Resenha Crítica sobre o Livro Como Aproveitar ao Máximo seu Tempo e Potencial

RESENHA CRÍTICA SOBRE O LIVRO:

COMO APROVEITAR AO MÁXIMO O SEU TEMPO E POTENCIAL

DAYTON, Edward R.; ENGSTROM, Ted W. Como aproveitar ao máximo o seu tempo e potencial: Uma estratégia para viver melhor e realizar mais. 2ª ed. Minas Gerais: Betânia, 1986. 191p.

Lançado em português em 1986, o livro é constituído de quatro partes, sendo elas tratadas separadamente em: alvos, prioridades, planejamento e vida. Em cada uma, os autores, Dayton e Engstrom, apresentam situações vividas e exemplos didáticos de como colocar em prática aquilo que se aprendeu, sempre firmado na Palavra de Deus.

Na introdução Dayton e Engstron, mostram que o homem vem ocupando seu tempo a ponto de não ter mais tempo para descanso e até mesmo de aproximar-se das pessoas, inclusive dos próprios familiares. O homem tem trabalhado muito e descansado pouco e o dinheiro não tem sido suficiente, porém, cabe ao homem determinar o caminho que seguirá, até porque, cada indivíduo vive de acordo com o que planeja.

Ensinam que planejar significa ter alvos e estes não podem ser alheios, eles servem como motivadores, de modo que quando os alvos são estabelecidos, as pessoas passam a trabalhar para que sejam realizados, dessa forma a vontade de conquistar faz com que haja motivação.

Dando embasamento ao exposto, afirmam que os alvos além de motivadores ajudam em várias áreas, sendo elas, psicologicamente, fisicamente, socialmente e espiritualmente, unindo todos esses benefícios o ser humano passa a viver melhor consigo mesmo e com os outros. Por outro lado, mesmo os alvos podendo ajudar tanto; algumas pessoas os receiam pois criam metas que não há como realizar e assim, acabam fracassando, outras já temendo não conseguir, estabelecem metas inferiores e assim, “superam”.

Mas existem meios de escapar dessas situações, e a dica é estabelecer alvos um pouco além do que podem esperar, dessa forma os alvos podem sempre aumentar.

Outras pessoas, vale ressaltar, receiam fixar alvos pelo medo de “estar fazendo o trabalho do Espírito Santo” mas, esquecem que o cristão deve sim fazer planos, a diferença que existe a dimensão: “se Deus quiser”. Os autores mostram aos cristãos que eles podem sim ter alvos e propósitos.  

Esclarecem que alvos e propósitos são diferentes, enquanto que propósito são os grandes desígnios em direção aos quais as pessoas se movem, os alvos são as particularidades daquilo que se quer realizar. Ao se compreender essa diferença as coisas tornam-se mais claras no momento de estabelecer os alvos.

Seguindo essa linha de raciocínio, o primeiro passo é compreender o propósito; depois, imaginar a situação (como deseja que esteja), feito isso, o caminho é começar a estabelecer alvos a longo prazo e alvos imediatos. Mais importante que estabelecer é a ação, ou seja, começar a trabalhar naquilo que se escolheu e começar a agir como se já tivesse alcançado o alvo, isso tudo pedindo orientação de Deus, por meio de orações.

O trabalho, que também é fruto de um estudo de muitos anos dos autores, esclarece que as pessoas não podem pensar que tudo acontecerá de um dia para o outro, existe um processo a ser seguido e para começar, o primeiro passo é mental, olhar para o futuro com a perspectiva de que há possibilidades de que ele fique melhor.

No segundo momento, os autores mostram como estabelecer o que é prioridade, isso até poderia ser fácil considerando que os alvos teoricamente já estariam determinados, mas enganam-se aqueles que pensam assim, pois identificar o que realmente é prioridades, às vezes, pode não ser muito fácil, diante disso deve-se considerar que o mundo está sempre mudando e as prioridades precisam acompanhar as mudanças. Aquilo que era alvo dez anos atrás, hoje poderá não ser mais e consequentemente as prioridades também acompanham.

E para saber quais as prioridades a serem tomadas, os autores seguiram a seguinte linha de pensamento, onde seus leitores podem fazer algumas perguntas, tais como? Qual a urgência? É para fazer agora? Hoje? Algum dia? Qual a sua importância? Com que freqüência deve ser feito? Alguém pode fazer isso melhor do que eu? Faz parte da tarefa maior com a qual me comprometi? 

Outra dica importante é fazer a pergunta: o que acontecerá se isso não for feito? Dependendo da resposta pode-se classificar como uma prioridade maior ou menor.

Colocando em prática, cada pessoa deverá fazer uma lista de todos os alvos, eles devem estar separados de maneira lógica, por assunto, a partir daí começa a se organizar as prioridades numerando-as, com “Valor Alto”; “Valor Intermediário” e “Valor baixo”. Olhando dessa forma, os horizontes começam a se abrir.

Estando os alvos determinados e as prioridades definidas, está na hora de tomar decisões, se “sim” ou “não”, se “vale a pena ir adiante” ou “não”, lembrando que as decisões podem ser mudadas se for o caso.

Vale lembrar também, já que o livro, não totalmente, mas em sua maioria é voltado para os cristãos, que estes possuem seus compromissos em relação a Deus, seguindo a seguinte ordem: 1º compromisso como Deus e Cristo; 2º com o corpo de Cristo; 3º serviços de Cristo, a tarefa que Deus nos dá para fazer.

Cristo é a 1ª prioridade do Cristão; não se pode dar mais importância ao serviço que aos irmãos e da mesma forma, não se pode dar mais importância aos irmãos que a Deus; tem que haver um equilíbrio, de modo que os três são necessários. É importantíssimo separar um tempo para Deus, para os irmãos e para os serviços de Deus.

Após mostrar aos leitores a importância dos alvos, como estabelecer as prioridades, tomando as decisões necessárias, sempre relatando exemplos de pessoas que passaram pelas experiências, Dayton e Engstrom discorrem sobre o planejamento. Afinal, planejar é começar a pôr em prática, é nesse momento que a pessoa começa a ver que seus planos estão “saindo do papel”.

O momento do planejamento também é muito importante, pois poupa tempo e dinheiro, aliás, um tempo à mais gasto no planejamento diminuirá o tempo de trabalho e assim, haverá um ganho maior em relação ao tempo total.