização industrial: as indústrias localizadas e as indústrias ubíquas ou não localizadas. As indústrias localizadas geralmente eram aquelas mais próximas dos centros de matérias primas, até por necessidade na medida em que essas matérias primas eram pesadas para o transporte e a localização mais distante poderia aumentar de sobremaneira os custos de produção e com ele o custo de transporte.

As matérias-primas são localizadas ou ubiquidades (encontradas em todas as partes com os mesmos custos em todos os locais, não exerce atratividade de localização). As matérias-primas localizadas influenciam na escolha de um local para a atividade econômica.

É claro que esse modelo pode ser contestado, isso porque a tecnologia do transporte contribuiu na diminuição dos custos de deslocamento dos produtos e muitas siderúrgicas podem estar distantes desses centros de matéria primas. Já as indústrias de localização ubíquas, necessariamente não precisariam de uma localização definida. Elas dependeriam muito mais do volume do mercado consumidor. Assim, uma indústria de bebidas ou de alimentos, a depender do tamanho do mercado consumidor regional, poderá ter um tamanho determinado e sempre bem próximo aos centros urbanos consumidores.

Fatores que influenciam:

1) Custos de transporte

2) Custo de mão-de-obra

3) Forças de aglomeração e desaglomeração

Pressupostos:

Fonte de matéria-prima conhecida e limitada

Mercados consumidores constituem-se de pontos no espaço geográfico

Triângulo Locacional

Perroux – Polos de Crescimento

Perroux contesta o conceito de espaço, abandonando a noção vulgar e inexata de espaço utilizada nas análises econômicas realizadas na época. Assim sendo, ele tentará definir o espaço econômico. Para ele, estes espaços econômicos têm origem na atividade humana, e as relações que se estabelecem entre os seres humanos no espaço geográfico, buscando sua sobrevivência, acabam originando os espaços econômicos. Existem três classificações de espaço econômico:

1- Espaço como agregado homogêneo, que seria o espaço definido a partir de alguns atributos homogêneos presentes naquele espaço, mas atributos econômicos.

2- Espaço econômico como programa, que se deve a escolha da firma se localizar em determinado lugar ou se deve a escolha do poder público atrair certas firmas a um determinado lugar.

3- Espaço econômico definido como uma relação de forças, onde esta definição gera a polarização e a concentração das atividades econômicas.

Esta última classificação de espaço econômico se relaciona com a análise de Perroux do crescimento econômico e do desenvolvimento regional, na qual atribui três conceitos fundamentais:

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