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O pensamento mítico

Por:   •  29/5/2015  •  Dissertação  •  625 Palavras (3 Páginas)  •  440 Visualizações

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Sempre que ouvimos falar de mitos ou que lemos algo a respeito, lembramos daqueles famosos mitos gregos, como o de Afrodite que era a deusa do amor, da beleza e do sexo ou então lembramos das velhas lendas que fizeram parte de nossas infâncias como a do Saci-pererê. Nós temos uma errônea crença de que os mitos não passam de historias que são fantasiosas, porém o mito não é isso, e quando ele se torna uma historia, uma lenda mesmo, ele perde a sua força de mito.

Entre os povos primitivos, o mito é uma forma de se situar no mundo, de encontrar o seu lugar dentre os demais seres da natureza, não obedece à lógica, nem da verdade empírica, nem de verdade cientifica. O mito traz uma verdade intuída, ou seja, que não necessita de provas para ser aceito. O mito nasce do desejo de entender o mundo, para afugentar o medo e a insegurança. O pensamento mítico está muito ligado à magia, ao desejo, ao querer que as coisas aconteçam de um determinado modo. É a partir disso que se desenvolve os rituais, que nada mais é do que os mitos se tornando ação.

O mito tem como função básica acomodar e tranqüilizar o ser humano que se encontra inserido dentro de mundo assustador, dando-lhe confiança.

O ritual é a repetição dos atos executados pelos deuses no inicio dos tempos e que devem ser imitados e repetidos para que as forças do bem e do mal sejam mantidas sob controle.

O mito primitivo é sempre um mito coletivo, uma vez que o grupo existe antes do individuo, ou seja, o sujeito só tem consciência só se conhece como parte do grupo, é em função da existência dos outros e do reconhecimento dos outros que ele se afirma. O mito tem como segunda característica o fato de ser sempre dogmático, ou seja, apresenta-se como verdade que não precisa ser provada e que não admite contestação. Com isso a sua aceitação se da por meio da fé e da crença.

Mas ai nós pensamos, e os mitos hoje? são diferentes? será que o pensamento cientifico desenvolvido com o Renascimento ocupou todo o lugar do conhecimento e condenou à morte o modo mítico de nos situarmos no mundo humano?

Essa é a posição defendida pelo filosofo do século XIX Augusto Comte, onde na corrente filosófica explica a evolução da espécie humana em três estádios: o mítico (teológico), o filosófico (metafísico) e o cientifico. Este ultimo é considerado como o único valido para se chegar a verdade.

O homem moderno assim como o antigo não é só razão, mas também afetividade e emoção. Negar o mito é negar uma das expressões fundamentais da existência humana. O mito é a primeira forma de dar significado ao mundo: fundada no desejo de segurança, a imaginação cria historias que nos tranqüilizam, que são ditas como exemplos e nos guiam em nossos dia-a-dia.

No mundo mais moderno os meios de comunicação estimulam os desejos e anseios que existem na nossa natureza inconsciente e primitiva. Exemplos disso, são os super-heróis criados em desenhos animados, que passam a encarnar o bem e a justiça assumindo assim a nossa proteção imaginaria, ainda mais que o mundo moderno passa por tanta violência, instabilidade de emprego, entre outras coisas que tornam o ambiente cada vez mais inseguro.

Mitos e razões, portanto, se complementam em nossas vidas, só que os mitos de hoje não se apresentam mais como o caráter existencial

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