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Resenha Do Filme Em Boa Compania

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Por:   •  27/5/2013  •  598 Palavras (3 Páginas)  •  627 Visualizações

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O mundo corporativo, como vem se tornando em toda parte, é retratado neste filme, onde Dan Foreman um pai de 51 anos, com duas filhas lindas e mais uma a caminho, casa hipotecada e esposa compreensiva, inteligente e carinhosa, uma família nada disfuncional e bastante conservadora; Carter Duryea é um rapaz de 26 anos, não tem filhos, mas queria tê-los, precocemente bem sucedido e com uma esposa indiferente, desinteressada e fria, um casamento fadado à destruição, completamente disfuncional e desequilibrado.

Ambos são vendedores, Carter Duryea um desapaixonado ambicioso pela atividade, mas cheio de atitude e respeitável conhecimento acerca das boas práticas do ramo; o outro com todo conhecimento que se espera de alguém que há anos vem fazendo à mesma coisa e amando cada passo do caminho.

A empresa Globecom (um milionário conglomerado de midia) na qual o Carter Duryea trabalha, compra a empresa na qual Dan Foreman trabalha, escalando Carter Duryea para substituí-lo e começar um processo de demissões em massa.

Dan Foreman passa por tudo sem muito jeito, sem conseguir saber como se portar diante de um chefe tão mais novo que ele, tendo que lidar com a gravidez da esposa, fazendo uma segunda hipoteca para cobrir os custos dos estudos da filha, que passou a morar longe dele e para complicar mais Carter Duryea se envolve com a filha de Dan Foreman.

Carter Duryea não trabalha porque ama o que faz, e sim apenas para alcançar seus números, para isso usando de termos como sinergia que é incompreensível e destituído de significado o suficiente para ninguém entender, mas achar que tem que fazer o próprio trabalho, enquanto, Dan Foreman é um apaixonado por seu trabalho e acredita que faz o que faz para o bem das empresas para as quais faz e usa de seus princípios e dos valores de uma época que já passou.

O maior mérito do filme, sem dúvida, é seu fator humano. Mesmo que se utilize do artifício de mostrar as grandes corporações (com suas fusões, compras e vendas que se importam somente com os lucros como resultados) como o mal supremo deste tempo de globalização, isso só serve para mostrar a dicotomia entre o executivo dos velhos tempos, aquele que é apaixonado e acredita no que faz e o novo executivo, capaz de doar seu sangue para ser reconhecido como o competente e frio executor do que for necessário para o crescimento da empresa, doa a quem doer.

O filme também mostra um dos efeitos da globalização, onde Teddy K., o dono da empresa que compra, sucateia com idéias improcedentes, usa de discursos retóricos a qualquer custo e destitui os direitos morais do empregado do significado inerente que neles existem. Não é à toa que Dan Foreman é taxado de "dinossauro" não há lugar para significado elaborado, responsabilidade moral e baboseiras do tipo em um mundo globalizado, dinâmico e de decisões rápidas e necessariamente irrefletidas, onde o ambiente organizacional gira em torno de risco calculado, erramos e aprendemos, mas não gastemos tempo com princípios e ética.

Não demora para que Carter Duryea comece a se dar conta da desumanidade das ações corporativas. Cada vez que tem que despedir alguém, lhe corta mais o coração. Ao se aproximar da vida de verdade de Dan Foreman, natural que comece a contestar este princípio tão frio e busque se espelhar no modo com que

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