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A Midia e a Modernidade

Por:   •  20/5/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.461 Palavras (6 Páginas)  •  299 Visualizações

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TIAGO FRÁGUAS MAGALHÃES

Mídia e a modernidade

Os limites do controle, escândalos e outras fontes de problemas.

        

O autor até aí se preocupa em analisar como os indivíduos empregam os meios de comunicação para a sua visibilidade diante de outros. Principalmente hoje, com TV e tudo mais a visibilidade pode ser uma faca de dois gumes. Se por um lado os meios de comunicação criam novas oportunidades para a administração da visibilidade possibilitando aos líderes políticos uma exposição pública diante de seus eleitores, eles também trouxeram riscos. A política moderna esta acessiva e aberta de uma forma, que as assembléias tradicionais e as cortes nunca conheceram. Além disso, dado a natureza da mídia as mensagens desses líderes políticos podem ser mal interpretadas daí a visibilidade criada pela mídia pode se tornar uma fonte de um tipo novo de FRAGILIDADE. Esse fenômeno de visibilidade pode funcionar contra eles.

A incapacidade de controlar esse fenômeno é uma fonte de problema para os líderes políticos. Deve-se tomar cuidado, pois um ato indiscreto ou uma observação inconseqüente se forem gravadas e transmitidas a milhões de pessoas poderá trazer conseqüências desastrosas. O autor explora essas questões um pouco mais focalizando algumas das diferentes fontes de problemas. Ele distingue quatro tipos de ocorrência que são:

- GAFE E ACESSO EXPLOSIVO: Uma das fontes mais comum de problemas pelos lideres políticos. Representam o fracasso do indivíduo em controlar o próprio comportamento revelando que não possuem domínio da situação, nem do seu sentimento e ações. Elas ocorrem com mais freqüência em contextos diários de interação social e eram bastante comuns no círculo das elites dos governos em tempos passados. Hoje com a TV é possível uma gafe e um acesso explosivo se tornarem públicas manifestações de incompetência e falta de controle. Essas manifestações podem ter conseqüências tanto pelas ações dos outros distantes quanto para a carreira de quem o protagoniza. Em 1976, o presidente Ford numa visita ao Texas, se mostrando aparentemente familiarizado com a culinária mexicana, cometeu a gafe de comer um prato típico sem remover a palha do milho em que se enrola a comida. A gafe foi transmitida para todo o país.

Se as gafes são comuns os acessos explosivos nem tanto. Gafe é quanto não estão em comando da situação, já o acesso explosivo acontece quanto perdem o controle de si mesmo. Nem sempre gafes e acesso explosivos têm conseqüências destrutivas. Muitos líderes políticos são capazes de neutralizar seus efeitos, mas outros, principalmente aqueles com menos experiência e menor alcance político podem ter dificuldade em superar as imagens negativas de gafes muito difundidas pela mídia.

-O DESEMPENHO DO EFEITO CONTRÁRIO: As condições de desempenho do efeito contrário são um tanto diferente das que ocorrem em gafes em acessos explosivos. Nesse caso o indivíduo tem controle de si mesmo. O problema não vem de sua incompetência, mas antes de uma apressada avaliação de como suas ações poderão ser recebidas e entendidas pelas pessoas que as vêem ou ouvem. Como resultado deste equívoco a mensagem destinada a produzir certo efeito acaba produzindo o efeito contrário, atingindo seu produtor. Como os receptores da mensagem não estão fisicamente presentes no lugar, o produtor da mensagem é incapaz de monitorar a resposta e ajustar seu desempenho a eles. Preparando-se para a guerra do Golfo, Sadan Hussein usou a TV para mostrar ao Ocidente que os estrangeiros detidos no Iraque estavam sendo bem tratados. Ele pegou um grupo de reféns britânicos e seus filhos, acariciou as crianças, elogiou, perguntou se estavam comendo bem, para tranqüilizar os espectadores do Ocidente. A entrevista foi vista por muitos na Inglaterra que acharam que foi tudo manipulado, armado e que os estrangeiros estavam reunidos contragosto.

DOIS TIPOS DE OCORRÊNCIA: VAZAMENTOS E ESCÂNDALOS: Os dois são entendidos como uma falha no esforço de administrar a relação entre a região frontal e o comportamento de fundo. O que um indivíduo quer negar e esconder é exposto ao domínio público. A informação ou conduta se tornando visível comprometem ou prejudicam a imagem que o individuo deseja projetar ou o rumo de ações que ele tencionava seguir. São sempre acompanhados de medidas defensivas que limitam o prejuízo que poderão ser causados por revelações incontroladas de informações delicadas ou conduta privada.

Um vazamento é quando uma pessoa de dentro revela intencionalmente uma informação que é reservada para a região de fundo. Ele sabe das conseqüências disso e mesmo assim resolve tornar público o que em sua opinião deveria ser do domínio público, e ele sabe também que se for identificado como fonte de vazamento pode se ferrar diante disso.

Vazamentos podem provocar escândalos ou contribuir para a sua formação, mas escândalos podem surgir de outras maneiras. Escândalos podem ocorrem em muitas esferas da vida, mas na esfera política, e que hoje tem grande repercussão são geralmente aqueles ligados a falhas na administração da visibilidade através da mídia. Escândalo é um risco profissional do político no uso de sua visibilidade mediada.

Os escândalos que recebem mais atenção hoje podem ser principalmente entendidos em termos de deslocamento de fronteira entre público e o privado. Ele surge quando a mídia revela algo que é mantido em segredo ou escondido. Ao se tornar visível provoca o tipo de indignação publica que se constitui o escândalo.

Um escândalo depende de normas e expectativas predominantes: O suborno, por exemplo, ou desvio de fundos de funcionários do governo não tem o mesmo tipo de significado em todos os lugares e em todos os tempos.

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