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Trabalho Da Matéria Responsabilidade Social, Rastreabilidade E Compliance Na Indústria Da Moda

Por:   •  16/9/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.158 Palavras (5 Páginas)  •  56 Visualizações

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Trabalho da matéria Responsabilidade social, rastreabilidade e compliance na indústria da moda.

Nathalia Estevam

São Paulo, 2023

A empresa estudada neste trabalho é a marca Hope do Nordeste LTDA (Hope). Fundada em 1966, a marca é subdividida em categorias: Hope Lingerie (lingerie, pijamas e recentemente entrou com a linha masculina com cuecas e pijamas), Hope Resort (fitness e beachwear) e Bonjour (focada em sutiãs, calcinhas funcionais e confortáveis para o dia a dia).

A produção da empresa é dividida entre funcionários próprios, feita aqui no Brasil, e fornecedores diretos, feita aqui no Brasil e por importação.

Nesta primeira parte vamos entender como a marca vê, entende e se posiciona em relação ao ponto de vista socioambiental.

A Hope é muito transparente em relação a políticas de trabalho e meio ambiente, possui site e blog onde descrevem abertamente sobre como a marca entende e age com relação a isso. A marca tem certificação ouro na ABVTEX e também levam a informação para seus consumidores fazendo campanhas para conscientizar. Alguns exemplos dessas campanhas são:

- ‘’Amiga cuida de amiga’’ que aconteceu entre 2018 a 2020 onde a Hope conscientizou sobre o câncer de mama, e doou parte do valor das vendas para um instituto de oncologia.

- ‘’Doe esperança’’ projeto onde recebem doações de calcinhas, sutiãs e pijamas, que são higienizados e entregues para instituições, que fazem doações às mulheres em vulnerabilidade social. Esse projeto aumenta o ciclo de vida das peças e reduz o descarte diminuindo o lixo.

A marca vem adotando aos poucos tecnologias têxteis diferenciadas, como tecidos biodegradáveis que se decompõem mais rápido, tecidos eco-friendly que possuem baixo impacto ambiental e tecidos com fibras recicladas de garrafa PET.

A empresa tem 70% de suas peças produzidas externamente e possui um código de conduta para orientar e exigir o cumprimento da legislação trabalhista. Para tanto, realiza auditorias aos seus fornecedores para verificar casos de trabalho análogo ao de escravo. Caso haja constatação, rompe o contrato imediatamente. Além disso, a empresa realiza treinamentos com seus funcionários orientando-os como tratar a questão do trabalho análogo ao escravo.

Neste momento, vamos entender e nos aprofundar na cadeia de fornecimento da empresa e fazer uma comparação com duas outras do mesmo ramo: a DeMillus e a Salinas.

A DeMillus é uma empresa de lingerie e pijamas, foi fundada em 1947. E a Salinas é uma empresa de beachwear fundada em 1982, e pertence ao grupo InBrands.

Como já descrito anteriormente, a Hope é uma empresa fragmentada que tem 70% de suas peças produzidas externamente e também conta com fornecedores de matérias primas como tecidos, rendas, elásticos e demais aviamentos.

A Salinas também é uma empresa fragmentada e 80% de suas peças são produzidas externamente, contando também com fornecedores de matérias primas como tecidos, rendas, elásticos e demais aviamentos. Já a Demillus é uma empresa verticalizada e produz 100% de suas peças, produzindo também 95% de seus insumos como rendas, tecidos, elásticos, bordados, argola e reguladores etc.  

A Hope possui uma cadeia de monitoramento onde realizam auditorias próprias a cada 3 meses, também conta com a ABVTEX para maior monitoramento e auditorias, que podem ser agendadas ou de surpresa, tendo 90% de fornecedores diretos aprovados. Não possuem sistema de rastreabilidade para conferir se seus fornecedores estão subcontratando oficinas de forma não autorizada e também não exigem que novos fornecedores sejam certificados por programas externos.

A DeMillus realiza auditorias agendadas somente pela ABVTEX entre 6 e 12 meses e tem 100% de fornecedores diretos aprovados pela mesma. Não trabalham com oficinas de costura externas e exigem que novos fornecedores sejam certificados por programas externos como a ABVTEX.

Já a Salinas realiza a cada 3 meses auditorias agendadas ou de surpresa pela ABVTEX e por instituições independentes, tendo 80% de fornecedores diretos aprovados. Diferentemente da Hope e da DeMillus a Salinas, possui um sistema de rastreabilidade para conferir se seus fornecedores estão subcontratando oficinas de forma não autorizada. A rastreabilidade é feita por inspetores internos e empresas terceirizadas, por meio de visitas surpresas às oficinas. Como a Hope e a DeMillus, a Salinas também não exige que novos fornecedores sejam certificados por programas externos.

Nenhuma das três marcas, tem histórico de trabalhadores em condições análogas às de escravo produzindo roupas da empresa.

Considerando todas as informações, acredito que a Hope possui um ótimo posicionamento socioambiental e de gestão podendo melhorá-lo ainda mais.

Desta forma, elencamos 5 pontos para a marca poder ampliar e aprimorar seu impacto socioambiental:

  1. A Hope já possui algumas coleções que são feitas com tecidos biodegradáveis ou reciclados, mas essas coleções não representam nem 40% das peças que a marca produz.

O primeiro passo seria aumentar a utilização desses tecidos visando chegar em até 80% ou 90% de suas peças com apelo sustentável.

  1. A Hope possui um escritório aqui em São Paulo, que fica em um prédio empresarial, e uma fábrica em Maranguape (CE). Nesta fábrica, é possível fazer a instalação de um ‘’telhado verde’’ que traria muitos benefícios como:

- Redução do consumo de energia pois, reduz a temperatura no ambiente interno e diminui a necessidade do uso de ar condicionado;

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