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RELATÓRIO DE ESTÁGIO BÁSICO SUPERVISIONADO VI

Por:   •  23/9/2015  •  Resenha  •  1.177 Palavras (5 Páginas)  •  413 Visualizações

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1. RESUMO

O presente trabalho representa o esforço empreendido ao longo da disciplina de Motivação e Emoção, ministrada pela professora Juliana Fernandes no Campus Tijuca da Universidade Veiga de Almeida – no primeiro semestre de 2014, de investigar a motivação de indivíduos à prestação de serviço voluntário. Para tanto, foram investigadas na literatura científica nacional os principais motivos citados ou investigados em pesquisas anteriores. Posteriormente, foi desenvolvido um questionário com base nas categorias apresentadas como mais relevantes utilizados como instrumento para a abordagem mais direta de uma pequena amostra de prestadores de serviço voluntário.

Palavras- chaves: Psicologia, Motivação, Trabalho voluntario, Voluntariado

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Motivação

Motivação é o conjunto de determinantes ou causas do comportamento e sua pesquisa é, basicamente, a pesquisa da ação ou do motivo para a ação. Penna (2001) a define, em abordagem operacional, como o conjunto de relações entre as operações de estimulação ou privação e as modificações observadas no comportamento que se processa após as citadas operações.

Sendo assim, o estudo da motivação procura fornecer as melhores respostas possíveis para duas questões fundamentais (Reeve, 2006):

O que causa o comportamento?

Por que o comportamento varia de intensidade?

Quaisquer que sejam os comportamentos, todos eles andam associados às motivações específicas, constituídas por determinantes inatas ou adquiridas, fisiológicas ou sociais que, consciente ou inconscientemente, levam o indivíduo a comportar-se de dada forma. Dessa forma, mesmo que o individuo julgue conhecer perfeitamente os motivos que o levaram a agir de determinada maneira, pode haver razões ocultas de que nem ele próprio tem conhecimento.

Basicamente, as motivações podem ser internas (necessidades fisiológicas, cognições e emoções) e externas (incentivos ambientais).

Trabalho Voluntário

No Brasil, os antecedentes do trabalho voluntário se dão em iniciativas de caráter religioso, legitimados pelo Estado. Desta forma, em sua origem, as ações assistencialistas encontram-se quase que totalmente vinculadas a Igreja Católica.

Goldberg (2001) aponta que a prática de voluntariado no Brasil ocorre desde o período colonial, tendo suas primeiras manifestações através das Santas Casas de Misericórdia. Em alusão ao caráter histórico do trabalho voluntário, Fischer & Falconer (2001) também ratificam que este não é uma novidade no Brasil e que, ao longo de gerações, as pessoas tem dedicado seu tempo a atividades de beneficência social.

Segundo a ONU (2001), “Voluntário é o jovem, adulto ou idoso que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração, a diversas formas de atividades de bem estar social ou outros campos”.

Dohme (2001) tem uma definição muito próxima. De acordo com a autora, voluntário é a pessoa que doa seu trabalho, suas potencialidades e talentos em uma função que a desafia e gratifica em prol da realização de uma ação de natureza social. Segundo a autora, ao analisarmos essa definição, encontraremos quatro elementos, sendo eles: qualificação, satisfação, doação e realização.

Motivação para o trabalho voluntário

A questão que norteia este trabalho pode ser resumida como “O que leva algumas pessoas a prestarem serviço voluntário?”. Qual é a motivação dos trabalhadores voluntários, se não o incentivo financeiro tão procurado no trabalho remunerado?

Silva e Villella (2003) abordaram essa questão com foco na sociedade pós-industrial, através de várias teorias motivacionais. Os autores supõem que os voluntários têm espírito de cidadania, desenvolvendo ações solidárias; que buscam alívio da culpa por serem mais favorecidos; que procuram “satisfação pessoal, novas experiências, oportunidades de aprendizado, prazer de se sentirem úteis, novos vínculos de pertencimento e afirmação do sentido comunitário” (op cit, 2003), entre outros.

Em sua revisão bibliográfica, Souza (2013) encontra como motivações mais citadas: o altruísmo, a satisfação pessoal e o sentimento de pertença; e diz valer a pena considerar também a motivação por experiências anteriores relacionadas a alguma doença, segundo ela: “em que os voluntários procuram a atividade por terem convivido com pessoas que passaram pelo tratamento ou por eles mesmos terem vivido a experiência”.

De acordo com Dohme (2001), o que gera a disposição para o trabalho é o sentimento altruísta, onde até mesmo sem se dar conta, o voluntário espera usufruir de algo e que diversas expectativas podem estar ligadas a decisão de realizar um trabalho voluntário, como: fazer a diferença (algo significativo), usar habilidades que normalmente não tem expressão em sua vida pessoal, desenvolvimento pessoal, satisfação em fazer parte de um grupo e identificação pessoal com a causa.

A autora afirma que como o voluntário não recebe nenhum incentivo financeiro e nada material em troca de seu serviço, suas aspirações são geralmente em relação ao próximo, como a satisfação de contribuir com a diminuição do sofrimento ou das injustiças e sentir-se um agente construtor de sua comunidade. Sendo assim, o que irá motivá-los são ações abstratas.

Ferreira, Proença e F. Proença (2008) falam sobre a diferença dos indivíduos profissionais nas organizações e os indivíduos voluntários e em como a literatura

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