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PROMESSAS DE UM CARA DE PAU, RESENHA DO FILME

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Por:   •  30/6/2014  •  971 Palavras (4 Páginas)  •  840 Visualizações

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Ciências Sociais – Ciência Política

Cine Ciência Política – Interdisciplinaridade em Foco

Eixo temático: Sociedade, Política e Consolidação da Democracia

7º semestre/2014

Acadêmica: Gislaine Martins

PROMESSAS DE UM CARA DE PAU, RESENHA DO FILME

O filme “Promessas de um cara de pau” conta a história do americano Bud Johnson, vivido por Kevin Kostner. O personagem é um cidadão comum, pai solteiro, totalmente descompromissado com a vida e com a sociedade. Percebe-se no decorrer das cenas que se trata de um homem meio apático, sem grandes ambições ou preocupações que não seja a música, o futebol americano e beber cervejas.

A história se passa no período eleitoral dos EUA. Aliás, a eleição naquele país é bem diferente da que presenciamos no Brasil. Lá o voto é indireto e não obrigatório. Isso significa que nem sempre o candidato mais votado é o eleito. Para isso, conta o tamanho e a importância de cada Estado. Outro fator de relevância é o bipartidarismo – Republicanos e Democratas - sendo que desde 1868 esses dois partidos venham se sucedendo no governo. Dessa forma candidatos e partidos independentes tem poucas chances de vencer eleições. Diferente do Brasil, onde o voto é obrigatório, apenas em torno de 60% dos eleitores aptos ao voto vão as urnas para escolherem o governante do país pelos próximos quatro anos.

O personagem central é um homem de poucas posses, desleixado, alienado e com quase nenhuma vontade de mudar. Porém, sua filha Molly, uma adolescente de 12 anos, é altamente politizada. Para Molly, votar significa muito, pois ela compreende que é através desse instrumento que poderá transformar a realidade do país. A menina nutre grandes ideais cívicos e fica bastante decepcionada com as atitudes do pai.

No dia da eleição Bud toma tantas cervejas que não consegue se dirigir ao local de votação. Molly estava lá e vota em seu lugar, o que é uma ação ilegal. Contudo, no momento de confirmar o voto, acontece um problema elétrico e este não é computado. Então, o incrível ocorre: a eleição termina empatada literalmente e o voto que decidirá a eleição está nas mãos de Bud.

Diante disso, o país todo se mobiliza em torno do fato. Todos os cidadãos americanos acompanham com interesse o desenrolar desse drama, deixando claro o grande envolvimento desse povo com o processo democrático e sua conscientização sobre o papel do cidadão quanto as decisões políticas dentro do país.

Com o desenrolar da trama ficam bastante nítidas duas situações. A primeira mostra que o indivíduo que não teve uma boa educação política torna-se alienado, sendo excluído da sociedade. Nesse sentido, Tocqueville (WEFORT, 2001) afirma que todo avanço no conhecimento conduziria os indivíduos a uma condição mais igual e que não existe liberdade sem igualdade. Por isso, Bud estava à margem da sociedade, pois não teve uma educação de qualidade que instigasse sua participação política e despertasse sua consciência sobre a importância do exercício da cidadania.

Outra situação apresentada está relacionada à questão da ética dos candidatos que fazem de tudo para se aproveitar do jeito alienado de Bud, oferecendo presentes e atenções cujo objetivo era apenas conquistar a simpatia do eleitor, agora considerado “o homem mais poderoso do mundo”. Esse comportamento não difere em nada do que testemunhamos a cada pleito na política nacional quando candidatos, de forma velada ou até mesmo escancaradamente, oferecem vantagens, cargos e cestas básicas em troca de votos.

Nesse momento é possível perceber que os candidatos dizem em campanha o que pensam que vai lhes render

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