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LEAN

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Por:   •  1/10/2014  •  Ensaio  •  1.414 Palavras (6 Páginas)  •  547 Visualizações

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1) Qual a origem da palavra “Lean”?

O termo "Lean" foi cunhado originalmente no livro “A Máquina que Mudou o Mundo” (The Machine that Changed the World), de Womack, Jones e Roos, publicado nos EUA em 1990. Trata-se de um abrangente estudo sobre a indústria automobilística mundial realizada pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology). Nesse trabalho, ficaram evidentes as vantagens do desempenho do Sistema Toyota de Produção, que traziam enormes diferenças em produtividade, qualidade, desenvolvimento de produtos etc., e explicava, em grande medida, o sucesso da indústria japonesa.

Veja mais sobre este assunto no vídeo “What is Lean?”, de Daniel Jones, Presidente e Fundador do Lean Enterprise Academy, Reino Unido.

2) Como surgiu o “Lean manufacturing”?

Surgiu na Toyota, no Japão, pós-Segunda Guerra Mundial. Seu criador foi Taiichi Ohno, engenheiro da Toyota, e seus precursores: Sakichi Toyoda, fundador do Grupo Toyoda em 1902; Kiichiro Toyoda, filho de Sakichi Toyoda, quem encabeçou as operações de manufatura de automóveis entre 1936 e 1950; e Eiji Toyoda. Inicialmente, muitas empresas enxergavam apenas a área de produção. Hoje, preferimos definir por Lean Enterprise ou Lean Business System, ou seja, a filosofia Toyota aplicada a todas as dimensões dos negócios de uma organização.

3) No que consiste este programa?

Não é um programa. A mentalidade enxuta é uma filosofia operacional ou um sistema de negócios, uma forma de: especificar valor; alinhar, na melhor sequência, as ações que criam valor; realizar essas atividades sem interrupção; sempre que alguém as solicitar; e realizá-las de forma cada vez mais eficaz, ou seja, fazer cada vez mais com cada vez menos. Também é uma forma de tornar o trabalho mais satisfatório e de eliminar desperdícios, e não empregos.

4) É uma filosofia que só se aplica na indústria automobilística?

Certamente não. Embora tenha começado nessa indústria e se tornado o paradigma dominante, no livro “A Mentalidade Enxuta nas Empresas” (Lean Thinking), de Womack e Jones, já são mostrados exemplos de empresas de diversas atividades. Hoje, temos diversos casos de implementação do Lean em empresas dos mais diferentes setores – tais como, construção civil, aeronáutica, siderurgia, papel/celulose, alimentos, saúde, seguradoras, bancos, tecnologia da informação, indústria naval, farmacêutica, entre outros.

5) Em quais áreas da empresa ele pode ser aplicado?

Para o sucesso da transformação Lean, o ideal é que o conceito seja aplicado em todas as áreas da empresa, de vendas a compras, de finanças a recursos humanos. Deve-se sempre priorizar onde existe maior quantidade de desperdício e oferecer a essas áreas maiores oportunidades de melhoria com impactos substanciais sobre a equação do negócio. Mas isso deve ser feito, é claro, enxergando o todo.

6) Por que muitas empresas não adotam essa filosofia?

Cada empresa tem uma história e cultura próprias e adotam os valores e a filosofia que a sua liderança define. Algumas ferramentas desenvolvidas pela Toyota têm sido universalmente aplicadas, como o just-in-time, a produção puxada, lotes menores, células, nivelamento da produção, os dispositivos poka-yoke etc., mas as empresas não conseguem integrar essas ferramentas à filosofia.

A filosofia Lean surgiu a partir de uma necessidade concreta da Toyota pós-guerra, a de como competir com as empresas americanas, muito maiores e muito mais eficientes do que eles. E ela percebeu que não conseguiria competir com base nos mesmos conceitos, embora estivesse admirada pelo conceito de fluxo presente em algumas fábricas da Ford. Muitas empresas hoje não conseguem enxergar suas próprias necessidades, aplicam as ferramentas Lean, mas não estão focadas em como a mentalidade por trás disso pode alavancar o negócio.

7) Por que muitas empresas tentam implantar a filosofia e não conseguem?

Há inúmeras razões. Mas, grosso modo, diríamos que o maior problema é o foco nas ferramentas sem entender claramente o sistema e a filosofia. É difícil mudar a cultura. As crises são os maiores vetores de mundo, elas possuem uma dimensão objetiva (ex.: queda de lucratividade, perda de mercado etc.), porém, o mais importante é que dependem da interpretação que a direção da empresa dá à situação. É por isso que, no capítulo 11 do livro “A Mentalidade Enxuta nas Empresas” (Lean Thinking), quando se fala no plano de implantação, após encontrar o agente de mudança e buscar o conhecimento, o terceiro item é exatamente a busca por uma alavanca através do aproveitamento ou da criação da crise.

8) Mas é fácil implementar?

Embora a filosofia possa parecer simples e óbvia, a experiência tem mostrado que são muito poucas as empresas que conseguem replicar o sucesso da Toyota. A razão é simples: não é fácil. Exige, muitas vezes, uma mudança radical de mentalidade, valores e disciplina. Apenas a introdução de algumas ferramentas não significará sucesso na implementação.

9) Uma empresa pode sobreviver sem adotar a filosofia lean?

Possivelmente. Mas mesmo se, por exemplo, lançar um produto de retumbante sucesso ou desenvolver uma inovação radical, a utilização da filosofia lean dará à empresa ainda maiores vantagens.

10) O que é “mapeamento do fluxo de valor”?

É um método de análise/diagnóstico fundamental para se atingir os objetivos da filosofia. Através da identificação do fluxo de materiais e de informações de todas as etapas do produto/serviço, é possível identificar grandes focos de desperdício, sugerir novas alternativas (estado futuro) e um plano de ação

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