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Eucaristia, Ápice da Vida Cristã

Por:   •  30/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.433 Palavras (6 Páginas)  •  294 Visualizações

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Eucaristia, ápice da vida cristã

        Sem Eucaristia não há sustento, pois nos falará o Cristo. Como é feliz o cristão que ao participar e receber o “Pão do anjos” entende e se fortalece sua fé, torna coerente a esperança e fundamenta os ato de amor. Fruto da XI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, ocorrido no Vaticano, entre 02 e 23 de Outubro de 2005, a Exortação Apostólica Pós-Sinodal “SacramentumCaritatis”, de sua Santidade Bento XVI, é um precioso, profundo e belo documento que se acrescenta ao “DepositumFidei” que objetiva recolher a multiforme riqueza de reflexões e propostas surgidas na  Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos — a começar dos Lineamentaaté às Propositiones, passando pelo Instrumentumlaboris, as Relationes ante et post disceptationem, as intervenções dos padres sinodais, auditores e delegados fraternos —, com a intenção de explicitar algumas linhas fundamentais de empenho tendentes a despertar na Igreja novo impulso e fervor eucarístico (nº05). Assim, a caminhada das comunidades cristãs e tantos colaboradores na História da Igreja tem consciência da vastidão que é o tesouro da Eucaristia; ademais, o documento evidencia a atitude de que o povo cristão aprofunde a relação entre o mistério eucarístico, a ação litúrgica e o novo culto espiritual que deriva da Eucaristia enquanto sacramento da caridade.

A Exortação Apostólica Pós Sinodal “SacramentumCaritatis” está estruturada em três partes, cada uma das quais aprofunda uma das três dimensões da Eucaristia:" Eucaristia, mistério acreditado; Eucaristia, mistério celebrado e Eucaristia, mistério vivido". Entendemos que o ensinamento do Santo Padre ilustra com claridade como a ação litúrgica (mistério celebrado) é aquela ação específica que faz possível a conformação da vida cristã (mistério vivido, novo culto) por parte da fé (mistério acreditado)". O Papa, com uma segunda novidade doutrinal de grande importância, ressalta além disso "a relevância da 'arte de celebrar' para uma participação ativa, plena e frutuosa".

Eucaristia, mistério acreditado

Na primeira parte, "Eucaristia, mistério acreditado ", fala-se do "Dom da Trindade", e "ilustra-se o mistério da Eucaristia a partir de sua origem trinitária, que assegura seu caráter permanente de dom". O documento nos clarifica acerca dos laços entre "Instituição cristológica e obra do Espírito"; desta forma, Bento XVI aborda "a instituição da Eucaristia em relação com a ceia pascal judeu" em um "passagem decisiva para iluminar o 'novum' radical que Jesus contribui à antiga ceia ritual".

No tópico "Eucaristia e Igreja” destaca "a Eucaristia princípio causal da Igreja: "confessamos, em cada celebração, o primado do dom de Cristo; o influxo causal da Eucaristia, que está na origem da Igreja, revela em última análise a precedência não só cronológica mas também ontológica do amor de Jesus relativamente ao nosso: será, por toda a eternidade, Aquele que nos ama primeiro" (nº14). Bento XVI, enquanto afirma a relação cíclica entre a Eucaristia que edifica a Igreja e a Igreja mesma que celebra a Eucaristia, cumpre uma significativa opção magisterial pelo primado da casualidade eucarística sobre a eclesiástica.

O Romano Pontífice aborda a relação da Eucaristia e outros sacramentos, afirmando que aquela "leva a iniciação cristã à plenitude e é como o centro e fim de toda a vida sacramental". Outro aspecto é quanto ao respeito ao sacramento da reconciliação, Bento XVI insiste na exigência de "uma recuperação da pedagogia da conversão que nasce da Eucaristia" (nº 20-21). Ao tratar a relação entre Eucaristia e Ordem, o Santo Padre reafirma o caráter "insubstituível do sacerdócio ministerial para a celebração da Santa Missa" e, além disso, "sublinha e aprofunda a relação entre ordemsacerdotal e celibato: "Respeitando a praxe e as diferentes tradições orientais –escreve– é necessário reafirmar o sentido profundo do celibato sacerdotal, considerado com justiça uma riqueza inestimável".

Por sua vez, em "Eucaristia e Matrimônio", o Vigário de Cristo sustenta que, sacramento esponsal por excelência, "corrobora de forma inesgotável a unidade e o amor indissolúveis de todo matrimônio cristão". Percebemos que o texto contém "importantes sugestões pastorais" em relação aos católicos divorciados que tornaram a casar. A Exortação, depois de reafirmar que "apesar de sua situação seguem pertencendo à Igreja, que segue com especial atenção", enumera nove modalidades de participação na vida da comunidade destes fiéis que, embora não recebam a Comunhão, podem adotar um estilo de vida cristão".

Ademais, a exortação diz que "Fala-se também dos que tendo celebrado validamente o matrimônio, por condições objetivas não podem dissolver os novos laços contraídos, propondo, com uma adequada ajuda pastoral, que se comprometam "a viver sua relação segundo as exigências da lei de Deus, como amigos, como irmão e irmã", quer dizer, transformando sua relação em amizade fraternal" (nº 27-29)

"Eucaristia, mistério celebrado"

Na continuidade da atenta e necessária leitura, quanto à segunda parte da Exortação, "Eucaristia, mistério celebrado", em que se ilustra, "o desenvolvimento da ação litúrgica na celebração, indicando os elementos que merecem uma maior reflexão e oferecendo algumas sugestões pastorais de grande importância". O valor da liturgia é inquestionável considerando sua vitalidade e sustento perene.

O Papa oferece umas indicações sobre a riqueza dossinais litúrgicos (silêncio, paramentos, gestos: estar de pé, de joelhos, etc.) e a arte ao serviço da celebração. Neste contexto se recorda que o sacrário deve colocar-se em um lugar visível na Igreja, graças também à lamparina acesa. É necessário considerar o destaque que o sacrário deve ter nas igrejas e da educação do povo para presença de Nosso Senhor na Eucaristia para contemplação e adoração permanente.

O canto litúrgico e a liturgia do canto tem destaque na Exortação “SacramentumCaritatis”. Assim, para favorecer uma participação ativa mais adequada no rito sagrado, o Santo Padre propõe alguns recursos pastorais e, deste modo propõe "um recurso mais habitual à língua latina, sobre tudo nas grandes celebrações internacionais, sem descuidar o peso do canto gregoriano".

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